Tivemos a oportunidade de entrevistar um dos maiores nomes da música eletrônica Brasileira, Gui Boratto. O brasileiro já tocou em diversos “Ultras” ao redor do mundo e era presença obrigatória no retorno ao Brasil. Confira!
1 – WIR: Boa Tarde Gui, primeiramente obrigado pela oportunidade, e segundo gostaria de começar perguntando qual o sentimento de estar fazendo parte do retorno do Ultra ao Brasil.
Gui Boratto: Eu tenho experiências muito legais em todos os Ultras que já toquei, creio que depois da pandemia todo brasileiro estava bem animado por grandes eventos como o Ultra que reúnem diversas tribos da música eletrônica, desde o comercial até mais o experimental e fico feliz de ver muita gente nova talentosa, principalmente muitos brasileiros.
2 – WIR: Falando em gente nova e talentosa, o Coppola fecha hoje (dia 22) o palco UMF Radio.
Gui Boratto: Eu sou ufanista mas não sou bairrista, claro ele é um menino de ouro e to muito feliz que ele está no line-up sim, mas digo de uma maneira geral a gente esta com uma safra muito boa, principalmente de produtores brasileiros, antigamente existia muito preconceito, era muito mais difícil, ver hoje esses caras fazendo parte de circuitos internacionais em clubes e festivais, eu fico muito feliz.
3 – WIR: Você é responsável por grande parte da queda desse preconceito, sendo um dos principais nomes da música eletrônica brasileira, e uma influência para grande parte desses novos talentos.
Gui Boratto: O Brasil sempre foi exemplo de música boa, desde os tempos de bossa nova e o samba. No meu caso, meu pai mesmo sendo um caretão sempre me incentivou a ser músico, sou um músico, eu que tinha medo e fiz arquitetura, tinha medo de passar necessidade pois música no Brasil era um trabalho difícil. Então fico feliz em saber que hoje em dia essa realidade mudou.
4 – WIR: E Gui, para finalizar, estamos ansiosos para poder saber um pouco mais sobre seu projeto com o Darren Emerson, pode soltar algum spoiler para nós?
Gui Boratto: Eu tô muito feliz, é a primeira vez que faço uma colaboração com um artista completamente oposto em termos de skills e escola. Acredito que a gente escutou muito dos mesmos artistas, mas ele é um DJ de muita habilidade nos decks enquanto eu sou um produtor nato, foi engraçado pois no nosso primeiro encontro no estúdio ele queria que eu pegasse a guitarra e eu queria ir para o techno, então foi muito complementar. Estamos fazendo um protótipo com dois controllers e vamos ter visuais do Estúdio Curva. Nossa estreia seria no The Town, mas teremos 1 semana antes o Piknic Électronik em Santiago, no Chile e teremos outras datas ainda esse ano no Brasil, ainda não está fechado então não posso falar sobre mas vou te falar que a gente tá muito animado!
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