Conheça algumas das produtoras do Projeto V.A, lançado pela Native Wolf Records

A música eletrônica se destaca por sua versatilidade e sua forma de abraçar todo mundo sob qualquer vertente já existente. Conectamos o mundo através da paixão, da emoção que sentimos ao ouvir nossas faixas favoritas e compartilharmos com o mundo. Dessa paixão surge a vontade de virar um desses artistas que espalham sua mensagem através da música no entanto, a cena conta com muitos nomes e sempre buscamos referências desses nomes.

Isso inspira a entrarmos nesse mundo mais a fundo e explorar áreas que jamais imaginaríamos chegar. Além de ser uma trajetória difícil, se torna mais ainda quando você é uma mulher sonhadora. O mercado abraça mas seleciona poucas artistas para o mundo da eletrônica, vimos nomes como ANNA, Charlotte de Witte, Barja, Mariana Bo e entre outras se destacando e brilhando na sua vertente.

Com isso, a Native Wolf Records lançou o projeto V.A que busca produtoras de diversas vertentes para mostrar o seu som para motivar ainda mais e abrir espaço no cenário. O projeto é 100% feminino e conta com a participação de oito artistas e diversas vertentes que trazem a essência da música eletrônica através de sua melodia.

O V.A tem o objetivo de incentivar produtoras e dar voz a elas através de sua música e suas inspirações. Isso contribui para o crescimento e leva incentivos a outras mulheres para mostrar suas paixões através de seu som. Para motivar ainda mais, chamamos algumas das artistas participantes que contaram o que motivam elas a estarem nos palcos transmitindo suas emoções. Vamos conhecê-las?

Aka Linda Green lançou “Correria” no álbum Alcateia lançado pela Native Wolf e mostrou para o WiR como foi a sua participação: “Ser chamada para participar da coletânea da NWR foi uma honra, é um selo que eu gosto bastante e estou sempre tocando as músicas que eles lançam. Já tem alguns anos que me aventuro na produção musical, foram alguns edits, mashups, remixes, parcerias, sempre pensando como uma forma de expressão, colocando para fora as sonoridades que compõe minha identidade”.

Linda Green também conta quais são suas inspirações na música: “Minhas inspirações são variadas, entre house, disco, trance e psicodelias progressivas. Há 3 anos, passei a estudar teoria musical para poder chegar em resultados mais próximos do que eu tinha expectativa. É super interessante ver o trabalho numa composição com outras artistas talentosas”.

Kimehra lançou “Because” e também nos contou o que motiva a estar na música: “Esse projeto V.A já era um desejo antigo meu de participar, em outubro recebi o convite do Bruno Merlin e logo aceitei a proposta porque, ao meu ver, é muito importante ver mulheres ocupando novos espaços, principalmente na música eletrônica. Estamos vendo a cena feminina crescente desde o undergound ao mainstream e nesse crescimento, encontro as minhas maiores inspirações que são representadas por mulheres como Gioli & Assia, Giorgia Angiulli, Miss Monique, ANNA e Nora En Pure, que trazem muita melodia em breaks longos indo do melodic house ao techno”.

Noizzed falou sobre seus projetos e inspirações no mundo da música, ela produziu “No Hablas“, é idealizadora do projeto TPM – Todas Pela Música e possui diversos projetos para a inclusão feminina nos palcos. Ela conta: “Para as manas que as vezes pensam em ser DJ ou produtoras em segredo, no seu íntimo, por medo do que vão dizer: eu imploro, se joguem!. Se permitam e peitem suas vontades, sonhem e executem. Aprendam, sejam técnicas, dedicadas, sensíveis, tenham sonoridade e invistam no seu conhecimento”.

Noizzed conta também seus desafios e o que levou a chegar nas pistas: “Hoje escrevo o que penso, recito, canto e gravo, priorizando sempre os vocais em português. Me libertei de julgamentos e medos e isso foi transformador. Viver me inspira, tanto no caos, quanto no silêncio”. Ela conta também como foi a sua participação no projeto V.A e as suas dificuldades: “Anos atrás era difícil compilar tantas artistas num único álbum. Levava muito tempo, isso quando fechava de fato. Então, estar entre tantas mulheres incríveis, com músicas cheias de identidade, para mim é uma honra e prazer”.

Fabi (Noizzed) também reforça o chamado e como é estar na cena expondo sua arte: “Vocês têm noção o quão louco é ser convidada para dar um depoimento a um portal e poder falar sobre o que me inspira e o que penso? Mas manas, eu sei bem como é, mas vem! A música está de portas abertas para as mulheres se manifestarem. NO HABLAS é a representação do meu estado atual: muito barulho, ruídos e progressões, uma bagunça que até faz sentido e que me sinto honrada em compartilhar com vocês”.

Com esses depoimentos, podemos concluir que vale a pena se aventurar pela música através de suas expressões e representatividades. Isso nos inspira a trabalhar e viver esse mundo mágico, explorando amizades e influências que marcarão nossas vidas. O Projeto V.A é isso, inspirar e motivar produtoras a mostrar sua sonoridade pro mundo e explorar novos caminhos em suas variadas vertentes.

AKA Linda Green, Kimehra e Noizzed estão na compilação Alcateia, disponível no Spotify e no Beatport. Confira !

 

Escrevo o que eu vejo de interessante na cena, estudo jornalismo e pretendo fazer disto a minha vida. Unir a música eletrônica e a vontade de mostrar os inúmeros elementos que compõem ela, me faz tornar vivo e ser quem eu sou. Escuto de tudo por aí... Inclusive o que a maioria não curte ou julga.