Entrevistamos Nu Zau, o romeno com laços fortalecidos com o Brasil

Pouco tempo após tocar no Surreal Park, ele lança agora um remix para o Jack Cheler via Totoyov

Quem acompanha a cena eletrônica mundial sabe que a Romênia é um dos epicentros da Dance Music, principalmente quando o assunto é revelar DJs e produtores extremamente talentosos. E agora, nos últimos anos, mais um romeno vem despontando e conquistado públicos por onde passa, inclusive aqui no Brasil, por onde esteve no final do ano passado. Seu pseudônimo é Nu Zau.

Stefan Gabriel, nome por trás do projeto, é considerado um dos principais artistas que saíram da Romênia. Isso porque ele construiu uma assinatura musical inusitada, que combina elementos percussivos com uma sonoridade mais dark e funky. Não à toa, em pouco tempo de carreira conseguiu expandir o seu nome e chamar a atenção de labels renomadas, como Fear Of Flying, Archipel, Gilesku Records, Aeternum Music e Memoria Recordings, além de iniciar sua própria gravadora, a Uvar, que co-dirige ao lado de Sepp.

Zau esteve pelo Brasil recentemente e se apresentou em dois dos maiores clubes brasileiros, D-EDGE e Surreal Park. Além de performances impressionantes, o artista também aproveitou a estadia para criar novas conexões e fortalecer a sua relação com o país.

O resultado foi uma produção desenvolvida para Jack Cheler, artista catarinense que lançou o EP “Pigments” na Totoyov. O lançamento é assinado pela Totoyov, uma das maiores labels de Microhouse e Minimal do Brasil, que foi responsável por fazer esta ponte com o artista romeno, e a primeira gravadora brasileira a lançar uma de suas produções. Voce pode conferir o remix clicando aqui

Para contar mais sobre isso, convidamos Stefan para um bate-papo. Confira:

Olá, Stefan! Nos conte um pouco sobre sua jornada na Dance Music. Como tudo começou?

Nu Zau: Olá, pessoal! Primeiramente obrigado por me receber aqui. Para mim, tudo começou quando eu era só um adolescente meio louco. Me apaixonei pela cena clubbing eletrônica na Romênia, e a partir daí foi natural.

Em novembro do ano passado você esteve aqui no Brasil para tocar no Surreal Park e D-Edge. Foi sua primeira vez em solo brasileiro? Como foi a experiência pra você?

Nu Zau: Na verdade foi minha segunda vez no Brasil. A primeira foi também no passado, mas em julho, em Foz do Iguaçu, no club Pulse – uma festa incrível. A experiência foi maravilhosa, vocês podem imaginar o sonho que é tocar no D-Edge como um dos clubes mais prestigiados da América Latina.No Surreal Park também foi insano. Eu ainda fico impressionado quando penso no que o pessoal conseguiu realizar por lá e mal posso esperar pra voltar! Preciso dizer que tocar nas duas gigs ao lado do meu amigo Traumer colaborou muito pras noites serem ainda mais memoráveis.

E além das gigs, você teve tempo de explorar um pouco da nossa cultura e dar uma volta pelas cidades que visitou? O que você mais curtiu daqui?

Nu Zau: Você sabe, como DJ você está sempre na correria mas eu preciso dizer que realmente curti o clima quente, a comida maravilhosa e a humildade e carinho das pessoas.

E como foi a recepção do público brasileiro? Você sentiu algo especial tocando por aqui?

Nu Zau: Tocar no Brasil foi realmente surpreendente porque me senti em casa. O público tinha quase a mesma vibe que no meu país natal, a Romênia, então imagine o quanto eu me diverti aqui.

Recentemente você lançou um remix da track “Pigments”, do Jack Cheler. Como rolou essa conexão com o artista e com a label? Você chegou a conhecer ele quando esteve em Santa Catarina?

Nu Zau: Bem, você sabe, hoje em dia a internet conecta pessoas. Mas eu conheci o Jack no Surreal, ele foi super gentil de ir na festa quando eu estava tocando.

E como foi o processo de produção desse remix? Quais elementos você procurou destacar?

Nu Zau: O processo criativo de um remix é sempre diferente. Depende muito de quais elementos você quer focar e quais você quer utilizar como ideia central. Pra esse em particular eu queria brincar bastante com os vocais e o deixar o mais trippy possível. Quando você escuta você entende do que eu estou falando, rs.

Para terminar, alguma outra novidade que você queira compartilhar conosco? Novos releases? Novas vindas para a América Latina? Obrigada! Nu Zau: Pra esse ano eu tenho o lançamento de 3 vinis já marcados (Castanea, Gettraum e Adam’s Bite) e vários outros remixes pra saírem em vinil e no digital também. Quanto à América Latina, eu tenho certeza que estarei de volta bem em breve. Obrigado <3

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Vinicius Pierozan
Vinicius Pierozan
not your average bald and bearded clubber.
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