Parece que foi ontem que o Caos abriu as portas trazendo o ícone do techno de Detroit, Carl Craig, pela primeira vez ao interior paulista. Dois anos de trabalho intenso e dedicação profunda às vivências sonoras e visuais de qualidade se passaram. Com uma das curadorias mais poderosas do Brasil, o club que se tornou referência apostou em artistas do alto escalão da música eletrônica mundial como Laurent Garnier, Nina Kraviz, Nastia, Ben Klock, Danny Daze, mesclados aos talentos locais que mais se destacam por sua pesquisa musical diferenciada. A lista vai longe… Um espaço que surgiu para a contemplação da música: mutável e aberto para receber distintas culturas e experiências sensoriais. Mantendo a tradição do cultivo de amizades em suas comemorações, o amigo a “soprar as velinhas” do segundo ano é Rebolledo, acompanhado de Due, Eli Iwasa, Gui Boratto, Gop Tun DJs e Black Sun no dia 14 de dezembro.
Exercendo com primordia sua função de DJ e produtor, o mexicano com base em Paris é capaz de promover transes em plena pista com suas batidas psicodélicas e linhas de baixo sintéticas, promovendo uma releitura dos sons experimentais dos anos 70 e 80 com pegada contemporânea. A “Hippie Dance”, seu selo, surge exatamente pela necessidade de liberdade de criação com suas faixas. Através de um dos projetos mais respeitáveis da música eletrônica mundial, Pachanga Boys, ao lado de Aksel Schaufler, o artista também revela seus dons melódicos e emocionam o público com clássicos que ultrapassaram barreiras.
Acompanhando Rebolledo, seu companheiro de Kompakt (gravadora alemã e uma das mais importantes do mundo), Gui Boratto retorna ao Caos dessa vez para ajudar a soprar as velas do club. Completam o line os DJs e amigos da Gop Tun trazendo ritmo ao Beco, a anfitriã Eli Iwasa com suas mixagens impecáveis, que vive um dos anos mais importantes da sua vida e promete apresentar todas as influências que carrega de três tours internacionais só esse ano e agendas lotadas todos os fins de semana por todo o Brasil, Due, que estréia com sua vibe dançante e Black Sun, projeto local que dá a largada.
O Caos
Ao longo de dois anos foram aproximadamente 110 nomes nacionais e internacionais – só da música eletrônica. Mas o Caos se mostrou plural, versátil e um templo para a música boa. Artistas como Baco Exú do Blues, Pabllo Vittar, Djonga, Kevin o Chris, Criolo, Lexa e Mano Brown também abrilhantaram noites memoráveis. A celebração pela diversidade é o que move e corre nas veias do Caos: da música até a liberdade de ser quem é, destituindo-se de todo e qualquer pré conceito.
Esse contexto amplo de liberdade promovido pelo club é o que o torna esse grande contribuinte para o aumento do fluxo de amantes da boa música para o interior de São Paulo e a lista dos grandes marcos do club não pára de aumentar. Que essa celebração à diversidade permeie por longos anos. Cheers!
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