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ENTREVISTA: Curol nos conta um pouco sobre a vida, música e carreira

A DJ e produtora musical Carolina Ribeiro, mais conhecida como Curol, que também atua como fotógrafa e violonista, vem ganhando destaque nos últimos anos e separou um tempinho para conversar com o time da WiR.

Com mais de 100 mil ouvintes mensais no Spotify e entrando recentemente para algumas das playlists mais importantes de Dance/Eletrônica do Spotify, a Dance Paradise e a Mint Brasil, Curol já recebeu suporte de artistas como Illusionize e Vintage Culture, além de ter lançado trabalhos pela gravadora do KVSH e Disorder.

 

Tendo como grande característica o som afro/tribal em conjunto com instrumentos orgânicos, além de colocar muito de sua identidade e brasilidade no som, a artista de Belo Horizonte viaja pelo House Music e cria trabalhos únicos e ricos de originalidade.

Sendo a nossa grande convidada do WiR Invites e responsável pela curadoria da nossa playlist do mês de Junho, Curol nos contou um pouco sobre sua vida, trajetória na música e desafios encontrados nesse universo. Confira a seguir a entrevista e conheça um pouco mais sobre a artista:

Bom, você está no meio da música eletrônica há um tempinho e queremos saber qual e como foi o seu primeiro contato com a música eletrônica?

Curol: “Ouvindo Infected Mushroom e Skazi nas rádios.”

O que define o som e estilo da Curol?

Curol: “Eu realmente não me preocupo em definir um estilo. Posso falar que é house com instrumentos orgânicos que mistura elementos do afro e brasilidades.”

Quem te inspira e influência hoje em dia?

Curol: “Não tem uma pessoa específica. Cada um tem uma particularidade e nem sempre da música. Cito o Chorão pelo lifestyle que ele pregava e minha vó pela filosofia de vida que ela me ensinou.”

Sabendo que o machismo e preconceito para com mulheres na cena eletrônica ainda é grande e desafiador, desde a criação de eventos e coordenação, até mulheres produtoras e DJS espalhadas pelo país, você, como uma mulher preta, teve suas inseguranças e dificuldades no começo da carreira? Queríamos saber como você virou o jogo, afinal, achamos seu trabalho e presença incrível!

Curol: “Insegurança sempre tem! O preconceito nunca estará estampado e direto, geralmente ele vem fantasiado por boicotes: nãos, gelos e vácuos. Mas isso não me abala, pelo contrário, me sinto desafiada a fazer muito mais. O mercado de música é gigante, e se alguém decidir fechar uma porta pra mim por esses motivos da pergunta… uma melhor irá abrir! Esse otimismo é o que me impulsiona e nunca me decepcionou.”

Se pudesse escolher uma música lançada por você pra te representar, qual seria e porquê?

Curol: “Abô! Um afro house intenso que saiu um pouco da curva.”

Qual a diferença da Curol antes de ser produtora/DJ, pra Curol de hoje?

Curol: “Antes eu era fotógrafa agora eu sou Fotógrafa, Dj/Produtora kkk Brincadeira!

Antes eu tinha muitas ideias e ficava no desejo de contribuir na carreira de alguém mas nunca me davam “voz” além dos olhos (fotografia), hoje eu posso implantar minhas ideias no meu projeto e tenho oportunidades de expressão e posicionamento.”

Qual o seu objetivo na música, sua meta ou maior ambição?

Curol: “Sempre foi tocar e transformar as pessoas com minha música. Agora pensando em meta, quando eu estiver financeiramente estável na carreira, quero trabalhar com ONGs e asilos, ajudando o trabalho dessas pessoas.”

Ainda sobre preconceitos enfrentados nesse cenário, é fato que o mercado da música eletrônica (assim como tantos outros) não possui, infelizmente, tantos artistas LGBTQIA+, como você descreveria seu papel representativo?

Curol: “Acho que o papel de “representante” é muito forte, mas entendo o significado dele. Eu posso garantir que sempre tento aprender diariamente.

Prefiro me ver como uma inspiração e âncora para que todos os artistas LGBTQIA+ corram sempre atrás dos seus sonhos e ajudar no que for possível. Se a minha história contribuir para isso, já estarei muito feliz. Seguirei acreditando no poder da música e na fé de nunca desistir dos seus sonhos.”

Uma parceria dos sonhos?

Curol: “Olodum, com certeza!”

Se pudesse mudar algo na cena brasileira hoje, o que seria e porquê?

Curol: “A volta dos shows, porquê estamos necessitando (risos).”

Qual experiência/momento sempre levará com você?

Curol: “Minha apresentação no palco chillout do Universo Paralello. Fui aplaudida calorosamente por todos da pista.”

Para finalizar, o que vem pela frente? Quais novidades podemos esperar ao longo de 2021/2022?

Curol: “Grandes lançamentos e um trabalho impecável de uma equipe foda que abraçou o projeto. Vamos objetivar minha identidade em vários aspectos. Estou muito ansiosa com a volta dos shows.”

Redação WiR

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