Em 1999, duas décadas atrás, ninguém poderia imaginar o quão grande a música eletrônica – até então adorada por uma pequena parcela da população brasileira – poderia se tornar. Já nessa época Eli Iwasa despontava como protagonista de um gênero musical que evoluiu, ganhou as massas e hoje é uma indústria que movimenta 7.2 bilhões de dólares por ano no mundo*, levando, só no Brasil, milhares de pessoas de diferentes idades e classes sociais a eventos em todos os Estados. Parte importante desta movimentação, Eli Iwasa celebra 20 anos de carreira em 2019 e acumula marcos em sua bagagem dignos de quem participou ativamente da construção da cena brasileira, seja como DJ respeitada seja como agitadora cultural (confira linha do tempo de marcos abaixo).
Dona de dois clubs em Campinas, SP – o premiado Club 88 e o Caos, que em menos de dois anos se tornou parada obrigatória aos artistas internacionais e nacionais mais relevantes -, Eli vive a consolidação de sua carreira no momento em que a música eletrônica está em evidência absoluta dos canais de televisão aos shows de pop, rock, sertanejo e MPB. Não à toa, ela se apresenta no Rock in Rio este ano, festival que observa o crescimento massivo do palco de dance music ano após ano.
“Ao longo dessa jornada de duas décadas trabalhando com o que eu gosto, e vendo hoje o quão frutífera nossa cena se tornou, posso dizer que levar minha música ao público do Rock in Rio, do Time Warp, e aos principais eventos do Brasil e do mundo é uma realização por saber que escolhi o caminho certo. É gratificante fazer parte do boom da música eletrônica, como artista, empresária e mulher“, declara Eli Iwasa, que no auge da carreira, foi escalada no line up de 10 grandes festivais só em 2019, sendo três deles fora do país.
MARATONA DE FESTIVAIS
Só no primeiro semestre a artista paulistana se apresentou no DGTL, importante festival holandês que teve sua terceira edição em São Paulo; no Warung Day Festival em Curitiba; levou techno ao psicodélico Solaris e representou o Brasil no Baum, um dos maiores festivais da Colômbia, conhecido por sua curadoria de gente grande.Com os olhos voltados para a segunda parte do ano, Eli se prepara para encarar uma jornada de primeira linha, começando pela estreia na Gop Tun, coletivo responsável por alguns dos eventos que mudaram a noite paulistana (trazendo inclusive o Dekmantel ao Brasil) e pela chegada da conceituada festa Photon, do alemão Ben Klock, em solo tupiniquim pela primeira vez, conhecida por escalar artistas do alto escalão do techno mundial.
Seu estilo, pesquisa musical, carisma e mixagens impecáveis também lhe renderam mais um convite para tocar no ADE, maior conferência de música eletrônica do mundo, em Amsterdam, na festa do label europeu Life and Death, casa de importantes artistas do meio. Ainda em outubro, Eli nos representa no Frecuencias, evento chileno avant-gard com nomes experimentais e consagrados que fazem a diferença em seus segmentos, logo após encarar a diversificada multidão do gigante Rock in Rio.O semestre ainda lhe rendeu gigs no Some, novo festival curitibano dos mesmos organizadores da Tribaltech, e na segunda edição brasileira do histórico Time Warp, simplesmente um dos maiores e mais respeitados festivais de techno e house do mundo, sediado na Alemanha.
Para finalizar o ano, Eli desembarca mais uma vez no Universo Paralello, conhecido festival de ano novo paradisíaco na praia de Pratigi, na Bahia. Tudo isso intercalado a uma agenda cheia, com duas ou três gigs todos os finais de semana, em eventos de norte a sul do país, e a administração dos clubs.