GPWeek realiza segunda edição durante dois dias em São Paulo

Por: Vinicius Pierozan e Amanda Nakao / Foto: stephansolon

Com um line-up que contava com grandes retornos ao Brasil, O GPWeek aconteceu neste último final de semana em São Paulo, nos dias 04 e 05 de novembro.

O GPWeek realizou sua segunda edição, dando start no sábado (04). O line up contou com artistas de diversos estilos, desde Hodari tocando hip-hop, JXDN e Machine Gun Kelly com seus sons característicos pop-punk, Halsey trazendo indie pop e o icônico trio Swedish House Mafia finalizando o dia repleto de maestria com EDM.

Apesar de atrações que são aclamadas pelo público atualmente, talvez esse “mix” de estilos não tenha sido tão favorável ao estádio do Allianz Parque, que teve a presença de um público muito abaixo do esperado. JXDN e Machine Gun Kelly estranharam a falta de energia e ânimo característicos do público brasileiro, que ambos presenciaram em suas primeiras apresentações no Brasil no ano passado, entretanto, isso não impactou nenhum pouco ambos shows.

Halsey, talvez tenha sido uma escolha errônea para sequenciar o line up, mas conseguiu pegar a plateia um pouco mais cheia que ansiava pela chegada de Swedish House Mafia. A cantora incluiu no seu setlist músicas como “Closer”, “Gasoline”, “Without Me”, que tiveram uma reação positiva da audiência ali presente, devido a repercursáo no universo da música eletrônica, já que Closer foi produzida com o duo The Chainsmokers e Without Me ganhou um grande remix do produtor Illenium.

Com um pouco de atraso, não tinha como o encerramento ser diferente: Swedish House Mafia. O trio tão aclamado por gerações, trouxe um espetáculo impecável no quesito de efeitos, iluminação e led.

Um set recheado de hits do trio, como também do projeto solo de cada um, Swedish House Mafia fez mashups, interagiram com o público e trouxeram um show repleto de nostalgia, que soube trazer um sorriso no rosto para quem ainda nunca havia presenciado um show dos três ao vivo e esperou por uma década para isso acontecer.

A plateia foi fiel, soube cantar música por música, celebrar e dançar muito. O coro durante “Don’t You Worry Child“, soube satisfazer e trazer um quentinho no coração de cada um ali. Era possível ver desconhecidos se abraçando, pulando juntos e vivendo aquele momento. Um detalhe bem interessante é que você não via as pessoas conversando – o que é bem comum – todas estavam celebrando o momento. Swedish House Mafia mostrou o porquê de serem tão amados e do hype do projeto ser merecido.

Já no domingo (05), o Allianz Parque deu a impressão do público comparecer mais cedo no evento. Com abertura das irmãs Tasha e Tracie, sequenciado por Iza, a representatividade feminina esteve mais presente no segundo dia do evento.

O duo Sofi Tukker soube conduzir o show de maneira exemplar, abrindo talvez com seu maior sucesso “Drinkee”, ambos interagiram bastante com o público. Com bastante danças e até uma competição entre EUA e Brasil – já que a alemã Sophie Hawley-Weld morou no Brasil e aprendeu a falar português, a alemã se comunicou apenas em português com o público, um pouco envergonhada, mas com muito charme.

Todos os hits principais foram tocados, incluindo também um cover de “The Knocks” com a música “Brazilian Soul” e uma participação especial de Sophia Ardessore e Mari Merenda, duas cantoras que ficaram famosas no Tiktok após vídeos com asalatos, um instrumento africano.

A maior parte do público começou a chegar um pouco antes do show do Thundercat, um show psicodélico e com muitas jam’s. O estadunidense mostrou por que é considerado por muitos um dos maiores baixistas de sua geração. Desde o thrash metal quando participou do Suicidal Tendencies até mesmo durante a produção do álbum DAMN do próprio Kendrick Lamar ou mesmo fazendo tour com a ilustre Diana Ross.

O Americano encerrou seu set com uma sequência de hits conhecidos pelo público e seu principal sucesso “Them Changes”. E por último, a colaboração com Tame Impala “No more Lies”, o público estava pronto para a grande atração da noite.

Kendrick Lamar fez um show que entrou não só para a história do GPWeek, mas também, de São Paulo. O artista trouxe suas principais canções do novo álbum e apresentou medleys durante o meio do show com as canções mais antigas.

Além disso, o rapper trouxe Thundercat para o palco, agradeceu a oportunidade de tocarem juntos e prometeu ao público brasileiro não demorar para voltar.

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