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Entrevistamos a dupla Alfiya Glow & Luna Maye

Alfiya Glow e Luna Maye são duas artistas cujos caminhos se cruzaram por ambições criativas compartilhadas e um compromisso em produzir músicas profundamente ressonantes. Sua mais recente colaboração, “Where Do We Go”, marca um passo emocionante em suas jornadas artísticas individuais, combinando as melodias características de violino de Alfiya Glow com os vocais evocativos de Luna Maye. O resultado é uma faixa que convida os ouvintes a uma jornada de introspecção e profundidade emocional. Nesta entrevista exclusiva, exploramos o processo de produção, a abordagem para mesclar sons eletrônicos e orgânicos, e a visão compartilhada que deu vida a essa peça envolvente de Melodic House.


Olá, Alfiya Glow e Luna Maye! Parabéns pelo lançamento de “Where Do We Go”. Como tem sido a resposta do público até agora?

Ambas: Tem sido incrível! Recebemos mensagens de pessoas dizendo que a faixa trouxe conforto para elas, enquanto outras comentaram que se tornou sua nova música de inspiração. Ver que a música não só faz as pessoas dançarem, mas também toca seus corações, tem sido muito gratificante para nós.


Qual foi a visão criativa por trás de “Where Do We Go” e como surgiu essa colaboração?

Ambas: Queríamos criar uma faixa que convidasse os ouvintes a refletir, mas que também os fizesse querer se mover. Nossa colaboração surgiu naturalmente, já que compartilhamos muita energia criativa no estúdio, especialmente em projetos meditativos. Dessa vez, decidimos trazer essa mesma profundidade para o universo do EDM, combinando letras emocionais com um som expansivo.


Como foi o processo de produção? Qual elemento surgiu primeiro e como vocês construíram a paisagem sonora completa?

Alfiya: Após criar várias paisagens sonoras meditativas e trabalhar no nosso Splice Pack, onde tive o prazer de mergulhar no mundo de Luna, sabíamos que queríamos expandir nossa colaboração. Naturalmente, quis trazer Luna para meu espaço — o Melodic House. Começamos com algumas faixas de inspiração para definir o clima e a direção. A produção aconteceu remotamente: eu estava na Costa Oeste e comecei pelas harmonias, adicionando depois as batidas, sintetizadores e elementos atmosféricos. Mandava os rascunhos para Luna, que gravava os vocais no estúdio com nosso engenheiro de som, Eric Bogacz. Fomos refinando até criar essa paisagem sonora ampla que reflete nossos estilos.


Alfiya, suas linhas de violino são um elemento central da faixa. Como você incorporou sua formação clássica à estrutura melódica de “Where Do We Go”?

Alfiya: Pensei na jornada emocional da música e em como o violino poderia contar essa história. A estrutura melódica já era expansiva, então usei o violino para adicionar calor e profundidade. Queria que ele guiasse o ouvinte pela faixa, criando momentos de tensão e liberação que realmente mexem com as emoções.


O título “Where Do We Go” convida à reflexão. Quais temas ou emoções vocês esperavam evocar com essa música?

Luna: As letras exploram a sensação de busca, de fazer grandes perguntas sem necessariamente encontrar respostas. Há vulnerabilidade nisso, mas também esperança. Queríamos que os ouvintes refletissem sobre suas próprias jornadas, sentindo tanto a tensão do desconhecido quanto a beleza de encontrar o caminho. É sobre abraçar o desconhecido com um coração aberto.


A faixa equilibra elementos eletrônicos e orgânicos. Como decidiram a instrumentação e qual papel cada elemento desempenhou na criação do clima?

Ambas: Tudo veio de uma intuição feminina divina. Não pensamos demais na instrumentação — seguimos o que parecia certo desde o início. O equilíbrio entre os elementos eletrônicos e orgânicos aconteceu naturalmente. A produção quase não mudou desde sua forma original, porque confiamos no processo e nos sons que escolhemos. Cada instrumento, das batidas ao violino, teve um papel importante em moldar o clima expansivo e emocional que queríamos.


Como vocês garantiram que ambas as vozes criativas fossem ouvidas em “Where Do We Go” enquanto criavam coesão sonora?

Alfiya: Foi tudo sobre comunicação aberta. Luna trouxe sua narrativa lírica e profundidade emocional, enquanto eu trabalhei na estrutura melódica e nos elementos do violino. Passamos bastante tempo discutindo o clima que queríamos criar e como cada elemento poderia apoiar essa visão. Ao combinar nossos estilos e permitir que cada voz brilhasse, criamos uma sonoridade coesa que reflete ambas. Foi um processo de equilibrar nossas forças enquanto permanecíamos alinhadas na jornada emocional da música.


Colaborações muitas vezes levam a resultados inesperados. Houve momentos surpreendentes durante a produção de “Where Do We Go”?

Alfiya: Com certeza! Um momento que me surpreendeu foi quando ouvi a primeira versão dos vocais da Luna. Fiquei impressionada — era um novo território para ela, e ela acertou desde o início. À medida que combinamos o violino com os elementos eletrônicos, criamos uma paisagem sonora única que adicionou ainda mais riqueza à faixa. Esses momentos inesperados não só enriqueceram o som, mas também aprofundaram o impacto emocional que buscávamos.


E o que vem a seguir? Algum projeto futuro que os fãs podem esperar?

Ambas: Estamos animadíssimas para ir ao ADE (Amsterdam Dance Event) em outubro, nossa primeira vez lá! É uma ótima oportunidade para nos conectarmos com a comunidade global da música. Também temos uma nova colaboração a caminho, programada para 2025, e mal podemos esperar para compartilhar. Fiquem atentos — temos muito mais por vir!


Com esta entrevista, Alfiya Glow e Luna Maye nos oferecem um olhar mais profundo sobre sua sinergia criativa e o processo intuitivo por trás de “Where Do We Go”. Com novos projetos no horizonte, a dupla parece pronta para levar sua colaboração ainda mais longe, oferecendo paisagens sonoras imersivas a ouvintes em todo o mundo. Não deixe de acompanhar Alfiya Glow e Luna Maye nas redes sociais para não perder nenhum lançamento ou novidade.

Yohan Augusto

☁️ Behind everyone's favorite song, there is an untold story.

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