Kaskade fala sobre Retorno ao Brasil, Parceria com Deadmau5 e show na NFL

Ryan Raddon, conhecido mundialmente como Kaskade, é uma das figuras mais icônicas da música eletrônica. Com uma carreira que abrange mais de duas décadas, Kaskade é famoso por suas produções envolventes e seu talento incomparável como DJ. Entre seus sucessos mais marcantes estão “Disco Fever,” “Atmosphere” e “I Remember,” que não apenas dominaram as paradas, mas também se tornaram hinos nas pistas de dança ao redor do mundo.

No dia 22 de setembro, Kaskade retorna ao Brasil para se apresentar no Rock in Rio, e tivemos a oportunidade de entrevistar o artista americano. Confira a entrevista abaixo:

WIR: Bem, você está voltando ao Brasil. Você tocou no Rock in Rio da última vez, certo? Foi há dois anos. Estava chovendo muito; o que você lembra daquele dia?

KASKADE: Estava chovendo muito. Foi terrível. Eu fiquei com pena das pessoas que estavam lá fora. Eu pensei: “Ah, cara. que pena do pessoal” Mas tentei fazer um set dançante pra ajudar a esquecer da chuva (risos)

WIR: E como é para você estar de volta ao Brasil?

KASKADE: Estou empolgado. Já se passaram alguns anos. Eu amo o Brasil. Adoro o povo, amo a comida. Já fiz muitos shows ótimos no Brasil. Então, estou sempre animado para voltar.

WIR: Sim, lembro que você foi um dos primeiros DJs a fazer uma grande turnê aqui, passando por muitos lugares, e você gravou tudo. Foi uma grande ocasião para nós assistirmos aos vlogs e vermos como era o backstage com o Kaskade. Foi incrível.

KASKADE: Sim, é verdade. Naquela época, fazer vlogs era um grande feito. É verdade. Eu estava fazendo esses vlogs.

WIR: Você tem uma carreira tão grande, com tantos prêmios e conquistas. Você está em um estágio onde não há muitas primeiras vezes, certo? Mas eu acho que você teve uma “primeira vez” há algumas semanas, quando tocou na NFL pela primeira vez. Como foi essa experiência?

KASKADE: Foi realmente louco. Sim, como você disse, eu já tive muitas primeiras vezes na minha carreira, mas não tantas recentemente, porque estou na estrada há um tempo. E o Super Bowl não era algo que eu teria imaginado que eles queriam um DJ para tocar nesse evento. Para mim, foi uma ideia bem estranha no começo. Mas então, quando eu percebi, uau, isso vai ser um grande evento, milhões de pessoas assistindo. Tantas pessoas assistem ao Super Bowl. E eu soube disso porque tenho amigos com quem não falo há 10 anos. Todos estavam me ligando dizendo: “Meu Deus, vi que você vai tocar no Super Bowl.” Então eu percebi, uau, o impacto disso é algo que eu não poderia ter imaginado. Foi empolgante. Foi diferente. Estou acostumado a tocar em clubes noturnos e festivais. Então, tocar nesse tipo de palco foi diferente. Mas ainda assim, foi muito divertido. Foi um dia incrível.

WIR: Bem, no Rock in Rio, você tocará na última noite. E na primeira noite, quem vai fechar é alguém chamado Joel Thomas Zimmerman (deadmau5). Você o conhece um pouco, certo? E no ano passado, vocês lançaram um álbum juntos. Conte-me um pouco sobre o processo de estar no estúdio com ele.

KASKADE: Sim, quero dizer, Joel é um personagem interessante, certo? Ele é um cara engraçado, um produtor muito talentoso, com um design de som realmente incrível. Seu trabalho com sintetizadores é muito único e, sabe, apenas muito agradável, muito cativante. Eu conheço o Joel há quase 20 anos agora, o que é difícil de acreditar, porque parece que nos conhecemos há pouco tempo. Mas eu sempre sinto que, toda vez que vou ao estúdio e trabalho com ele, estou aprendendo algo novo. Acho que nós dois elevamos a música um do outro.

WIR: Você também lançou há poucos dias “Tears Don’t Fall”. E eu lembro da primeira vez que ouvi a faixa, foi como: “Eu preciso ouvir essa faixa ao vivo.” Então eu vi você tocando no EDC, com todo mundo junto em um festival, e eu senti que precisava ouvir isso ao vivo em um festival, sabe, ao ar livre, em um grande palco. Como foi o processo de criação dessa música?

KASKADE: É legal. Acho que, com onde estou na minha carreira agora, muitas pessoas estão querendo colaborar comigo ou enviando música o tempo todo. No começo da minha carreira, não era assim. Eu fazia a maior parte da composição sozinho. Então a Enisa colaborou e escreveu essa música e me enviou, dizendo: “Ei, acho que você é o produtor certo.” E ela me enviou, e era apenas uma demo de piano. Era só ela no piano cantando. Eu pensei: “Cara, tem algo especial aqui.” Tem uma sensação muito eufórica. Acho que isso funcionaria como uma música de clube, com uma vibe de festival, mãos no ar, sabe. Então, uma vez que eu a recebi, era só uma questão de desmembrá-la e realmente sentir a vibe certa para ela. Acho que é isso que os produtores fazem, sabem, sentar e ajustar a música para combinar com o poder da voz.

WIR: Então, você tem algo preparado? Tipo, você não vai tocar apenas no Rock in Rio, vai tocar em muitos outros lugares aqui no Brasil também. Mas para o Rock in Rio, sendo um grande retorno, você tem algo especial preparado?

KASKADE: Sim, eu tenho um tempo, então estou preparando algo especial com certeza. Quero dizer, estou sempre constantemente ajustando e trabalhando no meu show para torná-lo o melhor que pode ser. E para mim, muito disso é apenas pegar músicas antigas ou do catálogo antigo e fazer com que elas se sintam realmente atuais, novas e frescas. Então, eu estou sempre fazendo muitos mashups e remixes para manter tudo atualizado e com um som fresco.

WIR: Muito obrigado pela oportunidade, Kaskade, e mal posso esperar para vê-lo no Rock in Rio!

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Vinicius Pierozan
Vinicius Pierozan
not your average bald and bearded clubber.
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