Conversamos com FTampa às vésperas de sua apresentação no Tomorrowland

As frases – “Uma nova estrela do Brasil” e “DJ brasileiro torna-se mundialmente conhecido” – são capazes de resumir FTampa (Felipe Tampa). Vivendo atualmente em Los Angeles (USA), o artista e sua carreira internacional decolaram com apresentações nos Estados Unidos, Canadá, Dubai, Austrália e Índia.

O ano de 2015 já marcou a estreia de FTampa no inédito Rock In Rio (Las Vegas), Tomorrowland Brasil (onde se apresentou no Palco Principal e Palco da Revealed Recordings), Tomorrowland Bélgica e Life In Color Ibiza.

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Sua notável lista de lançamentos pela Revealed Recordings e Spinnin’ Records está constantemente em evidência no TOP 10 do Beatport. Com o apoio de Hardwell, Calvin Harris, David Guetta, Martin Garrix, Tiësto, R3hab, Ummet Ozcan, Quintino e tantos outros grandes artistas, faixas como “That Drop“, “Troy” (em parceria com W.A.O), “Gold Skies” (Remix), “Slap” (com o duo carioca Felguk), “Soundwave” (Remix), “Slammer” (feat. Quintino), “5 Days” e “97” (feat. Kenneth G) tocaram em festivais no mundo todo.

Quando Hardwell ouviu “Kick It Hard” pela primeira vez poucos poderiam imaginar que 2 anos depois eles estariam dividindo o mesmo palco. Produzindo profissionalmente desde 2010, a música faz parte de sua vida desde os 13 anos de idade.

Com faixas licenciadas exclusivamente para jogos de PlayStation, Xbox e ajudando a conduzir a cena eletrônica brasileira para patamares mais elevados, os esforços de seu trabalho duro e de seu senso inovador já lhe deram o status de “um dos novos nomes mais marcantes do mercado” pela Revealed Recordings e “uma estrela em ascensão – artista popular e ativo” pelo Beatport. Com turnês em diversas cidades e festivais ao redor do mundo, “um meteoro” é o que melhor descreve a trajetória de Felipe ao longo desses 5 anos.

Com mais de 500 mil curtidas em sua página do Facebook, o estilo único e extremamente original de produzir suas músicas fez de FTampa um dos brasileiros mais reconhecidos do cenário nacional e internacional da música eletrônica. Nesse final de semana FTampa chega ao ápice de sua carreira com uma apresentação no Palco Principal do Tomorrowland Bélgica.

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WIR: Como está a expectativa para o Tomorrowland Bélgica?

FTampa: Melhor expectativa possível, estou bem empolgado! É um momento que esperei muito, acho que o ápice da minha carreira, preparei muito material novo todos esses meses e só de pensar já to muito nervoso e ansioso.

WIR: E pra quem ficar no Brasil o que pode esperar do FTampa na Laroc em Agosto?

FTampa: Cara, eu queria fazer exatamente o mesmo set do Tomorrowland na Laroc, vai ser um set totalmente novo. Claro que tenho que sentir a pista, mas com certeza se não for o mesmo set, vai ser um muito parecido, vou fazer o pessoal sentir a mesma vibe de lá.

WIR: É a segunda vez que você vai tocar na Laroc, qual impressão ficou da primeira apresentação?

FTampa: Sim, a segunda vez que vou tocar no melhor club do mundo. A Laroc sem dúvidas é o melhor club do mundo, estrutura sensacional, tratamento com os artistas sensacional, quando eu fui tocar fiquei impressionado, é um sonho de todo mundo que está por trás desse projeto, um club com estrutura única, todos os gringos que tocam lá falam isso.

WIR: Você é um dos brasileiros que mais toca em outros países, como o pessoal de fora está enxergando a cena eletrônica brasileira?

FTampa: É muito diferente a cena brasileira do resto do mundo, aqui a gente tem um lance de guerra de estilos que não acontece lá fora. Quando o EDM estava em alta, os gringos tocavam mais a músicas dos brasileiros, eles tinham mais interesse no som daqui. Agora o nosso som é muito focado para brasileiros mesmo. Só acho que essa “gourmetização” da música eletrônica tá chata!

WIR: Você pode citar alguns nomes de produtores brasileiros para ficarmos de olho nos próximos anos?

FTampa: Eu acho que o Paniek tá fazendo um trabalho excelente, The Fish House, Sex Room, que tá arregaçando nas produções, Ingek que tá fazendo um som muito legal. Eu poderia citar uma lista enorme de novos produtores que eu acredito, mas eu estou mais próximo deles, galera de Belo Horizonte.

WIR: Depois do Main Stage do Tomorrowland Bélgica, ainda falta algo para você conquistar na música eletrônica?

FTampa: Engraçado você perguntar isso! Eu sempre achava que depois que eu tocasse no Main Stage do Tomorrowland Bélgica eu poderia parar, que já estaria realizado, mas agora vou atrás de novos ares, gravando um som novo, um som único, tocando instrumentos. Minha intenção é fazer um show só autoral, tocando ao vivo e tudo mais e quando eu conseguir isso, vou buscar outra coisa (risos)!

WIR: Como é o Felipe num dia normal?

FTampa: Na verdade faz tanto tempo que eu não tenho um dia normal que nem lembro. Eu gosto de ficar no estúdio, sempre fui muito nerd de estúdio, fico apertando novos botões pra ver o que eles fazem. Num dia que eu to á toa eu tenho um aquário de água salgada, eu fico mexendo nele, vou pesquisar coisas sobre o áquario, eu adoro isso. Mas faz tempo que to precisando de um tempo livre, quem sabe depois do Tomorrowland.

WIR: Você pode contar alguma novidade para os leitores da Wonderland in Rave?

FTampa: Durante todo esse ano os fãs reclamaram muito que eu estava lançando pouca música, mas era proposital, eu estava lapidando meu som, então agora eles podem esperar muita coisa nova, porque eu vou lançar muita música, muita música mesmo!

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