A parceria entre RIKO & GUGGA rendeu mais uma super track: “Soul Expander”, pela AME Records

O recém formado duo conta um pouco mais sobre como nasceu a colaboração, releases expressivos e mais

Os DJs e produtores RIKO e GUGGA vêm colhendo frutos importantes de maneira orgânica em sua carreira. Sem abandonar seus projetos solo, decidiram complementar-se e impulsionar-se como duo recentemente; já alcançaram alguns marcos super dignos de menção, como lançamentos em labels renomadas – Enormous Chills e Area Verde, para citar algumas – além de suporte de nomes expressivos do cenário mundial, como Ferry Corsten, Miss Monique, Nora En Pure, Cosmic Gate e EDX. Recentemente, também conseguiram emplacar duas tracks ao mesmo tempo no Top 100 de Progressive House: “Free Fall” e “Garden of Maria”.

Julho mal começou e, praticamente no mesmo momento em que promovem sua faixa “Garden of Maria” – uma viagem musical tribalística com direito a cânticos búlgaros – também celebram a entrada em um selo cada vez mais relevante nacionalmente, a AME Records. A faixa, “Soul Expander”, traz muito do que os dois artistas se propõem musicalmente; grooves fortes que remetem ao trance, jogo de synths potente e hipnótico, e breaks de tirar o fôlego.

Conversamos com eles para entender este período prolífico que vêm vivendo e sobre esses lançamentos recentes.

WiR: Oi, pessoal! Tudo bem? Vamos começar com a junção de vocês como dupla: como isso aconteceu até chegar no ponto em que decidiram divulgar-se como duo?

RIKO & GUGGA: “Olá, pessoal! É um prazer estar conversando com vocês. Obrigado por nos receber.
Sobre a oficialização do duo, foi uma coisa bem natural. Além dos nossos projetos solo, estávamos compondo muitas músicas juntos. Muitas vezes das quais tocamos ao vivo, tocamos juntos, também. Acredito que as pessoas já estavam nos enxergando como duo, então a virada de chave foi simples.”

WiR: De que maneira a produção conjunta está desenvolvendo vocês a um nível individual?

RIKO & GUGGA: “Trabalhar em equipe é uma luta pelo equilíbrio entre se posicionar e ceder. Os dois lutam pelos seus pontos de vista tendo em vista o que a música precisa e o que soa melhor. Isso nos leva a um processo de forte lapidação técnica e sonora. Estamos aprendendo muito um com o outro.”

WiR: E quais são, segundo a experiência de vocês, os maiores obstáculos de uma jornada produtiva em dupla?

RIKO & GUGGA: “Acreditamos que agenda é sempre um ponto de atenção. Não que seja um obstáculo, mas é importante manter a produção como uma prioridade. Então quando abre um espaço na semana, procuramos nos juntar para produzir. Outra coisa é liberdade de criação. Vamos escrevendo as músicas e testando coisas que soam bem e outras nem tanto. O que não agrada, a gente deixa encostado para uma futura revisão. O ponto é manter a velocidade e o desapego na hora de construir uma música.”

WiR: Vocês já têm um bom currículo de lançamentos em selos importantes, mesmo com pouco tempo de projeto. Pensando em compartilhar conhecimento com quem está começando, quais aspectos vocês consideram fundamentais para atingir tais resultados na carreira?

RIKO & GUGGA: “Estudar muito, produzir sempre que possível, unir-se a pessoas que estejam com os mesmos objetivos, escutar muita música e ser cara de pau mesmo e mandar as tracks para as labels. Temos plena consciência de que estamos aprendendo a cada dia, evoluindo muito, e mesmo assim, ainda estamos longe do que julgamos um ponto ótimo. Talvez esse ponto nem seja alcançado, pois ele é muito subjetivo. Então trabalhamos com os pés no chão, entregando o melhor que conseguimos com o foco no hoje. Esse é o nosso compromisso. Esperar a música perfeita só iria nos atrasar. Se temos um som em que acreditamos e está soando com qualidade, a gente vai para cima!

WiR: Riko, você celebra mais de 10 anos de carreira, tendo trabalhado musicalmente com marcas grandes como Google, Facebook, Tik Tok, entre outras coisas fora do comum. Como tem sido para você estar cada vez mais dentro do nicho de Progressive e Melodic junto ao Gugga?

RIKO & GUGGA: “Eu trouxe uma bagagem anterior bem diferente da bagagem do Gugga. Viemos de mercados diferentes e com gostos bem diferentes fora da música eletrônica, porém, nós somos os opostos que se encontraram e descobriram muito mais semelhanças que nós poderíamos imaginar! Poder finalmente fazer o que ama, criar progressive e melodic, junto de um grande amigo que também sonha igual, é uma experiência transformadora!

WiR: Gugga, desde que adentrou a dance music você captou rapidamente a atenção de labels importantes, a exemplo de Siona, Enormous Chills, Transensations, Fluxo. Ao que deve essa ascensão tão rápida e como usa esse network para ajudar no impulsionamento do duo?

RIKO & GUGGA: “Com certeza uma das coisas que me ajudou a lançar nas labels mencionadas foi minha busca pelo conhecimento. Desde que comecei a produzir, desenvolvi uma relação quase que obsessiva por estudar e criar música. Eu vivo e respiro música faz um ano e meio. Acho que isso criou uma intimidade com as ferramentas de produção e possibilitou que eu me expressasse de verdade através da música. Outras coisas que ajudaram, sem dúvida, foram as amizades e conexões que fiz ao longo dessa jornada. São trocas de abordagens e conhecimentos que geram muito insights. É muito legal olhar para o lado e ver que existem pessoas muito competentes que estão na mesma luta que você. Isso me motiva muito.”

WiR: É perceptível que vocês procuram ser adaptáveis dentro do estilo de som que escolheram, a exemplo da vibe mística de “Garden of Maria” versus a pegada hipnótica e espacial de “Soul Expander”. O que fazem para manterem-se criativos e autênticos?

RIKO & GUGGA: “Na verdade, a gente procura entender o que a track precisa de acordo com o que carregamos das nossas referências. Tanto Soul Expander, quanto Garden of Maria, nasceram de um tema. Feito isto, procuramos construir os elementos de acordo com esse tema e o esqueleto da música está pronto. Esse workflow é utilizado em quase todas as músicas que fazemos. A gente não é muito encanado com estética e com qual subgênero nosso som teria fit. Buscamos deixar a música nos levar em termos de criação. O que buscamos manter com nossa característica é um groove forte, melodias marcantes e uma atmosfera imersiva.”

WiR: Especificamente sobre “Soul Expander”, seu lançamento mais recente, como se deu o processo de criação da faixa?

RIKO & GUGGA: “Saímos do nosso ambiente do dia a dia. Isso foi primordial. A gente foi fazer uma imersão de produção na praia e nos isolamos durante uns 4 dias, se não me engano. Criamos o lead principal, construímos o break e o drop. A partir daí, fomos compondo a estória da track para que as passagens fizessem sentido. Essa dinâmica de começar a track pelo break nos ajuda muito a entender qual vai ser a vibe da track. A partir dele, conseguimos manipular o que vem antes e depois, se vamos fazer uma track mais linear ou mais progressiva.”

WiR: Quem são as referências de vocês com quem sonham em colaborar um dia e por quê?

RIKO & GUGGA: “A princípio, para fugir um pouco do óbvio, as pessoas que mais inspiram a gente são os nossos amigos de profissão que estão na mesma luta, fazendo música boa, se aprimorando cada vez mais e conquistando seus espaços. Falando dos caras que já estão nos holofotes, podemos citar: Cassian, Yotto, Tinlicker, Space Motion, Space Food, Cristoph. Colaborar com qualquer um desses artistas seria transformador.”

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