A cena da música eletrônica no Brasil sempre foi marcada pelo individualismo e agora vem caindo sobre esta uma onda de distribuição de ódio gratuito injustificado e sem qualquer sentido. O público, além de vários artistas, clamam por uma cena menos individual, mais coletiva, onde DJs/produtores se ajudam e colaboram entre si para a formação de uma cena mais ampla, abrangente e com mais oportunidades para quem está começando, mas, infelizmente isto continuará nos planos utópicos de quem realmente aprecia a música eletrônica.
Fator marcante disso é a onda de “haterismo” distribuída aos artistas que conseguem, dentre tantos outros e enfrentando várias dificuldades, alcançar o tão sonhado sucesso. Infelizmente este comportamento não é exclusivo da música eletrônica no Brasil e se alastra cada vez mais por vários ritmos musicais. No Brasil, é quase um pecado fazer sucesso. Exemplo disso é o que acontecia com a cantora Anitta, que mesmo após fazer muito sucesso com suas canções a ponto de receber prêmios internacionais, ainda assim era alvo de chacota e críticas infundadas.
Na música eletrônica o alvo da vez é o DJ/produtor Alok Petrillo, que mesmo após se tornar um dos grandes nomes da cena brasileira mundo afora, ainda assim é constantemente atacado pelo público e até artistas com críticas sem sentido. Agora pasmem, dá para aplaudir o trabalho de um DJ/produtor sem precisar denegrir o trabalho do outro e vice-versa. É até melhor, na verdade. Apoiar o crescimento da música eletrônica brasileira é algo que o público ainda não consegue fazer, e, por isso estamos bem longe de nos tornarmos uma Holanda da vida. O crescimento mútuo, seja entre DJs ou DJs e público é algo essencial para a sobrevivência da harmonia na música eletrônica.