Fotos: @RECREIOclubber
Na última sexta-feira, dia 8 de julho, o Caos recebeu um time de artistas de peso para comandar a primeira noite eletrônica do mês. O lineup contou com a estreia de Hunter/Game em terras campineiras, o retorno de DJ Tennis, Eli Iwasa, Tessuto, Omoloko e Romina.
Minhas expectativas eram altas, pois o evento me chamou atenção apresentando artistas que transitam por diferentes sonoridades.
Foi a primeira vez que fui ao Caos desde a retomada dos eventos depois da Pandemia do COVID-19 e, ao entrar no club, notei algumas mudanças em sua estrutura. Foram instaladas algumas arquibancadas ao fundo da pista, algo que achei muito positivo para aqueles momentos de descanso ao longo da noite. Outra mudança que me chamou a atenção foi a adição de tubos de LED na iluminação do espaço. Eles foram posicionados em linhas que se iniciam na parede de trás do palco e vão até a parede da entrada, passando pelo teto do ambiente.
Os efeitos produzidos pelo sistema de iluminação do Caos são muito interessantes, pois conseguem ser leves e dramáticos, porém ao mesmo tempo impactantes e energéticos. Além disso, reparei que os elementos que compõem a iluminação são bem posicionados, ressaltando as características arquitetônicas do galpão industrial. Os bares continuam posicionados nas laterais e os banheiros ao fundo da pista.
No quesito som, o club é referencia. Em seus eventos, esse tópico é um dos pontos centrais e, desta vez, não foi diferente. As caixas foram posicionadas de forma que o som se mantinha claro e com presença, tanto na pista, quanto no backstage. No front, a pressão gerada pelos subwoofers era forte e trazia vida aos graves durante a apresentação dos artistas.
Romina, que já havia tocado no Beco, pista secundária do Caos, fez sua estreia na pista principal fazendo um belo warm up e entregando a pista para o segundo DJ da noite, Paulo Tessuto. O residente da festa Capslock conduziu a sequência com um set que transitou por diferentes influências e aqueceu a pista para o projeto italiano Hunter/Game, duo composto por Martino Bertola e Emmanuele Nicosia que se apresenta nos formatos de live act e DJ set.
Em sua passagem por Campinas, Martino entregou um DJ set incrível que explorou diferentes faces do projeto, mostrando o motivo da dupla compor o time de artistas de labels renomadas como: Afterlife, Innervisions, Dynamic e Last Night on Earth. O set entregou momentos melódicos e introspectivos, em que os timbres em destaque nas músicas ecoavam pelas paredes do barracão, e momentos enérgicos que faziam a pista vibrar com tracks dançantes e inusitadas.
Após Hunter/Game, DJ Tennis assumiu os decks e, como sempre, deu uma aula de construção de set. O italiano que esbanja carisma durante as apresentações iniciou conduzindo a pista por quase uma hora, criando expectativas para o que vinha a seguir. Começou, então, a levantar a energia e trouxe grooves dançantes, acompanhados de seus característicos elementos psicodélicos. Foi do Techno ao House, do Indie Dance ao Disco, interagindo com a pista e demonstrando muita técnica.
Ao fim de seu set, o DJ que coleciona passagens marcantes pelo Caos, entregou a pista para a anfitriã da noite, Eli Iwasa, que assumiu os decks com muita elegância. Eli conduziu a pista com maestria, mostrando toda a sua experiência transitando entre suas diferentes influências musicais. E para fechar a noite, Omoloko mostrou todo seu gingado e versatilidade, indo do House ao Breakbeat.
Ao fim da festa, cheguei à conclusão de que minhas expectativas foram superadas. Os artistas entregaram uma festa repleta de diferentes sonoridades que, somadas a estrutura do Caos, proporcionaram uma viagem entre diferentes sensações e emoções.
