Entrevistamos Öwnboss: Falamos sobre turne na china, Rock in Rio e produções

Öwnboss tem se destacado na cena musical nacional, especialmente com grandes sucessos e colaborações, como o remake de “Intro” com Vintage Culture, Bruno Be e Ashibah. Ele também foi reconhecido como um dos “20 Of 2022” da Tomorrowland, um ranking que aponta artistas promissores. Além disso, Öwnboss recebeu apoio de grandes nomes internacionais como Tiesto, Martin Garrix e Afrojack, e lançou seu mais recente single na gravadora Musical Freedom, de Tiesto.

Tivemos a oportunidade de conversar com ele no Rock in Rio, confira!

WIR: Minutos antes da sua apresentação aqui no Rock in Rio, você já tem uma certa história com o festival, né? Como está a ansiedade para hoje e para poder voltar?

Öwnboss: Cara, hoje eu estou bem tranquilo, o que é um pouco preocupante. Geralmente fico bem ansioso. Mas estar aqui em 2022 foi bem legal. Eu entendi também como funciona a logística do festival; o palco eletrônico não é o principal. A galera vem, faz um vídeo, dança um pouco e depois vai para outro lugar. É uma mistura, não tem um front propriamente dito, né? Então, estou bem tranquilo e feliz. Tem bastante música nova para tocar. Acho que vai ser bem legal.

WIR: Falando sobre música nova, você consegue transitar entre diversos gêneros da música eletrônica. Como funciona isso no estúdio? Geralmente, você começa uma ideia e como lida com esse leque tão grande de gêneros?

Öwnboss: Então, eu tenho um… é um defeito que não é bem um defeito, mas geralmente os artistas têm uma característica muito forte, né? Eu tenho uma abordagem diferente; quando recebo uma ideia, por exemplo, alguém me manda uma letra e canta, eu escuto aquele vocal e instrumental e penso no que vai encaixar melhor. Acabo fazendo vários gêneros diferentes, como bass house, tech house, house, e um pouco mais de EDM. Se recebo um vocal que remete mais a um progressive house com um rolling bass, eu vou para esse lado. Se é um hook de vocal mais para bass house ou tech house, eu sigo essa direção. Então, na verdade, eu sou assim, né? Não tenho uma ideia fixa, gosto de vários gêneros de música eletrônica e tento explorar todos. No estúdio é um pouco mais difícil, porque estamos sempre estudando e aprendendo mais, mas a gente se vira, graças a Deus.

WIR: Você também acabou de voltar de uma turnê na China, né? E temos a visão de que o povo chinês é um pouco mais fechado. Isso se reflete na pista de dança lá? Como foi a experiência?

Öwnboss: Não é assim, cara. Fiquei bastante surpreso. O povo é bem receptivo, feliz e apaixonado por música eletrônica. Eles vão ao clube para dançar e se divertir. Foi um choque de realidade para mim, foi bem diferente. A cultura é muito distinta. Toquei em quatro clubes lá e todos foram sensacionais. A ideia de que o povo é mais fechado não corresponde à realidade; eles são muito abertos, receptivos e felizes. Se eu começasse meu set tocando um reggae, eles iam tentar entender. Se eu começasse com um forró, eles também tentariam entender. Eles estão abertos a novas experiências e estão evoluindo no mercado de música eletrônica. Achei sensacional, cara.

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Vinicius Pierozan
Vinicius Pierozan
not your average bald and bearded clubber.
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