KVSH Fala sobre renovação na cena, 10 anos de carreira e muito mais

Tivemos a oportunidade de conversar com KVSH momentos antes dele tocar no Rock in Rio pela terceira vez em sua carreira. Confira abaixo!

WIR: Estamos aqui no Rock in Rio, alguns minutos antes da sua apresentação. Como é estar de volta ?

KVSH: Cara, para mim é, mais uma vez, um momento muito único. Esta é a minha terceira edição tocando no Rock in Rio. É um momento muito especial, porque agora em novembro estou comemorando dez anos de carreira. Então, é meio loucura isso, né? Pensar que depois de dez anos ainda estamos aqui, ainda estamos tocando.
E até trouxe essa camisa para mostrar para a galera aqui, ó. Tipo, é uma camisa que tem vários fãs, tá ligado? A gente juntou todo mundo, pediu para cada um deixar sua mensagem, assinar e deixar quando começou a me seguir. E eu acho que esse show hoje vai ser para eles, tá ligado? Que sempre me apoiaram, apesar de todas as dificuldades que eu tive ao longo dessa caminhada. Eles sempre estiveram comigo. E é isso, hoje é para comemorar dez anos do KVSH no Rock in Rio.

WIR: KVSH, você também foi anunciado na Coral Bookings, né? Gostaria de saber o que esse passo representa agora na sua carreira.

KVSH: Sim, cara, isso é muito legal porque, mais uma vez, estou há dez anos na carreira, passei pelas maiores agências do país. Hoje estou junto com o Marcos Mioto, da Bookings Music. E, cara, eu tenho a minha própria gravadora, a Lemon Drops, que começou na pandemia com o intuito de ajudar novos talentos. Tipo, na pandemia, tudo que eu sabia sobre música eu deixei de graça para todo mundo buscar, aprender, etc. Isso acabou se voltando a um grupo seleto de pessoas que estavam começando a produzir e eu dando uma certa mentoria para elas. Senti que a cena do Brasil precisa renovar, tá ligado? Ela precisa de novas pessoas. Ontem, no Rock in Rio, vimos o Travis Scott. Quem foi viu 14 anos, 12 anos, 13 anos, a molecada inteira vendo o cara, vendo o Matuê, vendo novas pessoas. E eu fiquei com isso na cabeça porque, quando eu era mais novo, da idade dessa molecada, quem eu via? Era o Guetta, era o Alesso, depois veio o Vintage, depois vários outros caras. E eu acho que a eletrônica precisa dessa renovação também.

A proposta da Coral bate muito com essa percepção de que precisamos renovar e trazer coisas novas. Eu tendo uma gravadora que lança novos artistas e tenta impulsionar isso, a Coral veio em paralelo. Quando os caras me chamaram, disseram: “Cara, a gente precisa renovar essa cena. Vamos trazer essa molecada para cá, eles são proprietários da Laroc, têm muitos festivais envolvidos”. Eu falei: “Cara, vamos embora, tá ligado? Vamos fazer isso acontecer”. Porque hoje meu propósito não é mais sobre o KVSH, tá ligado? Meu propósito é deixar um legado, tipo: “Assim como vimos o Martin Garrix explodir em vários lugares, eu quero que essa nova geração também conheça a música eletrônica como conhecemos na época do Garrix e se inspire nisso”. Acho que a proposta da Coral é literalmente isso.

WIR: Para finalizar, você também tem o seu formato 7+OP Format, né? Você pode tocar em diferentes lugares, levando a música eletrônica para festas que às vezes não têm tanto eletrônico, como festas de piano e outras. Eu gostaria de saber se você sente a diferença do público, como é que você vê isso?

KVSH: Cara, eu acho que o Brasil é praticamente um continente, tá ligado? É muito grande. Às vezes, estou tocando em um evento de eletrônica em São Paulo, onde a galera conhece muito e está bem envolvida. E no dia seguinte, estou no interior de São Paulo, onde o pessoal não conhece tanto sobre música eletrônica, mas você toca algumas músicas e a galera te abraça, ama. Aí, no ano seguinte, eles já estão conhecendo mais.
Então, muito do meu intuito, do meu set, é ser mais open format. Quando eu falo open format, não é tocar todos os estilos musicais; eu não sou um cara que mixa todos os estilos. Eu sou um open format dentro da música eletrônica. Vocês vão escutar hoje, cara, vai ter de techno a tech house, a house, a EDM. Eu gosto de tocar todas as vertentes da música eletrônica, e acho que isso ajuda a atingir mais pessoas, tá ligado?
Acho que esse é o intuito do KVSH, tentar mostrar para a nova geração, para as pessoas que ainda não conhecem, que existe uma música eletrônica aqui e que elas podem se conectar com isso. E, assim como nós, descobrir outras camadas, mergulhar em vertentes e festivais e se apaixonar por isso.

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