O Lollapalooza Brasil 2025 elevou o patamar dos festivais com uma nova cenografia no palco Perry e a estreia de nomes como San Holo, Disco Lines e Barry Can’t Swim. Mas o grande destaque foi a crescente presença feminina: ao longo dos três dias, o palco Perry recebeu 12 atrações lideradas por mulheres, culminando em um marco histórico – Charlotte de Witte se tornou a primeira DJ mulher a encerrar o palco eletrônico do festival. Um sinal claro de que a curadoria está atenta à diversidade de gênero, algo que deve influenciar as próximas edições.
Chuva, lama e hits
A chuva inesperada na sexta-feira quase parou o festival, mas não impediu que Rüfüs Du Sol lotasse o palco Samsung. Mesmo com as dificuldades de circulação devido à lama, o público fiel cantou cada hit da banda australiana – e a multidão foi muito maior que em sua última apresentação no festival.
No mesmo dia, Disco Lines surpreendeu no palco Perry com um set diverso, transitando entre deep house, tech house e dubstep. Apesar da pista menos cheia (em conflito com outros horários), quem esteve presente viu uma performance impecável, com direito a Beltran, Latin Mafia e seus singles autorais.
EDM, live sets e debut inesquecível
ZEDD trouxe o EDM de volta ao Lolla depois de nove anos (sua última apresentação foi em 2016, no mesmo lineup que Jack Ü e ODESZA). Desta vez, ele surpreendeu tocando bateria ao som de “Ragatanga” e revisitando seus maiores hits: uma viagem nostálgica que aqueceu o coração dos fãs.
Já Caribou conquistou um público jovem e maduro no palco Mike’s com um live set repleto de instrumental e vocais marcantes. Dan Snaith apresentou faixas do novo álbum e clássicos como “Can’t Do Without You”, encerrando com chave de ouro.
No domingo, Barry Can’t Swim fez seu debut no Brasil com um set repleto de melodias emocionantes, desde “The Person You’d Like To Be” até “How It Feels”. Infelizmente, o horário (no mesmo tempo que Foster the People) limitou seu público, mas quem compareceu testemunhou uma das grandes promessas da música eletrônica atual.
Encerramento histórico com Charlotte de Witte
Enquanto Blond:ish levava o público ao delírio com “Never Walk Alone” (em um palco lotado, já que concorria apenas com Tool), Charlotte de Witte fazia história como a primeira mulher a encerrar o palco Perry. Seus kicks potentes até ecoavam na pista de Justin Timberlake, e a DJ ainda deixou uma mensagem especial para os fãs brasileiros no Instagram, celebrando a diversidade e a inclusão feminina em slots de destaque.
O Lollapalooza Brasil 2025 mostrou que a cena eletrônica está mais plural, inovadora e inclusiva. Esperamos ver mais mulheres em slots de destaque nas próximas edições!