WiR Invites: Conheça Theus Ferreira! DJ, produtor e sócio fundador da Red Room

Diretamente de Belo Horizonte, Theus Ferreira é o nosso convidado deste mês para o WiR Invites! DJ e produtor, Theus começou a sua carreira como DJ em 2018, no mesmo ano em que deu início à carreira de produtor. Sem se prender a um gênero específico, Theus tem influências de DJs como Guy Gerber, David August, Mita Gami, Adam Ten e Matthias Meyer, e, com apenas 4 anos como DJ profissional, já dividiu line ups com artistas como Jan Blomqvist, Echonomist, Zac, Jessica Brankka, Albuquerque, Drunky Daniels e muitos outros.

Além da sua carreira de DJ e produtor, Theus é conhecido pela criação do selo Red Room, junto com Rodrigo Brito. O selo é responsável por proporcionar acesso à música de qualidade e experiências excepcionais para os amantes da música eletrônica conceitual, sendo responsável ainda por trazer a Belo Horizonte nomes como Jan Blomqvist, Luca Sporito (Audiofly), Dorian Craft, Echonomist, Binaryh, Renato Ratier, Fran Bortolossi, Diogo Accioly e muitos outros.

Foto: João Henrique Couto

Para conhecer mais sobre a carreira e as novidades do Theus Ferreira e da Red Room, confira a seguir a entrevista completa!

WiR: Theus, a sua carreira como DJ é relativamente recente, certo? Conta para a gente sobre o início da sua carreira e as suas influências na música!

Theus Ferreira: “Podemos dizer que sim, já que a maioria dos artistas tem carreiras bem mais longas. Comecei a tocar em 2015, mas fui me profissionalizar em 2018, ano que também fiz meu primeiro curso de produção. Minha história com a música começou bem antes, por volta do ano de 2002, com meu primeiro iPod.. Talvez tenha sido esse, um dos melhores presentes que já ganhei: não pelo seu valor, mas por ‘ironicamente’ me despertar uma enorme paixão pela música eletrônica!

Sempre pesquisei, ouvi e compartilhei músicas, me lembro que gravava CDs e dava de presente pros amigos, depois decidi aprender a tocar, e em 2016, na Austrália, comprei o meu primeiro CDJ. Foram tantos feedbacks positivos sobre os sets que o hobby acabou se tornando uma profissão.

Além de DJ, você também é produtor! O que você mais tem buscado produzir ultimamente? Quais as suas referências de produção?

Theus Ferreira: “Eu não me prendo em uma só vertente, tanto nos meus dj sets como na produção, curto mesclar um pouco de tudo, contando que isso faça sentido e tenha groove. Penso que o universo da música é muito amplo para ficar preso em estilos específicos. Tudo depende da vibe daquele momento, afinal música é feeling. Atualmente tenho produzido mais deep house e minhas referências são infinitas, curto ouvir um pouco de tudo, inclusive outros estilos fora da música eletrônica! Alguns artistas que tenho ouvido atualmente são Guy Gerber, David August, Mita Gami, Adam Ten e Matthias Meyer. Eles são bem diferentes como músicos e produtores, mas ambos tem muita identidade, muita musicalidade e muito groove em suas produções!

Quais as novidades do Theus Ferreira que estão por vir para 2023?

Theus Ferreira: “Muitas novidades estão por vir. O ano de 2022 foi um ano de muito estudo e aprendizado, pois resolvi repaginar minha identidade sonora nas produções. Segurei os lançamentos e decidi planejar bem o ano de 2023. Posso adiantar que várias tracks novas já estão prontas, muitas originais, collabs e remixes, que serão lançadas em 2023 por grandes gravadoras internacionais, em breve conto mais detalhes…

Além de DJ e produtor, você é um dos sócios fundadores da Red Room. Como surgiu a ideia de criar o selo? Qual a proposta da Red Room?

Theus Ferreira: “Em primeiro lugar, posso dizer que sou muito grato pela oportunidade de viver esse desafio, e pelo aprendizado ao longo dessa trajetória. Sempre tive o sonho de fazer meu próprio evento, pois penso que o Brasil tem muito potencial para ter mais eventos de alto nível. Como morei na Europa e na Austrália, e sempre gostei muito de viajar, quis trazer um pouco das referências culturais de todos esses lugares para nossa cidade, principalmente por acreditar que a cena em BH ainda é muito carente, quando o assunto é música conceitual de qualidade.

A Red Room originou-se da necessidade de transformação, alinhando as minhas ideologias com as do Rodrigo Brito – meu sócio, para proporcionar uma experiência única e inovadora! Música, tecnologia, inovação e sofisticação são os principais pilares da marca, e ter um olhar minucioso por trás de cada detalhe faz toda a diferença.

Mês que vem, a Red Room completa 1 ano! Você poderia nos contar sobre esse ciclo de 1 ano do selo? Quais as expectativas para o aniversário?

Theus Ferreira: “Fundamos a Red Room em novembro de 2021, e chegar até aqui não foi uma tarefa fácil, porém recompensadora e genuína. Tivemos o prazer de fazer grandes artistas em BH, como Jan Blomqvist, Echonomist e Luca Saporito (Audiofly), nomes referência no mundo todo no nosso segmento. Fizemos também a tour do D-edge pela primeira vez na cidade, e ter a confiança de artistas e marcas desse porte é muito gratificante, pois nos mostra que definitivamente estamos trilhando um caminho sólido. Tenho muito orgulho de tudo que temos conseguido executar, afinal a Red Room é um projeto onde existe respeito, dedicação, confiança e comprometimento!

O aniversário é uma data muito especial, é a celebração de um ano que nos deixou muito orgulhosos, e se Deus quiser, será o primeiro de muitos. A festa acontece no dia 25 de novembro, no Caravaggio. O evento é open bar, com Gui Boratto, Diogo Accioly e várias outras atrações. Estamos preparando uma experiência diferenciada para o público, inclusive estamos trazendo de São Paulo um soundsystem muito foda da Funktion One.

Um dos grandes feitos da Red Room foi trazer o D-Edge pela primeira vez a Belo Horizonte! Você poderia nos contar um pouco de como foi essa parceria?

Theus Ferreira: “Sem dúvida esse foi um dos grandes marcos na história da label, e tudo aconteceu muito rápido.

Sempre tive o D-edge como uma grande referência, afinal é um dos clubes mais doidos que já fui – mesmo tendo conhecido vários clubes e festivais mundo afora. Não é atoa que o clube é referência no mundo inteiro. Bom gosto, estrutura e qualidade são pontos impecáveis no D-edge, e modéstia à parte, no meu ponto de vista isso tem tudo haver com a Red Room, por isso acho que tudo fluiu tão rápido e tão bem.

Fiz o primeiro contato numa segunda-feira, para apresentar o nosso trabalho e fazer a proposta de parceria. Eles foram super atenciosos conosco desde o começo, e na terça já estávamos definindo os detalhes. Na quarta estávamos assinando os contratos, e na outra semana já estávamos soltando um “save the date” do evento. A sinergia foi do caralho, e mais ainda quando tive o prazer de conhecer o Renato Ratier e a equipe dele de perto, são sensacionais como profissionais e principalmente como pessoas. É muito gratificante poder ter contato, trabalhar e aprender com profissionais tão experientes e tão respeitados.

Uma das propostas da Red Room é mudar a cena eletrônica de BH. O que você pensa que seria bom mudar, e quais as maiores dificuldades para inserir a Red Room no mercado?

Theus Ferreira: “Acho que o mais importante atualmente é abrir a cabeça do público para as novidades, mostrar que a inovação não necessariamente é uma coisa ruim, muito pelo contrário. Sinto que o maior desafio é convencer o público que o nosso som é diferente mas que também é legal. O público mineiro em geral tem uma grande dificuldade de aceitar propostas inovadoras, e também um pouco de preconceito com o nosso estilo musical, na maioria das vezes mesmo sem conhecer, já fazem um julgamento injusto.

Além de você, a Red Room tem outro sócio, o Brito né?! Como é a relação de vocês? Como surgiu essa parceria?

Theus Ferreira: “Isso, eu e ele somos os sócios fundadores da marca, começamos juntos desde o início, inclusive o nome Red Room foi ideia do Rodrigo…

Nossa relação é muito boa, temos muito respeito e consideração um pelo outro. Além de sócios, somos amigos, e acredito que esse seja o grande diferencial da sociedade. Estamos sempre nos ajudando, ouvindo o que o outro tem a dizer, e esse ambiente de cooperação faz muito bem para nossa marca!

Nossa parceria surgiu por meio da música, nos conhecemos pelo fato de sermos DJs, e por termos gostos e ideias convergentes.

Quais artistas vocês ainda sonham em trazer a Belo Horizonte? Quais deles vocês consideram “um sonho possível”?

Theus Ferreira: “Isso eu prefiro manter em segredo, afinal um dos nossos grandes diferenciais é a inovação. No nosso ponto de vista, todos esses sonhos são extremamente possíveis, é só questão de tempo, dedicação e comprometimento. Se Deus quiser, em breve traremos grandes nomes para nossa cidade.

Para fechar, quais as novidades da Red Room para o ano que vem? Podem nos dar algum spoiler?

Theus Ferreira: “Ainda não posso citar nomes, mas posso adiantar que há algumas parcerias pré estabelecidas com grandes marcas, inclusive um dos mais conceituados e respeitados clubes do mundo, que fica situado na Europa, além de várias outras ideias em mente.

Um dos planos para 2023 é fazer edições da Red Room fora de Belo Horizonte. São Paulo, Rio de Janeiro e Balneário Camboriú são as principais cidades no nosso radar.