Se vocês acompanham a cena eletrônica nesses últimos anos, devem ter notado que a miscigenação de estilos tem ganhado bastante destaque, principalmente dentro do país. Convenhamos, a uns anos atrás você não imaginaria Hardwell tocando Baile de Favela, correto?
Há muitos anos atrás, a cena brasileira ainda estava aprendendo a caminhar com as próprias pernas, então ainda era bastante fechada, com festas voltadas apenas ao Psytrance e algum espaço para o Techno. Conforme o tempo passou, outros festivais chegaram para cá e alguns outros tomaram rumos mais mainstream, abrangendo ainda mais vertentes, porém, a cena ainda continuava bastante fechada para vertentes fora da música eletrônica.
Quando um DJ, ousava tocar músicas brasileiras em um Dj set, corria o risco de ouvir muitas reclamações ou ser aclamado, poucos se aventuraram como Gabe e sua clássica faixa Tudo Vem, um hino que ainda sofreu um certo preconceito na época. Mas por quê? Talvez pelo motivo que a cena ainda estava amadurecendo e ainda estávamos aprendendo a caminhar sozinhos, nosso espelho ainda era a cena fora do país e lá ninguém tocava músicas brasileiras.
Porém, chegamos à época atual, onde nossa cena se estabiliza para uma das maiores do mundo, sim do mundo! Com eventos como UMF, Tomorrowland, EDC e Lollapalooza já desembarcando aqui, nós temos a liberdade de dar nosso toque cultural brasileiro e temos vários grandes nomes que já vem misturando outros ritmos com a eletrônica, como Tropkillaz que tem fortes raízes com o hip hop brasileiro e também flerta com o funk, Sugar Crush e sua mescla de trap com funk, Omulu que faz uma mistura bem legal de bass com forró, sertanejo e funk, inclusive grandes nomes do House como Vintage Culture vem arriscando bastante com nossa música brasileira, como em seu último remix para Cazuza.
E vendo essa crescente de ritmos e músicas brasileiras dentro da cena eletrônica, os gringos também estão se rendendo a nossa cena, quem não viu o grande Skrillex tocando Bololo e Tchu Tcha Tcha no EDC Brasil?
E agora mais recentemente, acompanhamos o eleito duas vezes melhor DJ do mundo tocando um dos grandes hits do funk brasileiro, “Baile de Favela” que levou o público ao delírio. Depois de um vídeo viral do mesmo tocando um mashup do funk, muitos disseram que o Hardwell nunca tocaria e aí está. Hardwell também é baile de favela!
A grande verdade é que nossa cena cresceu, temos uma diversidade sonora imensa dentro do país e assim como queremos que todos respeitem nossa cena eletrônica, devemos respeitas todos da mesma forma, seja com MPB-House, TrapFunk ou Big Room de Favela.
PEACE!
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