Em menos de 6 anos, CAOS ressignificou a vida noturna e cultural de Campinas

Dificilmente as cerca de mil pessoas que presenciaram a inauguração do Caos , na noite de 22 de dezembro de 2017, conseguiram dimensionar o tamanho do que estavam vivenciando. Em pouco tempo, aquele galpão industrial revitalizado assumiria um claro papel de protagonismo na cena eletrônica do país.

Para dar sequência ao que já vinham fazendo com brilhantismo por mais de duas décadas na cidade, a DJ Eli Iwasa e seus sócios Salin Miguel, Juka Pinsetta e Antonio Carlos Diaz fundaram o CAOS sabendo exatamente o que, como e aonde queriam chegar.

Num piscar de olhos, a maior cidade do interior de São Paulo foi ressignificada, passando a ser rota dos mais poderosos nomes da música eletrônica mundial e trazendo clubbers da capital paulista ao interior quando, até então, apenas o fluxo inverso era padrão.

Depois daquele primeiro evento, que teve como principal atração a lenda viva do techno Carl Craig, sucederam-se inúmeras outros, com apresentações — inéditas ou não — do mais alto nível de prestígio internacional quando o assunto é house e techno.

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Dixon, um dos maiores DJs de house da atualidade, tocou no CAOS em 2018. Foto: Image Dealers/Divulgação

Adriatique, Agents of Time, ANNA, Ben Klock, Chris Liebing, Danny Daze, Dennis Cruz, Dixon, D-Nox & Beckers, DVS1, Ellen Allien, Fango, Giorgia Angiuli, Gui Boratto, Guy J, Hunter/Game, Laurent Garnier, Marcel Dettmann, Marco Carola, Marvin & Guy, Modeselektor, Nastia, Nina Kraviz, Rebolledo, Recondite, Red Axes, Rødhåd, Speedy J, DJ Tennis e Victor Ruiz são apenas alguns dos headliners que ajudaram a promover momentos históricos na casa.

Isso sem mencionar heróis nacionais do calibre de BINARYH, Cashu, Gromma, L_cio e Leo Janeiro, e das já tradicionais sextas-feiras de Dale!, que, com a proposta de proporcionar o melhor do tech house e bass house, já realizou edições com Dubdogz, Barja, Gabe, DJ Glen, Gordo, Illusionize, Kolombo, Kyle Watson, Pawsa, Tim Baresko e Victor Lou, entre muitos outros.

Para além de grandes artistas, entretanto, o CAOS se sedimentou a partir de mais três pilares que complementam uma experiência ímpar e traduzem a sua essência. São eles:

  • Qualidade de som e acústica do mais alto padrão de qualidade, com o soundsystem projetado e operado pela da CPro Audio;
  • Identidade visual: com a proposta de converter o interior do clube praticamente em uma instalação artística, a identidade visual já esteve nas mãos de três artistas diferentes. Começou com o estúdio de design Muto, passou por Yusuf Etiman (diretor artístico do Berghain, que pela primeira vez assinou um trabalho para um clube de fora da Alemanha) e hoje é da autoria de Felipe Grassano. A iluminação, cuja sincronização muda a cada abertura, é da Para Raio;
  • E posicionamento: afinal, não há como representar os valores do universo eletrônico underground sem uma postura firme e clara contra os preconceitos que, infelizmente, ainda estão enraizados na sociedade, como machismo, racismo e homofobia.
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Foto: Image Dealers/Divulgação

Depois do duro período da pandemia, o CAOS voltou reformado (incluindo a ampliação do Beco, pista externa que ganhou cabine de DJ e bar particulares), comemorou seu quarto aniversário em festa que teve 24 horas de duração e, desde então, tem constantemente inovado.

Nesses últimos dois anos, a casa estabeleceu parcerias e intercâmbios com tradicionais festas da cena nacional, como a ODD, realizou um showcase no Rio de Janeiro e assumiu a curadoria do palco de house e techno da XXXperience, no que constituiu a primeira vez que um palco do tradicionalíssimo festival brasileiro foi assinado por uma casa noturna.

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A DJ Eli Iwasa e o público do CAOS. Foto: Divulgação

E como a inquietude por parte dos sócios do que hoje se convencionou como Grupo CAOS é notável, o clube se tornou um dos cinco empreendimentos que têm promovido uma verdadeira ebulição cultural e noturna da região 019, ao lado de Gate 22 (casa para shows maiores), Galerìa 1212 (espaço multicultural que reúne arte, moda e gastronomia), Písta 2002 (um dos maiores bares a céu aberto do interior paulista, mesclando cultura street, esporte, música e gastronomia) e Club 88 (icônica casa noturna predecessora ao CAOS, que tem o seu retorno programado para este ano).

Em cinco anos, portanto, o público campineiro viu uma verdadeira transformação, repleta de novas e excitantes possibilidades artísticas, culturais, sociais e de lazer no seu cotidiano. E este é só o começo.

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not your average bald and bearded clubber.