Por: Vinicius Pierozan e Amanda Nakao
Durante os dias 24, 25 e 26 de Março aconteceu o Lollapalooza Brasil, em Interlagos. Esta era uma edição muito importante para o festival, já que marcava a 10ª edição desde a inicial em 2012, e no meio de polêmicas e cancelamentos, podemos dizer que foi um sucesso.
Usando o mesmo layout dos palcos do ano anterior o evento contou com um grande retorno: a volta da água de graça! O festival contou com um recorde de público presente na sexta-feira com 103.350 pessoas, enquanto no sábado contamos com 98.500 pessoas e o domingo com 100.750 pessoas, totalizando mais de 300 mil pessoas que passaram pelo festival nesta edição.
Marcada por cancelamentos como Blink-182, (que está garantido na edição de 2024), Willow, Dominik Fike, Omar Apollo, 100 gecs, e por último um cancelamento que foi “positivo” para os fãs da eletrônica já que Drake cancelou e seu substituto foi ninguém menos do que Skrillex, marcando a primeira vez que um DJ fechou o palco principal do festival.
Neste ano, a casinha dos amantes de música eletrônica ganhou uma novidade: Perry’s by Johnnie Walker Blonde, destacando o novo rótulo da marca. Na ativação exclusiva no festival, era possível experimentar a bebida com uma mistura refrescante: refrigerante de limão e uma fatia de laranja.
Na Sexta-Feira o palco Perry, a casa da música eletrônica no Lollapalooza, teve a abertura comandada pelas mulheres, de Curol para Aline Rocha para Madds (ainda tocaram neste dia Devochka e Nora En Pure), as mulheres fizeram parte de 50% do line do palco nesta data. A polêmica do dia ficou pela presença do artista Pedro Sampaio no palco eletrônico, muitos reclamaram nas redes sociais, porém o show do DJ de Funk estava bem cheio. Fora do Palco Perry, tivemos a dupla Polo e Pan no palco Adidas, se apresentando com seu live-set que certamente foram um dos destaques da eletrônica nesta sexta, ao lado de John Summit (com quem fizemos uma entrevista, que você pode conferir clicando aqui) e Claptone que para mim fez um dos melhores sets do festival.
No sábado conseguimos chegar cedo e aproveitamos quase o dia completo no palco Perry, Valentina Luz foi a responsável pela abertura e infelizmente Melanie Ribbe não conseguiu comparecer ao evento. Às 13:30 voltamos ao techno com Binaryh, que fez um set voltado para o melódico e terminou com uma surpresa elegante tocando “I Want Your Soul – Armand Van Helden”. Após a dupla, foi a hora de D-Nox continuar com o show, com um set muito dançante, o Alemão mais brasileiro deste país fez eu esquecer o Sol (ainda bem que me hidratei bastante com as águas, obrigado Bradesco!).
Eli Iwasa estreou o seu novo projeto, o show audiovisual RE.SOURCE, o elemento escolhido para esta edição foi Água, e destaque para as faixas “Opus” e um grande edit de “Rebukke – Along Came Polly”. Almanac, Liu e Mochakk foram os responsáveis pelo Tech House do dia, com uma pista cheia e um público muito animado, os brasileiros não decepcionaram e botaram o povo para dançar.
Sofi Tukker tocou no Palco Adidas, embora o som do palco estivesse baixo, o duo trouxe um grande público para o show e entregou um show muito animado, principalmente em seus grandes hits como “Drinkee”, “Best Friend” e “Purple Hat”.
O destaque da noite de sábado ficou para Purple Disco Machine, o show contou com a participações de 4 dançarinos, que interagiam a todo momento com o público. Transitando por seus hits do seu último álbum de estúdio Exótica (2021) e atuais lançamentos como “Substitution” em colaboração com Kungs, remix oficial de “About Damn Time” de Lizzo e também músicas clássicas como “One More Time” do Daft Punk, Purple Disco Machine deu um show de efeitos especiais com muito flame, confetes e co2. Um resumo do que define bem o set do Tino é: impossível ficar parado! Foi um repertório muito redondo e dançante.
Jamie XX foi o responsável por encerrar o palco Perry de sábado, o DJ e produtor britânico que já havia se apresentado em São Paulo, na noite anterior, trouxe um repertório parecido, mas cheio de efeitos.
Com sua vasta pesquisa musical e uma bagagem absurda de técnicas e mixagens, o set do Jamie XX é um dos sets que faz você ter uma viagem transcendente do começo ao fim – até nos momentos que ele mixava músicas com vocais em português, tocando até Tom Zé.
Para quem o assistiu na noite anterior não reclamou de nada, só teve o que agradecer por poder vivenciar e escutar algumas tracks unreleased novamente. O único defeito do set é não ter ele no YouTube ainda para poder vivenciar novamente pois, para quem gosta de produção musical, foi uma verdadeira aula.
No domingo, tivemos a mudança do horário de Fred Again.. que antes tocaria no sábado e acabou indo para o domingo. Apesar de não ter rolado nenhum anúncio do motivo de alteração de data da apresentação, o motivo foi a logística de equipamentos do live set do artista. A grande surpresa do dia foi o anúncio do cancelamento de Drake e a presença do ilustre ganhador de 6 grammys, Sonny Moore, o famoso Skrillex.
Carol Seubert, Camila Brunetta, Deekapz, Carola, Santti, Rooftime, Dubdogz vs KVSH, Fred Again.., Alison Wonderland e Armin van Buuren foram os responsáveis pelo Palco Perry no domingo. Os destaques do dia ficam para o duo Dubdogz e KVSH que trouxeram uma multidão para o palco Perry e fizeram um set recheado de mashups com vários hinos do EDM, e para Fred Again.. que sem dúvidas foi um dos nomes mais esperados do Lollapalooza Brasil, ainda mais após hype com B2B icônicos com Skrillex e Four Tet. Com a expectativa de rolar um show solo juntamente com o Skrillex, a apresentação de Fred Again.. foi recheada de expectativas do começo ao fim – e acredite, ele superou TODAS elas.
Abrindo o set com “Kyle (I found you)” com direito ao próprio Fred cantando ao vivo, o set trouxe uma atmosfera bem especial e única. Talentoso, carismático e emocionado, Fred Again.. entregou um live-set que definitivamente merece todo o destaque daquela noite de domingo.
As palavras de “quem sabe faz ao vivo” nunca se encaixou tão bem com as mixagens e vocais de Fred. Desde mensagens agradecendo por estar lá, câmera ao vivo transmitindo o público no telão com seu filtro icônico de suas capas dos álbuns, o artista se mostrou muito emocionado por estar lá e horas após seu set, anunciou um after party de última hora na mesma noite para seus fãs, com um DJ set bem intimista no estilo Boiler Room.
Os responsáveis pelo encerramento de domingo foram Armin van Buuren no palco perry e Skrillex no palco Budweiser. Com diversas passagens recentes pelo Brasil, Armin trouxe novamente uma legião de fãs que foram fieis ao neerlandês e manteram o palco cheio enquanto o DJ transitava entre trance, edm um pouco de techno e até mesmo hardstyle.
E Skrillex, que retornou para terras Brasileiras após 9 anos de sua última passagem, não decepcionou e fez um set que teve um pouco de tudo. Seu clássico dubstep com singles como “Bangarang” , “Cinema” e “First of the Year”, tracks de seus novos EP’S como “Inhale Exhale”, “Ratata”, “Rumble” e “Leave me Like This” e também não poderia faltar seus incríveis mashups com funk, provando o quanto Sonny ama o Brasil.
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