Minas Gerais é um polo musical no país, e não é de hoje. Sua história vem lá do Clube da Esquina e seus integrantes que trouxeram uma nova forma de fazer, falar e sentir a música. Com o passar dos anos, novos gêneros musicais foram despontando no estado, indo além da música instrumental, e abrindo horizontes para o rap, hip & hop, funk e a música eletrônica.
“Minas Gerais está sendo um grande expoente não só na música eletrônica, mas, na música em geral. Tem muita gente boa aqui, parece até que tem magia no pão de queijo [rs]”, se diverte Guido Santana, um desses expoentes ao lado de Matheus Ballesteros (Ostra), do The Otherz.
Mas, o som desse sotaque mineiro tem só batidas eletrônicas? “Tem gente foda em todos os gêneros aqui. Falando de música eletrônica, temos desde o Anderson Noise das antigas até a geração de hoje, e seria injusto não citarmos todos. Nos outros gêneros temos Skank, Jota Quest, Lagum, Djonga, uma galera pesada do rap e do funk também”, destaca o The Otherz. Um estado com sotaque poliglota!
O duo faz parte de uma geração talentosa de DJs e produtores mineiros que deixam claro que Minas não tem mar, mas, tem música eletrônica, e para todos os gostos. “É difícil falar um diferencial dos mineiros, mas, acho que a tranquilidade para criar pode ser um deles, sem falar na união dos artistas. O mineiro é muito acolhedor, a gente está sempre se ajudando, colaborando nas produções e, também, inspirando novos talentos”, completa Ostra.
E foi assim que eles se uniram a um projeto que também coloca “uai” às suas conversas. “Hoje é incontável o número de sucessos que temos em Minas. Nós vemos semanalmente artistas mineiros lançando nas maiores gravadoras do mundo e tendo suportes dos maiores DJs. Com certeza, nosso estado é o que mais exporta música eletrônica no Brasil”, pontua o projeto Almanac, formado por Lester e Dave.
Ao lado do duo de Lagoa da Prata, os belo-horizontinos do The Otherz lançam “Big Spender”, pela HUB Records. “Nós já tínhamos ouvido muitas coisas deles e sabíamos da qualidade do som. Todas as músicas sempre bateram muito e tiveram vários suportes, então, quando eles vieram com a ideia da ‘Big Spender’ já estávamos querendo fazer alguma parada juntos”, revela a dupla.
Logo de cara, o que marca a nova faixa é o sample clássico dos anos 60. “É um sample de Shirley Bassey. Eu curto muito escutar referências mais antigas, fora que faltava uma versão eletrônica desse vocal. Tem uma muito massa do ASAp Rocky de hip hop que explodiu”, explica Guido.
Sem muitos elementos mirabolantes, a faixa dá destaque ao sample e drops mais quentes, com o bass rasgado do Almanac e uma estrutura de resposta, breaks e build ups mais melódicos e surpresas do The Otherz. “O Almanac e o The Otherz são projetos que têm estilos distintos dentro da música eletrônica, o que proporcionou uma mistura única. A ‘Big Spender’ tem um vocal muito marcante que, com certeza, não vai sair da sua cabeça!”, já avisa Lester.
Agora, imagina essa faixa na pista? Alerta gatilho! “A galera vai se familiarizar com o vocal, fora que o drop está bem pista. Vai ter uma galera mandando sarrinho”, afirma o The Otherz. Já o Almanac, se pudesse testar agora a track em uma pista, pegaria um voo direto para o Rio de Janeiro. “Estamos apaixonados por aquela cidade e todos os dias a gente tem vontade de voltar pra lá [rs]”.
E tem spoiler para quem chegou até o final desse papo com os DJs e produtores! Em breve, será disponibilizado um visualizer (clipe digital), com a letra da faixa. “Esperamos que a galera goste. Estamos fazendo muito carinho”, finaliza Guido e Ostra.
Dê o play em “Big Spender”, dance como quiser ou lance um sarrinho, aprecie esse sotaque eletrônico de Minas e, o principal, divirta-se!
