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sexta-feira, dezembro 5, 2025

Entrevista com Terry Golden: os bastidores de ‘Obsession’ com Alexander Popov

Tradução do post:

Recém-saído do lançamento de seu single ‘Obsession’, produzido em colaboração com o gigante do Trance Alexander Popov, o DJ e produtor dinamarquês Terry Golden compartilha a história por trás da faixa. Conhecido por sua fusão entre Melodic Techno e Progressive House, Terry fala sobre como a colaboração aconteceu, como abordou a mistura de gêneros e as decisões técnicas que ajudaram a moldar a energia hipnótica da track. Do primeiro lampejo de inspiração até o drop final, ele oferece uma visão dos bastidores sobre o que faz de ‘Obsession’ um destaque em seu catálogo — e como pretende continuar construindo em cima desse momento colaborativo.

Qual foi a primeira ideia ou som que inspirou ‘Obsession’?

A faísca inicial veio de uma linha de sintetizador arpejada e hipnótica, que imediatamente pareceu poderosa e imersiva. Eu queria algo que servisse como âncora emocional da faixa, mas que também deixasse espaço para o drive rítmico. Quando me conectei com Alexander Popov, essa ideia se tornou a base para tudo o que construímos em volta.

Como trabalhar com Alexander desafiou ou expandiu sua abordagem de produção?

Alexander vem de um background forte no Trance, o que nos levou a abordar estrutura melódica, camadas e build-ups com muito mais atenção à tensão e liberação do que costumo fazer em minhas produções solo de Melodic Techno. Ele me incentivou a pensar em frases longas e evolutivas, enquanto eu o estimulei a focar em um low-end mais grooveado.

O resultado foi uma troca criativa que mesclou nossas forças.

Se tivesse que descrever a energia de ‘Obsession’ em três palavras, quais seriam?

Hipnótica, Eufórica, Pulsante.

Como você equilibrou seu som de Melodic Techno com as raízes Trance de Alexander?

A chave foi encontrar o ponto de equilíbrio entre a profundidade atmosférica do Melodic Techno e a progressão elevadora do Trance.

Eu me concentrei em texturas de baixo quentes, grooves estáveis e tons mais sombrios. Alexander trouxe leads ascendentes, mudanças harmônicas emocionais e camadas brilhantes.

Unimos esses elementos de forma natural, sem que um estilo dominasse o outro.

Qual foi o elemento mais difícil de acertar na faixa e como conseguiu resolver?

O maior desafio foi misturar o groove hipnótico profundo com os drops de alta energia sem perder a coesão. No início, as transições pareciam abruptas. Resolvemos isso criando risers longos, pads atmosféricos e fills sutis de percussão que suavizaram a passagem entre as seções enquanto mantinham a empolgação.

A faixa tem uma energia hipnótica – como você usou arranjo e sound design para alcançar isso?

Nos apoiamos bastante em motivos melódicos repetitivos porém em evolução, combinados com automações dinâmicas de filtro. O delay e o reverb em constante movimento mantiveram o espaço vivo, enquanto mudanças graduais nos padrões de percussão garantiram que o groove não ficasse estático. A compressão sidechain e um EQ preciso fizeram os elementos “respirarem juntos”, criando aquele puxar constante típico do Trance. Além disso, o vocal trouxe essa vibração, adicionando destaque à produção.

Qual o papel dos vocais na música eletrônica hoje, e como isso influenciou ‘Obsession’

Os vocais são o conector emocional para os ouvintes, especialmente em gêneros como Progressive e Melodic Techno. Em ‘Obsession’, não queríamos uma estrutura lírica completa, mas sim tratar a voz como mais um instrumento – usando frases etéreas e processadas para adicionar textura, clima e calor humano sem desviar do protagonismo instrumental.

Como você costuma estruturar suas faixas

Meu processo é um equilíbrio entre instinto e precisão. Sempre começo com a melodia e o drop, depois mapeio emoções, tensão inicial, construção de energia, FX e um outro satisfatório. Testo constantemente se cada seção leva naturalmente à seguinte. Algumas ideias fluem intuitivamente, mas muitas vezes passo bastante tempo refinando o arranjo para manter o momentum sem sobrecarregar a mixagem.

Em que tipo de cenário você imagina ‘Obsession’ funcionando melhor?

Em um festival lotado durante o pôr do sol ou à noite, quando luzes e visuais amplificam os elementos hipnóticos. Também funciona perfeitamente em sets de clubes tarde da noite, quando a energia está alta e o público quer algo profundo, mas ao mesmo tempo elevador.

Como você mantém sua identidade criativa em colaborações?

Vejo colaborações como um encontro de mundos, não um compromisso. Trago sempre minha marca – linhas de baixo grooveadas, texturas atmosféricas e narrativa melódica em camadas – mas me mantenho aberto a incorporar as forças do outro artista. Assim, a faixa soa como uma fusão real, e não como um estilo ofuscando o outro.

O que vem a seguir para Terry Golden?

Tenho várias colaborações alinhadas, tanto com artistas já consolidados quanto emergentes, além de alguns projetos solo que levam meu som para direções mais sombrias e experimentais. Podem esperar novos singles, apresentações em festivais e, possivelmente, um EP até o fim do ano.

Com ‘Obsession’, Terry Golden explorou novamente novos territórios criativos, reforçando sua capacidade de evoluir em um cenário musical em constante transformação. Enquanto colabora e aprimora ainda mais seu som, sua paixão e determinação permanecem evidentes — alimentando tanto sua direção artística quanto sua jornada na música eletrônica.

Fique ligado nos próximos passos de Terry Golden acompanhando-o nas redes sociais para novidades, lançamentos e atualizações — ele segue em movimento, evoluindo, refinando e inovando a cada projeto.

Yohan Augusto
Yohan Augustohttp://www.wonderlandinrave.com
☁️ Behind everyone's favorite song, there is an untold story.

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