Após uma longa espera voltamos a Pedreira Paulo Leminski na capital paranaense para prestigiar uma combinação entre boa música, cenografia e natureza.
O Warung Day Festival que já se tornou uma tradição para a grande Curitiba aconteceu no último sábado (13/04) e além atrair os fiéis do templo também conseguiu agradar aqueles que ainda não conheciam o conceito do Clube. Essa 6ª edição contou com mais de 10 horas de duração, tendo inicio as 12h e terminando as 01h de domingo.
Chegamos ao evento por voltas das 15h, nesse meio tempo Danee & Edu Schawartz davam inicio as atividades no Warung Stage, já no palco Pedreira, Eli Iwasa anestesiava o pistão enquanto Phill Mill & Barbara Boeing começavam no Garden Stage.
Em seguida o residente do templo, Albuquerque, entrou em cena e rapidamente conseguiu atrair um grande público para o Pedreira Stage, o curitibano trouxe um set pouco semelhante ao B2B com o parceiro Traffic Jam apresentado no Warung Beach Club a uns meses atrás, começou em uma linha baixa e foi levando a um ritmo progressivo mais dançante, o que casou bem com o entardecer visto da pedreira passando aquele feeling maravilhoso de se viver.
Após uma indecisão entre Lee Foss & Anabel e Renato Ratier, preferimos continuar no Pedreira para conferir a apresentação do ”Pai”. Ratier entrou as 17h trazendo uma mescla entre house/techno e conseguiu manter a pista já no alto nível que se encontrava, entregando a responsa para ninguém menos que os espanhóis Pig&Dan, o que podemos considerar como uma das melhores apresentações da noite. O duo transmitiu um live de arrepiar, era techno em cima de techno, sem descanso e sem pausa!
Enquanto isso, no Garden Stage se passou o emblemático Gui Boratto na sequência o gringo Gerd Janson que dispensou comentários sobre a sua estréia no festival, envolvendo toda a referência e cultura do house somada a disco music.
Já se aproximava das 20h30 e a expectativa para ver Oliver Koletzki era alta, chegando ao Warung Stage percebemos que o som não ”desenvolvia”, foi bem diferente em relação ao que ouvimos nos sets já gravados pelo alemão, contou sim com uma boa mixagem porém foi um set razoável que parece não ter entregado o que o público esperava.
Voltamos ao Garden Stage e lá outro alemão começava os trabalhos, DJ Koze iniciou numa pegada lenta e foi acelerando durante o set, em meio a viagem pouco melódica conseguimos reconhecer a próxima track que estava vindo, a clássica ”What to Do” de Guy Gerber, acertou na mosca e fez a galera cantar junto, podemos somar como um dos momentos inesquecíveis do festival.
Após passar uma aulinha a queridíssimo e deusa do techno ANNA preparava o terreno para o DJ e Produtor Rodhad Dystopian que ficou responsável pela finaleira no Pedreira Stage, em pouco mais de duas horas Rodhad mostrou o por que é um dos nomes de mais referência na cena do Techno atualmente. O alemão tocou uma longa sessão de batidas repetidas, lembrando bem o verdadeiro techno de Berlim, sem muito vocal, sem muita melodia, um som incansável, sem dúvidas se destacou como o melhor nome do festival.
Nesta 6ª edição uma das mudanças mais que significativas foram feitas no Warung Stage, trouxeram uma tenda com um vão livre dando maior visibilidade para o palco principal. Além disso quem comprou o ingresso VIP/backstage tinha um fácil acesso aos 3 palcos simultâneos por uma conexão exclusiva, evitando o alto fluxo dos acessos principais. Resumindo, podemos afirmar que foi tudo bem planejado, mesmo com um grande número de pessoas não vimos problemas com filas gigantescas em caixas, bares, banheiros e praça de alimentação.
Acompanhamos as três últimas edições do evento, e como conclusão podemos afirmar que o festival sobe um degrau a cada ano, sempre melhorando pontos que realmente fazem a diferença para o público.