Por Vitor Gianluca e Gabriel Zannuci
Sob nova direção e totalmente repaginado, o DGTL São Paulo retornou em grande estilo neste ano. No último final de semana, tivemos a oportunidade de ver as mudanças de pertinho e de acompanhar o festival que durou 16 horas, no Pavilhão do Anhembi, em São Paulo. O evento contou novamente com três palcos, Modular, Generator e Frequency, que receberam ao todo 26 artistas, que realizaram apresentações de tirar o fôlego. Confira o review completo da WiR sobre o DGTL São Paulo 2022, que marcou a noite como uma das mais especiais do ano.
Após dois anos de espera, por conta da pandemia da Covid-19, o público ansiava por um grande retorno do DGTL São Paulo. Sob a direção de Du Serena, Edu Poppo e Silvio Conchon, o festival de origem holandesa nos surpreendeu logo de cara, com a decoração dos três palcos, que estavam muito bem feitas de acordo com a proposta de cada um.
O Modular foi o palco com o maior número de detalhes, isso porque, os painéis de LED posicionados ao seu redor, juntamente com sua iluminação bem estruturada, traziam uma experiência audiovisual imersiva. Além da decoração, a sonoridade também era mais abrangente, trazendo Amelie Lens, Innellea, Jan Blomqvist, Len Faki e Melanie Ribbe como artistas internacionais e Renato Ratier, Binaryh, Junior C. e Marcio S como os nacionais.
O Generator trazia uma estética mais minimalista, com uma iluminação bem trabalhada em meio às estruturas metálicas que lhe davam forma. Sua proposta era entregar uma sonoridade mais densa e acelerada, transitando entre momentos enérgicos e hipnóticos. O palco contou com um line de peso, nomes como Código Vermelho, Cashu, Dax-J, I Hate Models, Klangkuenstler, DJ Murphy, SPFDJ e Tessuto comandaram a pista.
Já o Frequency, contou com tubos de LED posicionados na parte superior que exibiam animações abstratas. Plantas foram colocadas em sua estrutura e seus arredores, enfatizando sua proposta. Este era o palco onde as vertentes do House e Disco se juntavam e criavam um clima alegre de festa. Benjamin Ferreira, The Blessed Madonna, Denis Sulta, Gerd Janson, DJ Mau Mau, Ney Faustini, Pricila Diaz, Suze Ijó & Fafi Abdel Nour e Valentina Luz foram os artistas que ressaltaram a magia deste palco durante o festival.
A maior preocupação, com certeza, era a da experiência sonora, afinal, o Pavilhão do Anhembi já recebeu outros eventos com mais de um palco e o som de uma pista invadiu a outra. Felizmente, isso não foi um problema durante o DGTL que, com containers bem posicionados, conseguiu barrar o som das diferentes pistas e garantiu uma boa experiência sonora em qualquer um dos palcos. Como era um ambiente fechado, ficamos atentos também com relação à ventilação da pista, que foi mais agradável que de outras edições, mas poderia ser melhor trabalhada.
A ideia do copo reutilizável também é uma marca do festival. Nós achamos o copo amarelo muito bonito, mas diferente de outras edições, as atrações do festival não vieram impressas nele. Contudo, o design ficou muito bonito e estava custando R$ 10,00.
Uma das empresas parceiras do DGTL São Paulo é a empresa holandesa TicketSwap, que trabalha intermediando a compra de ingressos online de maneira rápida e segura. A marca marcou presença no evento com um lindo portal futurista de leds, com diversas cores e animações, produzido pelo carioca Muti Randolph. O portal foi o centro de diversas fotografias e trazia a logo da marca. Um ponto bem bonito e que também foi um diferencial do evento.
A praça de alimentação estava repleta de opções e como sabemos, não havia carne no menu. Isso porque, o evento tem como foco a sustentabilidade e segundo pesquisa feita pela equipe do festival, o consumo de carne colabora para o aumento de gás carbônico. Porém, isso não impediu a variedade de opções e nem interferiu de maneira alguma na experiência do público. Durante o evento, nós provamos o hambúrguer vegano com pão australiano e salada e adoramos!
Já nos bares, as marcas que faziam parte do evento contavam com stands muito bonitos e isso deixou o festival com um visual interessante. Marcas como Heineken, Red Bull e Ballantines fizeram parte desta edição como patrocinadoras.
Com tantos artistas no line up e tantas horas de evento é difícil falar sobre alguns e não cometer certa injustiça. Queremos deixar claro que andamos o evento inteiro e assistimos partes das apresentações de cada artista.
Para aqueles que tiveram a oportunidade de estar na Afterlife, em São Paulo, há alguns dias atrás, puderam “reviver” a experiência durante o set de Innellea. A apresentação em formato Live Act realizada no palco Modular, como dito acima, proporcionou para o público uma experiência audiovisual incrível, característica bem explorada nas apresentações dos artistas da label. O set foi muito elogiado por todos presentes, que cantaram juntos a versão remix de “I Don’t Wanna Leave”, de Innellea, uma composição original de Rüfüs Du Sol.
Outro artista do Modular muito elogiado, foi Jan Blomqvist. Com seus vocais marcantes durante o live act, Blomqvist fez uma apresentação intensa, demonstrando técnica e a capacidade de emocionar o público em todos os sentidos.
O que dizer de Binaryh? O duo formado pelo casal Camila Giamelaro e Rene Castanho, fez uma apresentação impecável. Assim como o Innellea, o duo entregou um show único e com uma sonoridade característica do projeto. Mostrando as razões do constante suporte de grandes artistas, como Tale Of Us.
No palco Frequency, Gerd Janson mostrou o porque é tão respeitado ao redor do mundo. Janson elevou a temperatura e surpreendeu transitando entre clássicos do House, Disco e Techno, entregando uma apresentação muito animada e contagiante.
Outro nome que não poderia faltar nesta lista, é o de Denis Sulta. O britânico entregou um set muito divertido e contagiante. Com seus passos de dança sincronizados, Sulta mostrou que tem presença de palco e sabe animar a pista como poucos.
Expoente do Chicago House, The Blessed Madonna não deixou a temperatura cair e manteve o ritmo da festa até o encerramento do festival. A última atração do Frequency fechou a noite com chave de ouro e tocou tracks dançantes e vibrantes, incluindo, um remix do sucesso da banda Queen, “Another One Bites The Dust”, que animou a pista de uma forma descomunal.
O residente da Capslock, Tessuto surpreendeu a pista com um set bem construído e denso que transitava entre diferentes vertentes seguindo a proposta do palco Generator, nos proporcionando momentos hipnóticos e instantes cheios de energia. KlangKuenster foi um dos destaques da noite. Com um set bem agressivo de bpm elevado e de com um baixo bem marcante, o alemão não deu descanso para a pista.
Inconfundível, I Hate Models nos mostrou porque é um dos nomes mais aclamados do Hard Techno. O francês chegou causando impacto e não parou até o fim de seu set, que com seus BPMs elevados, transitou entre influências do Techno e do Trance. De máscara e sem camiseta, o artista mostrou uma presença de palco de tirar o fôlego, que contagiou toda a pista para fechar com chave de ouro as atividades do Generator.
O DGTL entregou uma experiência muito boa e rica aos fãs que prestigiaram o evento. Desde a curadoria para montar o line up, até mesmo, nos pequenos detalhes, como pontos para pessoas com mobilidade reduzida, próximo aos três palcos. Tudo foi pensado e idealizado com muito carinho e quem pode acompanhar o evento sentiu isso, nós adoramos o evento. Fica registrado também o nosso agradecimento à equipe do festival, que disponibilizou uma sala de imprensa para nós da WiR e para os companheiros de profissão, para as entrevistas e contato com os DJs do evento.
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