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A experiência do Tomorrowland Brasil para os DJs

O Tomorrowland Brasil foi realmente inesquecível, e essa é a palavra que quase todo mundo falaria sobre o festival. Quando todos comentam sobre o Tomorrowland Brasil é impossível você não perceber o brilho nos olhos das pessoas falando de algum palco, de algum DJ, ou do que passou no DreamVille, entre tantas coisas.

A Wonderland in Rave contactou alguns DJs que tocaram no Tomorrowland Brasil, para contarem sobre sua experiência no festival, mostrando que não só o público possui coisa para contar e que o evento foi um marco muito importante na carreira deles. Não é todo dia que relembramos essa grande memória, esse grande marco da música eletrônica do Brasil.

Com participação de Illusionize, L_cio, Liu, Raul Mendes (aka Pirate Snake), Sevenn e Wav3motion, confira abaixo como foi o Tomorrowland Brasil:

LIU:

“Tomorrowland foi um dos momentos mais inesquecíveis da minha carreira. Eu lembro que antes de tocar no Tomorrowland eu estava já uns 10 anos tentando lançar alguma música que desse certo, e nenhuma dava certo e eu não via problema nisso porque minha paixão sempre foi fazer música pelo amor que tenho pela música. E alguns meses atrás do Tomorrowland eu estava na faculdade e lancei a “Don’t Look Back” que foi a primeira track minha que realmente deu certo e que agradou a galera, e que marcou muito minha vida. Mudou totalmente minha vida essa música. E eu lembro que logo depois do lançamento rolou a oportunidade de tocar no Tomorrowland. Foi o primeiro festival da minha vida e foi uma das primeiras festas da minha vida também porque eu não tinha nenhum tempo de carreira então quando eu cheguei no Tomorrowland era tudo novo. A gente estava na vila dos artistas com vários ídolos. Quando eu subi no palco, estava totalmente vazio… não tinha ninguém, só minha família e meus amigos. Eu estava muito emocionado de ter minha família e meus amigos nesse momento, sabe? Começando a tocar, me lembro que 15 ou 20 minutos depois tinham 7 mil pessoas na pista e eu nunca vou esquecer desse momento, foi realmente uma aventura incrível e inesquecível.
Muito grato a Deus por ter vivido isso e lembro também que depois passei o dia no festival, tive chance de ver o Alok tocar nossa música “Bolumback” no Mainstage e foi uma grande emoção. Tomorrowland foi realmente inesquecível, pude ver artistas e conhecer artistas que sou muito fã. Foi um marco na música eletrônica do Brasil e foi muito especial mesmo.”

Liu

Raul Mendes a.k.a. PirateSnake:

“Tocar no Tomorrowland Brasil as duas edições foi a realização de um sonho. Até hoje conto como sendo o maior marco da minha carreira. Mágico!”

Raul Mendes a.k.a. Pirate Snake

ILLUSIONIZE:

“Eu tive duas experiências bem opostas nas edições que participei. Na 1ª edição, confesso que foi uma experiência meio frustrante… eu tinha criado muita expectativa sobre tudo que eu via pela internet e quando eu vivenciei de perto, não foi do mesmo jeito. Tivemos vários problemas no dia do evento com o nosso palco, aconteceram várias coisas que julgamos injustas na época e eu tinha imaginado tudo perfeito, pois era meu primeiro festival de fato e eu estava entrando na cena eletrônica, em 2015. Mas de qualquer forma, eu vejo que por mais ‘negativa’ que tenha sido a minha experiência na 1ª edição do festival no que se refere à expectativa versus realidade, me fez aprender exatamente sobre isso: não criar expectativas sobre algo e simplesmente deixar rolar, porque o que for para ser, será. E foi exatamente com esse pensamento em mente que eu fui na 2ª edição e foi incrível! Toquei 3 vezes, uma vez no palco principal, uma vez no palco da piscina e depois no palco do Brazilian Bass. Sabe quando todas as partes se encaixam e o resultado disso é uma experiência inesquecível? Foi exatamente isso que aconteceu. Os sets de todos os dias, todos os detalhes foram incríveis, a vibe da galera foi maravilhosa! Eu até chorei no dia que toquei no palco principal, foi um dia muito emocionante! Uma coisa bem engraçada que aconteceu na 2ª edição foi que a gente tinha levado um pessoal para gravar uns conteúdos nossos, mas o cara passou o tempo todo gravando com a câmera desligada, na verdade ela estava ligada, mas não estava gravando, saca? Então imagina, o cara gravou todos os momentos do Tomorrowland, mas em 90% deles, a câmera não estava de fato gravando. Eu fiquei muito bravo depois, porque era um momento único, né, até porque depois não rolou mais o festival no Brasil… e isso foi bizarro.
De qualquer forma, eu sempre falo que vou levar comigo para sempre os momentos que eu vivi ali, cada detalhe, cada vibração da galera e toda a energia trocada, isso tudo está vivo em mim de uma forma inesquecível! Hoje tenho maturidade de enxergar e entender que tudo o que rolou nas duas edições serviram de aprendizado para a minha evolução profissional e até mesmo pessoal. A gente não pode focar no que deu não deu certo e não vale a pena ficar gastando energia nisso, porque tudo na vida é assim, tem os prós e os contras. Se acontece algo ruim, pode ter certeza que vai acontecer também algo bom. Então é com esse pensamento que eu venho trilhando a minha vida, buscando tirar o melhor proveito de cada situação e vivendo cada momento de forma intensa, afinal de contas, tudo isso vira lembrança depois.”

Illusionize

SEVENN (KEVIN):

“Tomorrowland Brasil foi a minha e a primeira vez de Sean como Sevenn, um passeio absolutamente selvagem. Alok convidou a gente após o lançamento da “Byob”. Nós não tínhamos dinheiro para comprar roupas de palco, então pegamos emprestado dinheiro com a nossa irmã e compramos Supras (que na época eram bem popular) e o melhor da Zara. Eu me lembro de sentar no sofá de casa no Rio com o Sean, estávamos assistindo Tomorrowland 2015 e eu me lembro de falar a ele: “Sabe de uma coisa? Se tentarmos e trabalharmos duro a gente consegue tocar lá. Subir no palco foi incrível, lembro de pensar “vou pular no primeiro drop”, eu realmente não sei porque, mas parecia uma boa ideia. Eu não tinha visto muitos sets dos DJs ainda e pensei: por que não?! Foi completamente surreal para mim, especialmente considerando que eu não gostava muito de música eletrônica antes de 2015 e tinha acabado de descobrir quem Steve Angello, Armin van Buuren e algumas dessas outras lendas eram, e vê-los bem ao meu lado foi incompreensível (tomamos café da manhã bem ao lado de Armin, não pude acreditar).
Estou extremamente grato pela experiência e por ter a oportunidade de fazer o que faço e espero continuar a compartilhar essa energia com mais e mais pessoas ao redor do mundo.”

Sevenn

L_CIO:

“Toquei na edição de 2016 na pista Luv n Beats. No line, Gui Boratto, Elekfantz, Shadow Movement, entre outros… Foi uma experiência muito forte, pois tive um pequeno problema técnico 5min antes de entrar, mas que foi resolvido. Foi minha estréia no showcase do DOC records também, o que trouxe bastante peso para meu show. Consegui apresentar meu live para uma pista linda e cheia, e entreguei para o Gui com muita felicidade! Me diverti muito e espero que em breve possa estar por lá novamente.”

L_cio

WAV3MOTION:

“Tocar em um dos maiores festivais de música eletrônica do mundo foi uma experiência incrível! E foi um marco muito importante na minha carreira, como divisor de águas para novas oportunidades. Foi maravilhoso poder tocar no palco da Q-dance e representar o Hardstyle brasileiro, sem dúvidas foi uma das minhas maiores conquistas até o momento.”

Wav3motion

E para quem também está morrendo de saudades do Tomorrowland Brasil, não esqueça da edição digital neste final de semana e reviva os melhores momentos no Aftermovie de 2016:

Ianne Souza

Fã de música eletrônica, sempre em busca de aprender mais. Choro em shows.

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Ianne Souza

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