De Floripa para o Brasil (e para o mundo), A Liga, quarteto iniciado em 2011 pelos mascarados Peterson Ungaretti, Victor Guerreiro, Eduardo Cintra e Leopoldo Meira vem dominando cada vez mais o país. Com sets incríveis e performances melhores ainda, o projeto vem demonstrando o motivo pelo qual é um dos melhores do Brasil. Confira nossa entrevista exclusiva com os caras:
Como que surgiu a ideia de montar o quarteto e o porque das máscaras nos shows?
A Liga surgiu a partir de uma brincadeira em um club onde os 4 DJs residiam. Juntando música, interação com o público e bebida, acabou surgindo o projeto. Basicamente dois integrantes tocam e dois interagem com o público, tanto com coreografias como dando bebida pra galera. Isso acabou unindo os principais componentes de uma festa, criando uma energia diferenciada na cabine, que agradou o público presente e inclusive contratantes. As máscaras foram componentes essenciais para o sucesso do projeto. Demonstrando realmente uma brincadeira, uma fantasia, quebrou um pouco a barreira de contato com o público, criou uma intimidade e energia que nem nós esperávamos.
Para vocês, qual foi a maior dificuldade na carreira de DJs?
A maior dificuldade do grupo foi o preconceito dos outros DJs, foi bem difícil a aceitação e o respeito. Mas com o tempo nós fomos conquistando esse espaço, demonstrando principalmente conteúdo musical. Hoje 80% do nosso set são edits, mashups e músicas próprias.
O que inspira vocês a seguirem na carreira?
O que nos inspira é, sem dúvidas, a energia do público que nos acompanha. Inclusive já temos mais de 8 fãs tatuados com a logo do grupo, isso pra gente é insano.
O que vocês acham que poderia melhorar na cena da música eletrônica brasileira?
Na verdade o que a gente acha que deveria acontecer já está acontecendo. Os DJs e produtores nacionais estão sendo muito bem valorizados não só pelo publico como pelos contratantes. Hoje a gente vê muitos brasileiros lotando clubs muito mais até que DJs gringos renomados. Isso mostra a força que a cena brasileira atual está. Além do surgimento de muitos festivais importantes dentro do Brasil, isso prova que estamos fortes e sendo valorizados.
Qual foi a apresentação que vocês consideram aquela que revelou A Liga para o público?
Tivemos muitas apresentações legais, dentre elas o Kaballah, as apresentações na Green Valley, o próprio Reveillon da Green Valley, Rock in Rio, fizemos também a abertura da turnê da Milley Cyrus em SP e RJ. Cada uma teve uma peculiaridade que fez com que se tornasse muito importante na nossa trajetória. Difícil escolher uma, todas foram muito importantes pra estarmos onde estamos.
Como vocês definiriam o som tocado por vocês?
Nosso som é um som comercial, mas muito característico. Pegamos músicas de rádio, hits e criamos nossas versões mais pesadas, indo hoje em dia do EDM até um pouco para o Trap e Dubstep. Além de misturar o Hip Hop, Rock e volta e meia tocar algum clássico da música eletrônica, mas sempre uma versão nossa.
O que vocês esperam para o futuro dA Liga? Possuem algum sonho ainda não realizado?
As coisas com A Liga aconteceram muito mais rápido do que imaginávamos. Por se tratar de uma brincadeira no início, a gente não almejava o sucesso. Foi tudo acontecendo naturalmente, fomos vivendo cada momento, valorizando cada conquista e quando demos conta onde estávamos tudo isso já estava acontecendo.
Hoje vocês tocam em vários clubs ao redor do país e o sucesso do quarteto é inegável. Qual a dica que vocês dariam para quem sonha se tornar um grande DJ?
O conselho que a gente dá é que todos toquem por prazer, façam realmente o que gostam. Toquem o som que gostam e sempre se divirtam. Não faça nada por moda, esse acaba sendo nosso principal diferencial. Sermos autênticos e ter personalidade forte sempre foi uma característica da Liga. E claro, nunca parar de evoluir, de estudar, de correr atrás de fazer suas músicas. Sempre envolvendo conteúdo musical.
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