A primeira edição do Primavera Sound estreou em São Paulo nos dias 5 e 6 de novembro, totalizando mais de 100 mil pessoas visitando o Distrito Anhembi.
Por: Amanda Nakao e Wesley Nathan.
Com 5 palcos (Beck’s, Elo, Primavera, Bits e Auditório Anhembi) que reuniram dezenas de atrações, da música eletrônica ao pop, do funk ao indie na capital paulista, o Primavera Sound chegou para criar um grande impacto e marcar território.
Com uma curadoria diversificada e extremamente pontual em seus shows, o line up do festival trouxe grandes nomes aclamados pelo público de diversas idades: Arctic Monkeys, Björk, Interpol, Beach House, Lorde, Travis Scott e mais. O Primavera Sound foi bastante coerente com suas escolhas, deixando o público sem tempo para parar e com vontade de se locomover de ponta a ponta no Distrito Anhembi.
Para os amantes de música eletrônica, o palco Bits conseguiu atender o público com muita tranquilidade. Para quem foi no DGTL São Paulo este ano, reconheceu imediatamente o local do onde o Bits se encontrava e também agradeceu pelo fato de ser: área coberta com pegada industrial.
O design do palco era em formato de triângulo e os aspectos dos leds lembraram até um pouco do Palco Perry de edições anteriores do Lollapalooza Brasil. Além de contar com uma área de acessibilidade na lateral esquerda da caixa, com uma visão privilegiada e espaçosa – o que pouco acontece em outros festivais.
Algumas atrações de destaque pelo Bits: Sangre Nueva, Seth Troxler, Badsista (fez o nome!), VTSS B2B LSDXOXO, Gop Tun DJs, Selvagem e mais. Novamente é importante frisar: o público que frequentou o palco Bits pode transitar tranquilamente pela pista, dançar à vontade, ficar no front sem ser esmagado e curtir a experiência sonora em todos os cantos sem ter algum ponto prejudicial. Os banheiros eram localizados próximo ao palco, além da área de alimentação ser ao lado do Bits.
Além disso, na ativação da Beck’s tivemos DJs se apresentando também! Omoloko e Eli Iwasa foram algum dos nomes que passaram por lá. Bem como Boy Harsher no palco Elo, encerrando a primeira noite com chave de ouro e muito synths.
Com diversas ativações, distribuição de copos e balas no festival, além de pontos de abastecimento de água gratuitos, o Primavera Sound soube como trazer experiências para o público não somente sonora, mas imersivas. Era possível encontrar caixas, bares ambulantes de Beck’s, postos de bebidas com muita facilidade.
Sobre acessibilidade? Que aula! Poucos festivais bem estruturados possuem esse “tato” e olhar pensando no público. No palco Beck’s tivemos intérprete de libras espalhados pelos painéis de leds, espaços de acessibilidade para cadeirantes bem espaçosos já pensando que a pessoa que usufrui aquele espaço não quer ficar sozinha, ela quer companhia. Rampas e sinalizações muito bem espalhadas e banheiros especiais.
A primeira edição do festival foi excelente na maioria dos aspectos, mas não podia faltar alguns pontos de alerta para o próximo:
A saída foi bastante complicada pela quantidade de pessoas indo embora ao mesmo tempo em contrapartida a pouca quantidade de transportes disponíveis na área. Para a imprensa, a pulseira era de papel sem cashless, portanto, se você gostaria de comprar comidas na praça de alimentação, merchandise ou algo do tipo, não era possível. Teria que recarregar na pulseira cashless de algum conhecido. Outro ponto de alerta, foi o palco “Becks”, localizado em uma área de pouca visão, tendo em vista que as árvores prejudicaram bastante a vista do público.
No demais, esperamos que o Primavera Sound aconteça mais vezes e traga sempre atrações que amamos.