A segunda edição do Mita – Music is the Answer aconteceu nos dias 27 e 28 de maio no Rio de Janeiro e 03 e 04 de Junho em São Paulo. Na edição, paulistana o festival contou com um público de 30 mil pessoas no sábado e 25 mil no domingo.
O festival ocorreu no questionado Vale do Anhangabaú, um parque com gestão de iniciativa privada que começou a receber diversos eventos desde 2022.
O Vale já era conhecido pelos fãs da música eletrônica, pois o local recebeu também o Ultra Brasil 2023 durante os dias 21 e 22 de abril.
A insegurança na região causou desânimo entre os fãs quando o local do evento foi anunciado. No entanto, a organização do festival prometeu reforço policial desde a saída do metrô até a entrada do evento, bem como na saída. Embora esse policiamento tenha funcionado durante o Ultra, houve relatos de arrastões e alguns problemas durante a saída no primeiro dia do Mita. No entanto, gostaríamos de ressaltar que, nós da Wonderland In Rave, não presenciamos nenhuma dessas situações.
O evento contava com duas entradas, ambas localizadas próximas aos pontos de transporte público. Uma delas ficava ao norte, abaixo da Prefeitura de São Paulo, e a outra na Praça das Artes. Ambas as entradas eram tranquilas e de fácil acesso.
Todo o entorno do festival estava equipado com banheiros químicos, embora muitas vezes com filas. Havia diversos bares espalhados para adquirir bebidas, com caixas móveis disponíveis em toda a área do evento. Para fazer compras, era necessário usar um cartão pré-pago.
Foi disponibilizada praça de alimentação com uma ampla variedade de comidas, com preços variando entre R$20 e R$50, dependendo do pedido. Havia empanados, hambúrgueres, pizzas, vitaminas e sucos.
Também havia uma área de descanso na ativação da Grey Goose, além de outros espaços espalhados pelo evento. No entanto, em relação à acessibilidade para pessoas com deficiência, o evento em São Paulo deixou um pouco a desejar. A área destinada a PCDs lotou rapidamente durante o primeiro dia, o que fez com que algumas pessoas com deficiência tivessem que ficar do lado de fora, em uma pista lotada, sem visão do palco. Além disso, a visibilidade do palco foi um desafio para qualquer pessoa na pista comum, pois a venda de um setor Pista Premium foi algo bastante polêmico. Esperamos que o festival reconsidere essa questão para as próximas edições, uma vez que durante a maior parte do evento a Pista Premium ficou com um grande espaço vazio, enquanto as pessoas se espremiam na pista comum para ter qualquer tipo de visão do palco.
As atrações se dividiram em 2 Palcos: Deezer e Centro. Havia também o Palco Redley, onde tocaram os DJ’s Gigios, Th4is, Disco Creme, Ubunto, Deekapz e Evehive.
Para este review, iremos analisar o Set do DJ e Produtor Musical Flume. Com duas apresentações bem parecidas no Rio de Janeiro e em São Paulo, Flume soube manter o público animado durante todo o show, intercalando seus grandes sucessos com as músicas novas que eram a expectativa dos fãs mais assíduos.
Com uma abertura poderosa mostrando um audiovisual bonito e pronto para impressionar, o Australiano soube levantar o público presente, que em grande parte esperava por Lana Del Rey. Com isso em mente, Flume fez um show onde priorizou seus hits mais famosos, mas não economizou em transições inteligentes e contagiantes, mostrando o porque é considerado um dos maiores gênios da EDM.
O destaque fica para as participações de Vera Blue e Kucko, que animaram o público presente que cantou os grandes sucessos como o remix de “You & Me“ de Disclosure, “Never Be Like You” com Vera Blue, “Hyperreal”, “Say It”, “Rushing Back” e “Tennis Court”.
Finalizando com “Helix” , Flume entregou um set energético que deixou os fãs de alma lavada, já que faziam 7 anos que o australiano não se apresentava no Brasil, e o sentimento certamente era unânime: não queremos esperar tanto tempo para vê-lo novamente.
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