Formado por Bruna Ferreira e Livia Lanzoni, From House To Disco é o projeto convidado do nosso WiR Invites do mês de março! Bruna e Livia estão a frente das pistas há mais de 10 anos e, desde então, se apresentaram nas pistas mais aclamadas do Brasil, como a do D-Edge, Caos, Só Track Boa, Caracol Bar, Heavy Love, Tropical e muitas outras. Durante seus 10 anos de carreira, o projeto já dividiu palcos com artistas como Dixon, Danny Daze, Pawsa, Eli Iwasa, Mau Mau e DJ Marky.
Além de tournês internacionais com apresentações no Rock In Rio Lisboa, Le Baron, East Side Radio, Music Box e Vago Bar, From House To Disco também caiu nas graças da cena nacional, tendo inclusive lançado na Massa Records, gravadora de Renato Cohen, na Cocada Music, de iniciativa de Leo Janeiro e Roland Leesker, e na Diversall Music, de Ella De Vuono.
Confira agora o nosso bate papo com Bruna e Livia e conheça mais sobre o projeto!
WiR: Oi Bruna e Lívia, é um prazer recebê-las aqui! Para quem ainda não conhece o projeto, vocês poderiam começar contando um pouco sobre a ideia do projeto e o início da carreira de vocês?
From House To Disco: “Oi, pessoal, adoramos o convite, obrigada! Bem, o From House to Disco começou há cinco anos, quando fomos morar juntas. Ambas já tocavam, então foi muito natural que essa aproximação acontecesse, mesmo que cada uma tivesse um estilo diferente (house e disco), foi essa inclusive a inspiração para o nome do duo, que mistura muito a identidade das duas.”
WiR: No mês passado vocês completaram 5 anos de projeto, não é mesmo? Poderiam nos contar sobre esses 5 anos de carreira e o que mudou desde então?
From House To Disco: “Mudou muita coisa, com certeza, principalmente na identidade sonora, que embora mantenha a essência, está mais madura e se permite flertar mais com as vertentes dentro de cada estilo, como o nudisco, indie dance e techno. A produção sonora foi um ótimo jeito de mostrarmos essa versatilidade, a exemplos dos últimos EPs, com a Cocada Music e a Massa Records.”
WiR: Como é trabalharem juntos sendo o casal? De que forma vocês acham que um relacionamento influência no processo criativo e nas apresentações de vocês ou de até mesmo outros casais que trabalham juntos?
From House To Disco: “Sermos um casal facilita demais as coisas, por conta da praticidade e da intimidade que já existe, principalmente no dia a dia da produção musical, pois sempre tiramos um tempinho para sentarmos juntas no estúdio, trocar ideias e referências. Embora o FHTD tenha cinco anos, o nosso relacionamento já tem oito, então nos conhecemos e nos comunicamos muito bem. Claro que também existem momentos de divergência (normal né), mas respeitamos tanto a mistura que topamos fazer conceções, principalmente durante as apresentações, quando uma não concorda a próxima música da outra (hahaha).”
WiR: Aproveitando que mês passado tivemos o dia internacional da mulher, como um projeto feminino, poderiam nos contar o que vocês têm achado da evolução desta cena?
From House To Disco: “Existe um novo olhar, mais sensível e diverso, mas ainda existe muito chão pela frente. Muito do que vemos hoje é reflexo de um esforço de mulheres que já vem há anos trabalhando para isso, como EliIwasa, Badista e Anna. O que o mercado precisa hoje é não esperar mais tanto tempo para validar uma mulher talentosa, os dias atuais exigem um novo ritmo.”
WiR: Além de vários shows no Brasil, vocês também já participaram de turnê pela Europa. Vocês poderiam nos falar qual a opinião de vocês com relação da cena do House do Brasil e fora do país?
From House To Disco: “Fora do Brasil existe mais liberdade para arriscar, e o que a pista espera de um Dj é justamente que ele seja um curador, que ele surpreenda, que convide para um passeio diferente. Já o nosso país tem uma grande mania de trabalhar com “fórmulas que dão certo”, de se apostar no time que está ganhando, o que fomenta um outro tipo de relação entre o Dj e o público: a que ele agrade e toque o que já se espera.”
WiR: Vocês fizeram a sua estreia no selo de um dos maiores nomes nacionais do House, o Cocada, do Leo Janeiro. Como foi a participação de vocês e qual a importância disso para o projeto?
From House To Disco: “Temos um carinho imenso pelo Leo, não só pelo artista, mas também pela pessoa incrível que ele é. Então, ter recebido esse convite foi uma das coisas mais legais que aconteceram com a gente no ano passado e, sem sombra de dúvida, um divisor de águas em nossa carreira, pois foi um trabalho que nos projetou na cena nacional e internacional, com o suporte de nomes incríveis como Trepanado, JoyceMuniz, JamieJones, DjT., entre outros. Até hoje, meses depois do barulho do lançamento, ainda recebemos vídeos de outros Djs tocando “Holidate” e “Back to theHaus”, o que é muito gratificante, pois mostra de fato um trabalho atemporal, que era o nosso objetivo.”
WiR: O último lançamento de vocês foi o EP “Electr.Ode”, como estão as produções para este ano?
From House To Disco: “Ainda estamos saboreando os resultados de “Electr.Ode”, um trabalho que mostrou uma outra faceta do FromHouse to Disco, mais ácida, e que foi super bem recebido pelo público. É preciso manter o sarrafo lá em cima após lançar com Leo Janeiro e Renato Cohen. Por isso, escolhemos a DiversallMusic, gravadora da Ella De Vuono, para o novo lançamento, chamado “Algo-rhythm”, que sairá ainda neste primeiro semestre. Já tínhamos trabalhado com a Ella antes, em um remix com a MariRossi, e ficamos com vontade de voltar à gravadora dela com um trabalho original. Além da nossa versão, teremos também um remix do talentoso Gabto, figura já conhecida na cena underground por suas produções e edits.”
WiR: Vocês poderiam compartilhar com a gente um pouco dos próximos passos do projeto e quais as expectativas para o resto do ano?
From House To Disco: “Nosso foco hoje está muito forte nas produções. Além do lançamento de “Algo-rhythm”, com a Diversall, também teremos um novo trabalho para a Cocada Music no segundo semestre, e estamos participando de alguns remixes que devem sair em breve. Muita coisa legal acontecendo. Nas apresentações, estamos felizes com a estreia no Festival Só Track Boa São Paulo, que acontece agora em Maio, e também nosso projeto autoral, chamado “Baile Eletrônico”, que será bimestralmente no Club Jerome, a partir do dia 27 de abril, sempre com Djs que representam a mistura da música eletrônica vinda de diferentes regiões do Brasil e do mundo.”
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