[Review] Primeira edição do Euphoria Festival em São Paulo

Neste final de semana, dia (17) de dezembro foi realizada a primeira edição do Euphoria Festival aqui em São Paulo, mais precisamente na cidade de Itu, com diversas atrações internacionais e nacionais de primeira e uma decoração incrível, a primeira edição marcou e já queremos a edição de 2017. Vamos falar um pouco sobre como foi o festival:

PRIMEIRAS IMPRESSÕES

O local da festa era realmente ao lado da Fazenda Maeda, já conhecida por todos frequentadores de festas na região, mas algumas pessoas tiveram problemas devido ao Waze/Maps que não conseguiu rastrear perfeitamente o local do evento. Chegando no evento não tivemos muitos problemas para entrar, assim que entramos fizemos uma rápida avaliação da área, bares dos dois lados do main stage, banheiros com fácil acesso e a praça de alimentação bem posicionada. A písta ainda não estava completamente cheia, então tinha bastante espaço para andar e dançar.

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Créditos: Kevin Wilian

PALCO E DECORAÇÃO

O palco do Euphoria foi um dos pontos altos do evento, com uma decoração de primeira qualidade e uma projeção de vídeo incrível, era difícil não se impressionar com a imponência do Main Stage e sua decoração. Um dos pontos negativos, foi a ausência da tenda, que acabou castigando os fãs quando o sol nasceu, porém, a organização do evento se mostrou honesta e se esclareceu perante ao fato:

SOUND SYSTEM

Talvez um dos melhores de todas as últimas festas que já cobrimos. Com um sound system extremamente bem equalizado, era possível escutar cada elemento da música independente da distância e quando se aproximava do front, as frequências graves estavam extremamente presentes e limpas, enquanto as frequências agudas não incomodavam os tímpanos. Parabéns a equipe de sonorização pela qualidade de primeira.

LINE UP

Com um line up recheado de artistas, era difícil conseguir acompanhar todas as atrações divididas no main stage e o backstage. Com a grande diversidade de vertentes na festa, os fãs mais ecléticos saíram muito satisfeitos, enquanto aos que gostam apenas de uma vertente, a melhor dica é chegar um pouco mais tarde, pois, a música eletrônica é para todos! Agora vamos aos destaques:

MainStage

O MainStage estava maravilhoso! Com uma decoração incrível, muitos fogos de artificio, performances, dançarinos, tudo que um festival de ponta pode contar, além de muita energia no front, com a galera que se divertiu muito.

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Créditos: Kevin Willian

WAO
Com um set bastante diversificado, mesclando Psytrance, Deep, Bass e House, o brasileiro Victor mostrou que a diversidade de vertentes seria a grande ideia da festa, um dos pontos altos do set foi o remix do Hardwell pra faixa “Baile de Favela”, que muitos amaram e outros não tanto. Uma excelente apresentação do brasuca!

Quintino
O holandês Quintino veio com o objetivo de mostrar o porque ele é um dos pioneiros no Dutch House, e começou sua apresentação com muito Future House e inclusive soltou alguns Deep e Nu Disco, mais pro metade de sua apresentação o holandês tocou uma de suas faixas mais clássicas “Epic” que foi o primeiro Big Room e que trouxe o termo “EDM” para o mainstream. Quintino ainda apresentou também sua nova faixa com o duas vezes eleito número um do mundo Hardwell.

Bassjackers
Uma das atrações mais esperadas pelo público que gosta de sons comerciais, Bassjackers não desapontou e inclusive trouxe uma das marcas registradas do projeto atualmente o “Unicorn Rave Kitten”, com uma apresentação cheia de tracks novas e clássicas, como “Savior” original e KSHMR Rmx, “Fireflies”, “Crackin”, “Bring That Beat” e “Pillowfight”, “Memories”. o holandês levantou a pista com muita energia e terminou o set com seu mais recente sucesso ao lado de KSHMR, “Extreme”.

Bassjackers

Bliss
O israelense deu inicio ao trance na Euphoria, e incendiou a pista com seu Full On ”Power” com muita influência de rock n roll. Bliss fez uma de suas melhores apresentações, com muita energia e tracks novas, além das já famosas “Od Daka La Mana” com Ritmo, e o seu remix para “Stomping Ground”. Bliss mostrou que não para no tempo e constantemente tem evoluído suas apresentações, um show a parte!

Blastoyz
Uma das melhores apresentações da noite, com um set simplesmente perfeito, o também israelense Blastoyz, mostrou toda versatilidade e criatividade de suas faixas, com mesclas entre o Progressive, o Full On, o House e Electro, provando que a inovação é a grande chave do sucesso. Com mais essa apresentação, Kobi com certeza vai conquistando cada vez mais fãs brasileiros, os pontos altos do set foram “We Love Rave”, “Rise Up” com Skazi e a mais famosa “Parvatti Valley” que levantou a pista.

Kitty
Com uma carreira de dar inveja a muitos na cena, a DJanne Kitty, assumiu a pista logo após Blastoyz e mandou um som nostalgico, com direito a Rounders do Growling Machines, que levou a pista ao delírio, com certeza uma das melhores apresentações de Kitty nos últimos tempos!

Sonic Species
Outra das melhores apresentações, com sua presença de palco e suas faixas mais sérias e psicodélicas, o inglês entregou um set na medida certa entre basslines dançantes e pesados e melodias psicodélicas, um set memorável fazendo a transição do Full On para o Progressive Trance com maestria. O destaque fica para as novas faixas do projeto paralelo com Avalon, o Future Frequency que trouxe um Progressive limpo e reto, além do remix de Azax Syndrom para “Babylon” que também botou fogo na pista, contrastando com o som mais sério que ele estava tocando.

Bitmonx
Esse projeto um pouco menos conhecido do alemão Fabio Fusco em parceria com Sascha, fez um set incrível, com uma sonoridade totalmente distinta, trazendo um Progressive Trance moderno e ainda assim bastante sério, com melodias psicodélicas e drops bastante criativos, o duo surpreendeu muito em sua apresentação. No final do set, Fabio tocou alguns offbeats clássicos para a felicidade da pista.

Vini Vici
Talvez a atração mais aguardada pelo público, fez uma apresentação muito boa, porém sem muitas novidades, a faixa mais aguardada foi a intro “High Spirit” em parceria com o holandês Armin Van Buuren, que levantou muita poeira. As clássicas “Free Tibet” e “The Tribe” também marcaram presença no set.

Berg
O israelense Berg também marcou presença e fez uma apresentação cheia das tracks clássicas como “Bayaka” e levantou muita poeira também, com seu carisma e presença de palco.

BackStage

O backstage estava com aquela cara de Club mesmo, muito bem montado, todo coberto e com um Sound System potente, com atendentes na pista e bastante conforto, era um backstage realmente que valeu a pena pra quem pagou um pouco a mais.

Kanio
O britanico Kanio encerreu o seu projeto com apresentação memorável, muito Minimal Techno old school que fez a pista entrar em nostalgia, especialmente com a última track de sua apresentação, a histórica “Sambucca”.

Popof
Com uma apresentação repleta de Tech House e Techno, Popof também trouxe aquele ar das raves antigas, com um som bastante dançante e cheio de groove. O encerramento ficou por conta da faixa “Serenity” que também marcou a carreira do Francês.

Croatia Squad
Um dos grandes nomes do Nu Disco atual, e um dos maiores nomes nomes do Low BPM mundial, Croatia Squad fez uma apresentação excelente, com muito Nu Disco e BR Bass, com direito a tracks clássicas como We Don’t Need No Sleep, White Horse e faixas de outros artistas como Fuego de Alok e Bhaskar.

CONCLUSÕES FINAIS

Uma festa de qualidade, que contou com uma excelente estrutura e soundsystem, porém, que pecou em alguns pontos, como nos valores do bar (água principalmente, muitos reclamaram), estacionamento um pouco afastado e a tenda (a qual a organização se posicionou sobre), mas que com certeza serão concertados na edição do ano que vem! Uma festa que surpreendeu muito por sua primeira edição aqui no estado e que com certeza tem que voltar mais vezes, num ano em que várias festas tiveram muitos problemas, a Euphoria se destaca por ter feito uma festa que os acertos sobressaíram.
Nos vemos na próxima!