Entrevistamos o duo Ofenbach, do sucesso “Wasted Love”

Ofenbach é um duo francês de música eletrônica formada por Dorian Lo e César de Rummel. A dupla está trabalhando promocionalmente em seu novo single “Wasted Love“, que recentemente atingiu 100 milhões de reproduções no Spotify – sendo a 4ª música do Ofenbach a atingir esse feito.

A dupla se conheceu na escola desde cedo. Quando eles tinham 13 anos, o pai de Dorian disse a eles que uma das melhores experiências de sua vida foi fazer parte de uma banda. Isso os inspirou a formar seu primeiro grupo musical voltado ao gênero de rock.

O nome Ofenbach surgiu depois que a dupla encontrou uma partitura do compositor francês Jacques Offenbach, sendo o começo de uma carreira promissora desde então.

Os DJs estiveram presentes na edição especial do Tomorrowland Winter, nos Alpes Franceses, participando da livestream exclusiva. E, inclusive, são parte do line up do Tomorrowland Around the World agora em Julho (leia mais aqui).

Conversamos com o duo sobre o lançamento, carreira, futuro e algumas revelações exclusivas sobre o Brasil. Confira:

WiR: “Wasted Love” atingiu recentemente 100 milhões de plays no Spotify. Qual é o sentimento? O que vocês fizeram para comemorar?

Ofenbach: “Nós fizemos uma grande festa, bebemos com amigos e celebramos com pessoas que amaram a música. Quando você divulga uma nova música, sendo um artista de música eletrônica, você tem que conquistar as pessoas a cada som, não é como um artista pop que as pessoas já conhecem a voz, é sempre um novo desafio.

WiR: Sabemos que vocês são amigos desde o período da escola, mas como surgiu a ideia de formar um duo de música eletrônica?

Ofenbach: “No início nós montamos pequenas bandas, alguns projetos, nada muito grande, só porque amávamos fazer música juntos, e era um sonho. Um dia, todos que estavam na nossa última banda seguiram para profissões comuns, restando nós dois para construir um som com bateria, guitarra e outros elementos usando um computador. Com todos esses instrumentos eletrônicos, nós percebemos que precisaríamos criar sons eletrônicos.”

WiR: Vocês tocam alguns instrumentos, quais as influências deles que vocês trouxeram para a música eletrônica?

Ofenbach: “É mais fácil para fazer boas melodias. Quando você sabe tocar guitarra, piano, e está sozinho, tocando novos sons, você acaba descobrindo novas melodias de forma natural. Nós gravamos cada instrumento, mandamos adicionar os vocais e no fim, produzimos em cima dessa base.

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WiR: Vocês são de Paris, uma cidade que é inspiração para muita gente. Este local também é uma inspiração para vocês produzirem? Como funciona esse processo criativo?

Ofenbach: “Quando nós produzimos, temos várias formas de fazer uma música. Por exemplo, nós começamos com o looping de uma bateria, e depois Dorian tenta achar uma melodia, ele é o cantor de algumas musicas também e de forma natural finalizamos. Uma música como “Wasted Love”, nós trabalhamos com base no vocal, e a coisa mais importante disso é você colocar amor e acreditar no projeto final.
E algo legal sobre Paris é que o clima é bem ruim, então você é obrigado a ficar em casa produzindo o dia inteiro, e quando o clima é bom, você produz igual porque é mais confortável.

WiR: Vocês escutam algum artista brasileiro? Se sim, existe a possibilidade de alguma colaboração no futuro?

Ofenbach: “Claro, temos várias influências do BR Bass. Artistas como Alok e Sevenn. Amamos também o Vintage Culture também, porque é mais underground e podemos contar para vocês que estamos conversando com Dubdogz para fazer uma música juntos. É incrível ver como a cena eletrônica do Brasil ficou tão importante no mundo nesses 4 últimos anos. Sempre falamos das influências francesas mas hoje podemos falar que temos influências brasileiras também e esses grandes artistas estão contribuindo para que isso continue fluindo por anos e anos.

WiR: Vocês participaram da edição especial do Tomorrowland Winter, nos Alpes Franceses. Como foi essa experiência?

Ofenbach: “Foi incrível mixar nas montanhas, tão alto que quase não conseguíamos respirar. Foi uma das melhores vistas que já tocamos. A equipe também era extremamente profissional, além dos setups incríveis.

WiR: Para finalizar, podemos esperar vocês saindo em turnê em breve? Onde seria o show dos sonhos para um retorno aos palcos pós pandemia?

Ofenbach: “Rock In Rio! O melhor dia da nossa vida, com certeza, nós não precisaríamos fazer outros shows, seria suficiente! Nós somos grandes sonhadores. Eu lembro no início do nosso projeto Dorian falou: “em dois anos, estaremos tocando no Tomorrowland”. Não aconteceu dessa vez, as pessoas falavam para desistir mas falávamos: “Não, podemos conquistar tudo que queremos”. Além disso, nosso show seria na versão live, com bateria, guitarra e seria completamente emocionante.

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