A frase “A EDM está morrendo” tem ganhado bastante força entre os adeptos da música eletrônica no Brasil e no mundo nos últimos dois anos, tentando implantar o fim de uma era reinante do “gênero”, sendo o Deep House a bola da vez. Mas, apesar da ascensão meteórica do Deep House na Europa e o seu constante crescimento no Brasil, o qual já é uma marca conhecida há bastante tempo, isto seria o suficiente para decretar a “morte” da EDM? Alguns fatos abaixo mostram o contrário:
1 – EDM predominando em diversos grandes festivais
O Tomorrowland Brasil mostrou para todos que a EDM está mais viva do que nunca, apesar do lineup do festival ter uma variedade considerável de outras vertentes. O Tomorrowland Bélgica também nos comprovou isto, com seu lineup de peso sempre recheado com DJs de Progressive House, Electro House, Future House, entre outros diversos gêneros classificados como EDM. Ultra Music Festival e Electric Daisy Carnival também são festivais que não me deixam mentir.
2 – EDM é em 90% dos casos o primeiro contato de alguém com a música eletrônica
E aquela música que te fez entrar de cabeça na música eletrônica? Pode ser até um electro pop, tudo bem, podemos aceitar. Lembra daquela música de algum grande cantor em parceria com o David Guetta? Aquela mesma que até hoje você ama. Pois é, ela também conta. A EDM sempre está presente nas rádios, nas TVs, nos tops 10, mais buscadas do Shazam, recomendações do Spotify, etc. Enfim, não tem como não escutar EDM e com certeza não tem como ele não ter te influenciado a amar cada vez mais música eletrônica.
3 – Presença marcante de vertentes da EDM em rádios, TVs, etc
Como dito no fato 2, a EDM sempre está presente nas rádios, nas TVs, no TOP TVZ, recomendações do seu serviço de streaming musical, na festinha com os amigos, etc.
4 – Pra gostar de EDM não precisa odiar Deep House, e vice-versa
Diferentemente do que é difundido, você pode sim gostar e/ou amar EDM e Deep House (e não, não é pecado). Eu por exemplo, encho minhas playlists com músicas de Progressive House, Electro House, Deep House (Low BPM principalmente), Future House, Big Room, Trap Music, Dubstep (ainda que estes dois últimos não se incluam no assunto deste post), etc. Então não se preocupe, ouça o que gosta sem precisar excluir uma vertente que você também gosta.
5 – O EDM e o Deep House coexistem há bastante tempo no país, e um não “matou” o outro
Ainda no assunto do fato 4, as vertentes consideradas comerciais e o Deep House já coexistem harmonicamente há algum tempo no país, e isto não significou a extinção de nenhuma das duas, muito pelo contrário, ambas tiveram uma explosão considerável no país. Então, novamente, para gostar de EDM não precisa odiar Deep House, e vice-versa.
6 – Festivais que não são propriamente de EDM já trazem grandes nomes da cena para seu lineup
O que falar então dos festivais que não são de música eletrônica, mas o “gênero” EDM está sempre presente? Lollapalooza é um grande exemplo disso, além do festival Coachella e diversos outros.
7 – Rankings sempre recheados de DJs/produtores de EDM
Sabemos que os diversos rankings de música eletrônica que existem não são lá uma ferramenta muito eficaz, recebendo muitas críticas quanto aos critérios de votação. No entanto, não podemos desprezá-los. Tomando como exemplo o Top 100 da DJ Mag podemos perceber a imensa quantidade de DJs e produtores de vertentes mais comerciais.
Se estes e outros diversos fatos não comprovarem para você que o movimento EDM está bem vivo, e longe de seus suspiros finais, então é necessário rever alguns conceitos. Lembre-se que a música prega o respeito, a união, o amor e não a competição e rivalidade toscas de vertentes x vertentes. Vamos dançar mais e reparar menos, seja Progressive House, seja Deep House, seja o que você quiser.