Talvez você não saiba, mas Brasil e Portugal têm algumas coisas a mais em comum além da língua falada. Café, por exemplo, também é uma paixão mútua; eles também são bastante calorosos, assim como o povo brasileiro e, claro, a música eletrônica também faz muito sucesso por lá.
Um bom exemplo são os festivais que existem no país e estão marcados para o próximo ano, como EDC Portugal, em junho de 2022 na Praia de Rocha Beach, o RFM Somnii, no mês seguinte, e o tradicional NEOPOP Festival, agendado para agosto de 2022. Mas será que o país se resume apenas aos festivais? É o que vamos descobrir mais com FENKI, DJ e produtor português que está crescendo por lá, sem deixar de se relacionar também com o público brasileiro.
Nesse bate-papo exclusivo com ele, falamos sobre artistas e clubs de destaque do país, retomada das baladas, DJs emergentes, estilos musicais e mais, confira:
WiR: Fenki, tudo bem? Primeiramente nos conte desde quando você toca/produz e o que te atraiu para a carreira musical?
FENKI: Entrei no Djing aos 12 anos e comecei a produzir aos 15 anos. Poder Criar algo novo/diferente é um dos fatores que me fez querer a carreira musical. Outro motivo é a música ser um idioma universal capaz de passar diferentes mensagens!
WiR: Seu lançamento mais recente foi o single Let Me Go, que atingiu ótimos números no Spotify, batendo a marca de 70k plays. O que te inspirou para compor essa música?
FENKI: O que me inspirou para compor a “Let Me Go” foi a vontade de voar pelo mundo e compartilhar minha música, simples assim!
WiR: E falando em inspiração, quais são os artistas aí do seu país que você se espelha, independente do estilo…
FENKI: Tem dois nomes que eu gosto muito, é o Buraka Som Sistema e o Expensive Soul, recomendo escutarem!
WiR: Quais são os nomes mais consagrados da cena eletrônica portuguesa? Quem você destacaria?
FENKI: Acho que se fosse para destacar um principal, seria o Pete Tha Zouk, já fez muita história na cena daqui!
WiR: Assim como no Brasil, a maioria dos eventos/festivais de Portugal neste ano foram adiados para 2022. Como você está enxergando essa retomada por aí? Acredita ser possível que as baladas voltem a abrir até o final do ano?
FENKI: Então, este ano fiquei muito tempo no estúdio preparando músicas pra chegar em 2022 com força. Cheguei ao momento em que tenho muitas faixas originais muito únicas e bem loucas. Quanto à abertura das baladas até ao final do ano… na verdade, as expectativas são muito pequenas mesmo, então o pensamento fica mesmo para 2022, quando deve reabrir com tudo!
WiR: E já que perguntamos das baladas… quais são os principais clubs do país? Quais casas noturnas você já foi e recomenda pra galera conhecer?
FENKI: Aqui em Portugal, quando falamos do cenário de clubs, lembramos muito da região de Algarve, onde estão vários lugares famosos como Lick, Bliss, No Solo Aqua, Blanco Beach Club…
Mas a cena clubber em Portugal tem muito potencial porque não há um que esteja aberto o ano todo, pelo menos que divulgue isso…
WiR: Aqui no Brasil, ainda encontramos um certo preconceito entre underground e mainstream, apesar de que isso está diminuindo com o passar dos anos. Existe essa “briga” por aí também?
FENKI: Aqui na realidade, desde que me lembro, nunca houve essa briga, mas neste momento sinto que cada vez mais o underground está se tornando o próprio mainstream…
WiR: Bom, a gente falou de principais artistas, principais clubs… mas e a galera emergente? Aqueles que estão começando a pouco tempo, assim como você? Quem está fazendo um bom trabalho e merece nossa atenção, apesar de ainda ser novo na cena?
FENKI: Então, aquilo que eu posso falar relativo aeste campo é curto porque eu foco-me muito no meu percurso, mas a novos talentos… posso adiantar que vem aí um original muitoo foda com uma cantora que ouvi num espétaculo de arte em 2020 e que gostei muito. Senti que tinha um timbre incrível para criar e durante este ano consegui convencê-la para arriscar… e o risco é insano!
WiR: No nosso país vemos um crescimento bem grande do Techno nos últimos meses/anos, por aí você consegue perceber algum estilo que está mais em alta? O Mainstream ainda domina?
FENKI: Neste momento o que está tocando muito aqui nas festas é brazillian bass, o som de vocês está fazendo sucesso aqui! Já na Europa o crescimento do estilo Future Rave é bem latente, que nasce com grande influência do Techno… Além disso, a label Spinnin’ também está apostando nesse estilo. Mas diria que o underground tem se destacado muito, mas o main ainda domina.
WiR: Então, esse “Future Rave” é o estilo que você também vem apostando em algumas produções, certo? Tem mais artistas produzindo nesse estilo aí em Portugal?
FENKI: Isso! Comecei a produzir Future Rave em Fevereiro deste ano e posso afirmar que fui o primeiro em Portugal, além de também considerar ser um dos primeiros deste estilo. O mundo é muito grande, claro, mas fui um dos primeiros a compartilhar esse estilo de som online o Remix que fiz da “Show Me Love”.
WiR: Por fim, deixamos esse espaço para você também adiantar algumas novidades. O que está vindo pela frente na carreira de FENKI? Obrigado!!
FENKI: Muitas faixas originais a caminho com a Identidade Fenki — Future Rev… The Best is Yet TO COME!