Neste último final de semana, aconteceu a quarta edição do Tomorrowland Brasil. A edição de 2024 ficou marcada como aquela em que se depositou a esperança de uma melhora nas estruturas, já que, em 2023, ocorreram alguns problemas, muitos deles causados pela chuva. Chegando perto do evento, começamos a perceber algumas das mudanças prometidas pela organização, que foram cumpridas. O caminho até o estacionamento, as melhorias no próprio estacionamento e sinalizações muito mais claras foram notáveis. Ao entrar no evento, foi possível perceber a melhoria nas decorações e, principalmente, no sinal de celular. Tudo indicava que estávamos prontos para a magia do Tomorrowland. Com um caminho bem asfaltado entre os palcos, assim que cheguei, fui rapidamente ver o novo palco Core, cujo design, com uma tela de LED e o rosto dividido, ficou muito bonito. O público se dividiu entre preferir esse ou o do ano passado. Os outros palcos menores permaneceram iguais. O Main Stage ganhou um novo design, o Adscendo que muitos consideram ser o palco mais bonito da história do Tomorrowland.
Apresentações
Assim que cheguei na sexta, fui direto ao palco Core para ver a nova mudança e também para aproveitar um pouco de House Music, que dominaria o palco na sexta-feira, 11 de outubro. Consegui pegar o final do set da Due, Gop Tun DJs e Dino Lenny. Ver toda a experiência de Dino Lenny na CDJ foi uma aula. Cormac, Dan Shake e Elisa Rose também deram uma grande aula de House Music. Já o palco Youphoria foi dominado pelo Trance, e permaneceu lotado durante grande parte do dia. Já no Main Stage, o destaque foi para a sequência de Afrojack, Armin van Buuren e Hardwell. No Freedom Stage, FatSync abriu para um grande público, e Boris Brejcha fechou um palco completamente lotado.
No sábado, não tive outra escolha a não ser permanecer no palco Tulip o dia inteiro. Drum & Bass é um dos meus estilos favoritos, e há poucas festas desse estilo aqui no Brasil, então a sequência de Teddy Killers, Justin Hawkes, Murdock, DJ Marky e Koven foi maravilhosa. Na sexta-feira, tivemos uma chuva forte por pouco tempo, mas no sábado o tempo ficou lindo. Não tivemos nenhuma chuva, apenas um pouco de frio à noite, o que foi perfeito para dançar o dia inteiro. Nightmare, que foi anunciado posteriormente, dominou o palco às 21h e mostrou que o público brasileiro ainda aprecia muito o dubstep. Fora do palco Tulip, Axwell se destacou no Main Stage, com o que muitos consideram o melhor set do festival, e Ame fechou o palco Core para um grande público.
Mas, se vamos falar de um grande público, precisamos mencionar o domingo. Vintage Culture fechou o palco Core para a maior audiência que já vi em um palco secundário do Tomorrowland, superando até o ano passado, quando fez um back-to-back com Anna, e a apresentação de Solomun em 2015, que, embora não fosse no palco Core, aconteceu no mesmo local. No domingo, o Freedom Stage foi dominado pelo techno melódico. Agents of Time, Brina Knauss, Kevin de Vries e Mathame fizeram uma sequência incrível. No Youphoria, o hardstyle foi o destaque.
Já no Main Stage, Alok fez um show impressionante, com direito a drones e uma grande celebração da música nacional. Steve Aoki convidou artistas brasileiros ao palco, o que dividiu opiniões. Já Charlotte de Witte fez um encerramento com seu tradicional techno, surpreendendo muitos.
O saldo final é positivo. A organização ouviu o público, investiu na estrutura e conseguiu facilmente apagar qualquer imagem negativa que tenha ficado do evento de 2023. Agora, resta apenas a ansiedade para 2025.
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