A lendária Circoloco, nascida em 1999 no clube DC10, em Ibiza retorna ao Brasil com uma edição especial no Autódromo Capuava (Indaiatuba, SP). Antes de mergulharmos nos DJs escalados para a noite, vale conhecer o legado da marca e uma rápida recapitulação da última edição brasileira.
A história da Circoloco
Originada como uma festa de segunda-feira pela manhã no DC10, a Circoloco foi criada pelos promotores italianos Antonio Carbonaro e Andrea Pelino. Seus sets longos, atmosfera underground e curadoria arrojada ajudaram a transformar esse encontro em Ibiza numa marca global de cultura clubber.
Com o tempo, Circoloco expandiu para residências em diversos países, além de desenvolver sua gravadora, Circoloco Records, em parceria com a Rockstar Games. A filosofia permanece: música de pista focada, estética minimal/tech-house/deep, e uma comunidade global que valoriza autenticidade e conexão através da dança.
A última edição no Brasil (Rio de Janeiro)
No Brasil, Circoloco já cimentou sua presença: a marca teve edições no país que confirmaram o interesse do público nacional. Por exemplo, em 2022, houve uma edição no Rio de Janeiro em clima de “Carnaval fora de época”. A festa esgotou, reforçando que o Brasil é mercado relevante para a marca internacional.
Ultima edição em São Paulo
Com uma edição realizada no ARCA Space O line-up reuniu nomes de peso da cena eletrônica internacional e nacional — entre eles Seth Troxler, The Black Madonna (agora Blessed Madonna), DJ Tennis, Tania Vulcano e Gui Boratto
A edição em Indaiatuba
Neste novo capítulo, Circoloco desembarca no Autódromo Capuava, em Indaiatuba (interior de São Paulo). O local oferece amplo espaço, logística adequada para grandes públicos e uma infraestrutura fora dos grandes centros urbanos — ideal para uma experiência imersiva de festa.
Line-up: quem vai comandar a pista
Carlita
Carlita traz à pista uma sonoridade que mistura house melódico, deep house, indie dance, com toques de rock, instrumentos acústicos e elementos de world music. Seu diferencial está na maneira como funde uma formação clássica com a energia do club — fazendo com que sua performance seja tanto para dançar quanto para “ouvir com atenção”.
Chris Stussy
O holandês já se posiciona como uma das forças mais respeitadas da house music global. O produtor e DJ fundou em 2020 o selo Up The Stuss, que logo se tornou vitrine de uma nova geração de house refinado. Sua batida de assinatura e entrega nos sets convenceram tanto os clubes mais seletivos quanto os festivais mais exigentes: de DC10 em Ibiza ao palco principal do Time Warp.
DJ Tennis
DJ Tennis traz uma estética sonora que combina o profundo e atmosférico com o dançante. Sua base na música independente e pós-rock (influências como Godspeed You! Black Emperor, Tortoise, Fugazi) aparece em suas produções, resultando em paisagens sonoras que aliam introspecção à tracks explosivas.
Ao mesmo tempo, como curador e produtor, ele não se limita a “tocar hits”, mas investe em descobertas, lançamentos e uma estética sonora que mistura house, techno e uma sensibilidade musical quase cinematográfica.
Omoloko
O brasileiro que marcou presença no ultimo Tomorrrowland Brasil é conhecido por sets que transitam entre house, disco, kwaito, afro-house, com uma leitura de pista aguçada, o que distingue Omoloko não é apenas a performance: é a curadoria, a escuta ativa, o desejo de surpreender a pista.
PAWSA
PAWSA é associado ao tech-house voltado para pista. Sua música costuma apresentar grooves hipnóticos, percussão precisa, vocais curtos/recortados, e uma influência perceptível de house mais “vintage” (anos 90), combinada com a clareza de produção moderna. Nos sets, ele valoriza o “clubber de verdade” — menos show de luzes chamativo, mais foco em som, flow e conexão com o público
Prospa
Prospa mistura influências da house, rave dos anos 90, breakbeat, garage e techno em suas produções, com um pé no passado e outro no contemporâneo. Sua sonoridade é descrita como “euphoric, high-octane club sound” que remete à energia de pista de warehouse raves, ao mesmo tempo que se conecta com a produção moderna.
Saoirse
Saoirse combina influências de trance, hard-house, techno, breakbeat, nu-garage e house com pesquisas sonoras profundas. Em seus sets ela pode alternar entre “dark rooms” e pistas mais festival-friendly, sempre com uma abordagem de crate-digging, raridades e mistura fluida de gêneros
Seth Troxler
Troxler combina suas raízes de Detroit e Chicago (house, techno) com uma vasta gama de influências — do indie rock ao ambient — e traz para seus sets e produções uma abordagem eclética, receptiva e profundamente enraizada na cultura do vinil e na pista. Ele é conhecido por misturar groove, técnica e consciência cultural, reivindicando espaço para o som, a comunidade e a história da dance music.
SERVIÇO:
CIRCOLOCO SÃO PAULO
15 DE NOVEMBRO
HORARIO: 16 AS 04 HORAS
LOCAL: AUTODROMO CAPUAVA – INDAIATUBA
LINE-UP: CARLITA, CHRIS STUSSY, DJ TENNIS, OMOLOKO, PAWSA, PROSPA, SAOIRSE, SETH TROXLER
INGRESSOS: Disponíveis pela ingresse, clicando aqui
