Em ascensão, Scorz fala sobre seu início, A State of Trance e novidades

Conquistando atenção por onde passa, Scorz avança com seu estilo leve e melódico. Impressionando até Armin van Buuren, o brasileiro conta com vários lançamentos e participará da volta especial do A State Of Trance Festival 1000.

Dono de músicas como Ephemeris, Easy Love, Come To Life e outros, a presença de Scorz está mais que confirmada a cada semana de lançamento em um dos principais rádios show do mundo, o A State of Trance.

Nesse ritmo de evolução, chamamos para conversar conosco sobre a sua trajetória até aqui e quais serão os desafios daqui para frente.

Scorz/Foto: Fernando Sigma

WiR: Começo essa entrevista com uma pergunta básica, quem é Scorz e de onde surgiu a paixão pela música eletrônica?

Scorz: “Lá pra meados de 2004, quando eu comprei um DVD do Tiësto numa banca e eu comecei a assistir, falei: ‘pô esse aqui é muito f*da’. Nunca tinha visto nada igual antes, aí eu comecei a pesquisar mais músicas. Na época eu nem tinha como achar as músicas eletrônicas fácil assim só baixando pela internet. Aí eu pegava de alguns amigos, até quando um deles me apresentou o programa de produção, no mesmo dia eu passei pro meu computador. Eu comecei a fazer músicas num computador emprestado (risos), não tinha, eu tinha videogame naquele tempo, aí num churrasco eu resolvi inventar o nome, juntei duas palavras que tinha, tinha uma caixa da Puma de um tênis e eu tava bebendo uma Skol. Aí falei, Puma Skol. Isso em 2010, é isso? No final mudei pra Scorz, depois eu só tirei o Puma (risos).”

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WiR: Uma baita sacada! (risos). Sempre curtiu essa pegada mais chill, mais house? Como descobriu essa identidade musical?

Scorz: “Então eu sempre produzi de tudo, mas eu iniciei mesmo com Hardstyle. Depois passei a produzir electro, na metade 2010 só que era mais brincadeira que eu fazia, né? Até consegui lançar em algumas gravadoras mas só por diversão, não levava muito a sério. Em 2014, eu comecei a lançar alguns Progressive Trance, foi nesse tempo que passei a ter esse suporte do Armin, Ferry Corsten, Dubvision e outros.”

WiR: Ainda existem esses arquivos de seus Hardstyles produzidos?

Scorz: “Tenho, mas dá até vergonha de mostrar (risos).”

WiR: Como surgiu esse contato com a Armada Music?

Scorz: “Em 2014, tinha lançado compilações pela Armada e tinha suporte do Armin. Nesse mesmo período, eu parei de lançar músicas e me inseri no mercado de produção fantasma. Resolvi voltar em 2020, criei a Come To Life, enviei para Armada sem ter a noção se eles iriam gostar da track. Enviei por uma uma plataforma chamada LabelRadar. Eles curtiram a música pra caramba, um deles até comentou ‘tem que assinar isso’ e enviou para todos da gravadora, inclusive para o Armin. Com essa recepção boa que a música teve, todos da Armada começaram a entrar em contato comigo. Perguntando se haviam músicas novas e tal.”

WiR: Expandiu os horizontes no ASOT, lançou várias músicas e agora vai ser uma das atrações do A State of Trance Festival na Holanda. Como você recebeu a notícia?

Scorz: “Poxa, eu nem entendi. Porque eu deixei um email de um domínio meu no SoundCloud. Na hora que eu entrei, vi um e-mail da ALDA Events dizendo que o Armin tinha me convidado para tocar. Aí eu nem entendi muito, pois o primeiro festival da minha vida foi o State of Trance, em São Paulo. E ser convidado pra tocar no evento principal, é muito legal. Primeiro evento que eu fui como visitante e o primeiro que vou tocar!”

WiR: Falando em novidade, podemos esperar mais collabs no futuro e música nova até o fim deste ano?

Scorz: “Eu estou fazendo dois collabs, agora só que eu não sei se eu posso falar com quem é, porque as duas pessoas não me enviaram o arquivo de volta pra eu continuar trabalhando, então não sei se posso contar. Mas um é bem conhecido entre os brasileiros, o outro nem tanto mas ele é bem respeitado aí pela galera da Anjunadeep!”

WiR: Gostaria de encerrar com uma pergunta bacana e reflexiva. Onde Scorz quer chegar com o seu estilo e sua música?

Scorz: “Olha, do jeito que as coisas tão acontecendo, nem sei onde eu posso chegar, sério. Mas a minha missão é produzir músicas que eu curto e encaixem em algum público, sabe? Não vou fazer música tipo: ‘ah eu vou fazer pra ganhar dinheiro’. Quero fazer o que eu curto e que isso agrade sei lá um público, quero que o público me ache!”

OUÇA O ÚLTIMO LANÇAMENTO DE SCORZ!

 

Escrevo o que eu vejo de interessante na cena, estudo jornalismo e pretendo fazer disto a minha vida. Unir a música eletrônica e a vontade de mostrar os inúmeros elementos que compõem ela, me faz tornar vivo e ser quem eu sou. Escuto de tudo por aí... Inclusive o que a maioria não curte ou julga.