Invasão Brasileira no Tomorrowland: Fizemos História

No set do Quintino, na Weekend 2 do Tomorrowland Bélgica 2018, brasileiros decidiram fazer uma grande “invasão” no festival e sem dúvidas, o BRASIL, marcou presença nesse festival. Não viu ainda? Dá uma checada nos 19:20 minutos e olha a energia desse povo!

Tal multidão atraiu a atenção da mídia num site da Bélgica (clique aqui para conferir). E daí surgiu a pergunta: será que do nada quase todos os brasileiros se conheceram lá e decidiram unirem-se na hora? Não, não foi do nada. O grupo Dreamers of Tomorrow realizou o maior Tomorrowmeeting brasileiro de todos os Tomorrowland’s. E partir disso, preparamos algumas perguntas para o Rafael e Geanderson, representantes do grupo, para tirar todas as dúvidas de como preparam esse encontrão no festival belga, e falar um pouco sobre o grupo também.

Para começar e introduzir nossa conversa, quando foi criado o grupo do Dreamers of Tomorrow? E foi com qual intenção?

Rafa: O grupo nasceu após a minha TomorrowTrip de 2015, era a minha primeira vez no Tomorrowland Bélgica e não conseguia encontrar várias informações ou até algum relato detalhado e com os “macetes“. Acabei passando muito perrengue, tive minha barraca alagada porque comprei o modelo errado, não levando agasalho correto, luta para conseguir o ingresso. Quando voltei compartilhei um relato no Facebook com várias dicas e comecei a conversar com várias pessoas e acabei criando o grupo “Novatos no Tomorrowland“. Ano passado ele foi rebatizado como Dreamers of Tomorrow.

É um prazer de ter a oportunidade de falar com vocês! Falem um pouco mais sobre vocês, de onde são, onde vivem e expliquem também sobre o surgimento desse grupo.

Rafa: Sou de Belo Horizonte, sou fã de música eletrônica já tem um bom tempo e conheci o Tomorrowland por acaso em 2010 com o lendário palco do arco íris deste então me apaixonei pelo festival. Sempre acompanhei as transmissões pela livestream e em 2015 tive meu primeiro contato com o festival na edição aqui do Brasil, em Maio, e logo em seguida, em Julho, fui na edição Belga. Naquela época a faltavam de informações para brasileiros sobre como se programar para ir ao festival e isso forçava muitas pessoas a ir para o festival por meio de agências de viagens, cujos preços eram bastante elevados. Foi após meu retorno da TML Bélgica 2015 que meio que por acaso comecei a ajudar alguns amigos que também tinham vontade de ir ao festival.

Ge: Sou natural de Ouro Branco, MG e estou terminando meu doutorado em economia aplicada. Sou fã de música eletrônica desde a adolescência e desde quando vi o Tomorrowland pela primeira vez no Programa Pânico na TV em 2012 sempre quis ir ao festival. Em 2017, durante o curso de doutorado, houve a oportunidade de viajar a Alemanha para desenvolver parte da pesquisa. Eu estaria na Europa justamente durante o período do Tomorrowland e por isso comecei a procurar grupos de Facebook que pudessem me ajudar a realizar esse sonho. Num desses grupos acabei encontrando o grupo de WhatsApp “Novatos no Tomorrowland” que o Rafa havia criado.

Da esquerda para direita: Rafa e Ge.

E sobre a galera do Dreamers? Todos são residentes do Brasil e só se encontram no festival? Como vocês ficam se sentindo com todo o pessoal reunido?

Rafa: Galera é sensacional! Hoje vejo que consegui formar um grupo incrível que vestiram a camisa em ajudar o próximo em qualquer momento e em qualquer situação! Qualquer pessoa que entrar no grupo hoje e perguntar qualquer coisa será amplamente respondido é terá vários relatos de vários membros. Conseguimos formar uma rede com brazucas de várias partes do mundo e temos até um chileno, boliviano e um peruano quase brasileiros. Infelizmente esse ano não consegui ir no Tomorrowland. Por um lado, o coração ficou partido, mas por outro fico cheio de orgulho de ter ajudado várias pessoas ali a realizarem seu sonho!

E planejar esse encontrão foi fácil? Conta um pouco dos planejamentos antes do festival, e como vocês decidiram em qual Weekend e set seria.

Ge: Na verdade, existem dois encontros, o primeiro acontece na quarta-feira, em Bruxelas, e o segundo no domingo, no festival. O encontro de quarta-feira é o primeiro contato entre muitos membros do grupo e é ótima a sensação de conhecer pessoalmente aquelas pessoas com quem interagimos por tanto tempo por WhatsApp. O encontro não tem horário definido, na medida em que o pessoal vai chegando no Bar em Bruxelas vamos conversando, nos conhecendo e interagindo. O segundo é o encontro para a foto oficial do Dreamers of Tomorrow e rola no domingo, as 16h, na plataforma da direita do Mainstage. Escolhemos esse horário por ser confortável para todos chegarem ao festival e buscado não ter conflitos com as apresentações dos DJs mais famosos, que geralmente acontecem mais tarde.

E também, como foi o seu preparativo antes do maior festival de e-music do mundo? Contando cada dia, cada segundo?

Ge: Eu estava trabalhando até a quarta-feira da primeira semana de festival. Eu tinha tantos compromissos acumulados que não tive muito tempo para curtir essa ansiedade, que só rolou mesmo na semana do evento. E como eu já estava na Alemanha a minha logística para chegar até Boom não era muito complicada. Então minha preparação não teve nada de muito especial. Espero ano que vem ter mais tempo livre nesse período pré Tomorrowland para aproveitar mais.

Dá pra ver claramente que mais de 150 brasileiros estavam presente no momento do Tomorrowmeeting, e diz aí, como foi unir todo esse povo?

Ge: Esse é sem dúvida o meu momento de maior satisfação em todo o festival! A sensação de estar realizando o meu sonho pessoal e de saber que a maioria das outras pessoas ali também está realizando o sonho de uma vida inteira é incrível! O número de pessoas também me surpreendeu bastante. Foi até difícil organizar todo mundo para a foto e tivemos dificuldade em conseguir alguma foto realmente boa, que enquadrasse todo mundo e também o palco em um bom ângulo. Logo após tirarmos a foto nós descemos em peso para o Mainstage durante o show do Quintino! Eu me lembro bem da reação do câmera que opera a grua que fica no Mainstage ao ver aquela quantidade de Brasileiros descendo o morro todos juntos. Ele olhou para trás, nos viu, e fez uma cara de certo espanto como que percebeu que realmente precisava filmar aquilo. Nossa galera apareceu no livestream e nos telões e até o Skazi nos viu foi lá tietar e postar no stories do Instagram! Hahaha. Nessa hora eu olhava pra alguns amigos e dizia “Deu certo! Conseguimos!” com um sorriso maior que boca. Hahaha. Foi uma alegria surreal!

E existe algum plano futuro para o grupo?

Rafa: Ano que vem será a edição histórica de 15 anos precisamos fazer algo especial! Nossa ideia é fazer uma bandeira e estamos tentando fechar um hostel/hotel em Boom ou algum local perto pra hospedar o pessoal do grupo que não quiser ficar no acampamento.
De uns tempos para cá surgiram novas demandas com relação ao grupo e estamos expandindo as mídias sociais, como nosso site, perfil no Instagram e a recém-criada página no Facebook. Assim ficará mais fácil para o pessoal do grupo se reconhecer e interagir. Além disso são maneiras de divulgar conteúdo para o pessoal que esteve conosco na Tomorrowland e que faz questão de continuar acompanhando, mas não estão mais nos grupos de Whatsapp.

E se vocês pudessem definir o que sentiram naquele momento, naquele festival, em uma palavra qual seria? E por quê?

Rafa: A sensação que sinto no Tomorrowland é única, chega a ser difícil até descrever.

Ge: Indescritível. Não dá para definir em palavras. A verdade é que se eu tentar falar realmente como me sinto sobre o Tomorrowland para alguém que nunca foi essa pessoa não vai entender e ainda vai achar que eu sou meio doido. Haha.

E se vocês como nós já querem fazer parte do Dreamers of Tomorrow e conhecerem melhor sobre o grupo, acompanhe nas redes sociais:
https://www.dreamersoftomorrow.com.br/
https://www.instagram.com/dreamers.of.tomorrow/
https://www.facebook.com/dreamers.of.tomorrowland/

Postagem por: Iane Souza.
Revisado e editado por: Amanda Nakao.