Por: Gabriel Zanucci.
Binaryh é o projeto de Techno Melódico formado por Camila Giamelaro e Rene Castanho. Através de suas produções e apresentações, o duo vem chamando atenção nas pistas do Brasil e do mundo e conquistando o respeito de artistas renomados como Tale of Us, Adriatique e até mesmo David Guetta.
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A Wonderland In Rave teve a oportunidade de conversar com o casal durante a passagem deles pelo DGTL São Paulo 2022, onde eles foram um dos destaques da noite.
WiR: Nós acompanhamos que durante a pandemia, vocês se movimentaram muito mais nas redes sociais, comentaram bastante sobre planos futuros e sobre o projeto. Quais são os planos para o momento?
Camila Giamelaro: “Agora estamos trabalhando em cima de um audiovisual junto com o VJ Rafael Ulster e a gente pretende estrear esse projeto ainda este ano. Também continuamos trabalhando com nossa gravadora Hiato. O próximo lançamento é do Binaryh e vai contar com duas faixas originais e um remix do Tiago de Renor com os vocais da cantora Eleonora. Então, estamos muito ansiosos para tudo isso sair do papel”.
WiR: Uma parte que nos interessa e é um diferencial de vocês, é o live act. Como vocês estão trabalhando esta parte do projeto?
Rene Castanho: “Nosso Live Act no momento está parado, estamos fazendo só o DJ Set híbrido. Talvez voltaremos com o live justamente no audiovisual para que seja uma apresentação única em cada lugar que a gente for, porque querendo ou não, nesse formato o set só tem músicas nossas e seria bem bacana apresentar isso para a galera”.
WiR: Uma coisa que percebemos, é que o pessoal já consegue identificar suas tracks, mesmo sendo unreleaseds. Como tem sido esse processo de criar uma sonoridade com a cara de Binaryh?
Rene: “Olha, eu não faço a mínima ideia [risos]. Eu acho que é porque tudo acaba saindo da mesma cabeça, e em todas as músicas, por incrível que pareça, uma coisa que a gente sempre busca (que não tem a ver com a parte técnica) é passar emoção, e penso que a gente consegue fazer isso desde o começo. Acho que é por isso que é fácil de identificar nosso som, os momentos e sensações que criamos nas músicas já estão guardadas um pouco na cabeça das pessoas. Então, é isso que faz as pessoas as identificarem, e não é nada técnico, é mais emocional”.
WiR: Desde o suporte que Tale of Us deu para a track “Hydra”, observamos um estreitamento na relação de vocês com o duo. Como rolou esse contato e como vêm sendo desenvolvida essa relação?
Camila: “A gente descobriu o e-mail deles por uma coincidência do destino e resolvemos nos dar a chance de mandar um e-mail com nossas músicas para ver se gostavam, e acabou que deu certo. Desde então, eles têm dado esse suporte para nós que é super importante. Tivemos a oportunidade de conversar no Afterlife, quando vieram para o Brasil, e eles demonstraram muito carinho por nós. Acho que essa era a pecinha que estava faltando, a gente se realmente se conhecer ao vivo e a cores para firmar esse respeito mútuo que nós temos, nós por eles e eles por nós. Foi muito especial poder sentar, conversar, trocar ideia e sentir a presença deles, sentir o carinho deles pelo trabalho. Então, essa oportunidade foi um passo além que demos nessa caminhada”.
WiR: Ainda sobre a relação de vocês com a Afterlife, em geral, percebemos que Binaryh sempre está presente nos eventos que trazem artistas do selo para o Brasil, dividindo o line ou prestigiando essas apresentações. Podem nos contar como o vínculo com estes artistas tem sido desenvolvido, e como foi a experiência de prestigiar a Afterlife Brasil?
Rene: “Acho que uma coisa que a gente descobre quando conhece certas pessoas, são afinidades, e no caso, a gente conversou muito com o Carm (Tale of Us) e ele falou muito sobre um assunto que para gente é latente todos os dias, que é a importância da música. Quando a gente tentava entrar em alguma coisa técnica, ele falava: “não, a música é mais importante”, então você saber que os maiores do mundo acham a música mais importante é muito foda. Eles sabem hoje que tem um casal de brasileiros aqui que pensa igual eles e é por isso que estamos presentes lá, não é só a música, tem muito mais por trás daquilo”.
WiR: No final de 2020, vocês lançaram a Hiato, juntamente com a BLANCAh. Atualmente o selo conta com artistas talentosos que receberam suportes de peso, como CRUXZ e Chappier. O que podemos esperar desse projeto nos próximos meses?
Camila: “Queremos continuar dando essa abertura para artistas brasileiros que pensam como a gente, que nós enxergamos talento e queremos continuar lançando material nosso, do Binaryh e da BLANCAh. A gente não tem pretensões de ser o Afterlife brasileiro, a gente só quer ter uma casinha para podermos lançar as nossas coisas e dar espaço para pessoas em quem a gente também acredita. Se virar o Afterlife brasileiro, maravilha! Se não virar, a gente vai continuar trabalhando na gravadora com todo carinho e dedicação que a gente tem trabalhado nesses últimos dois anos”.
WiR: Não podemos deixar de citar o remix que vocês fizeram a convite do DGTL da track “Blinded”, originalmente produzida pelo berlinense Coloray, que foi escolhido para ser a trilha desta edição do festival. Como está sendo a experiência de participar deste projeto?
Camila: “Para nós, é uma emoção muito grande você ser convidado para fazer a trilha sonora do retorno de um festival que é tão querido no mundo inteiro. Não é qualquer convite, né?! Então a gente fica emocionado de ter o nosso trabalho reconhecido dessa maneira”.
Rene: “O mais legal é que dentro de tudo isso, a gente se sente uma engrenagem que está fazendo o DGTL estar em pé aqui hoje. A gente é uma pecinha que fez tudo acontecer juntos, não somo só um casal de artistas que vai vir e vai tocar, a gente viu tudo desde o começo e a gente vai fazer parte disso até o fim”.
WiR: Para finalizar, podem nos dizer 3 artistas nacionais para as pessoas ficarem de olho?
Camila e Rene: “MilaJournée, com certeza, o próprio CRUXZ e Doguez, que já tem suportes importantes e está mostrando que veio para ficar”.
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