Depois de todos os contra tempos finalmente rolou o Ultra Brasil 2016 e já começo a vocês dizendo que nossa avaliação do evento foi super positiva. O local do mainstage ficou excelente, cabia um grande número de pessoas e tinha muito espaço, o único ponto negativo era um bar bem no meio da pista, o que atrapalhava um pouco a mudança de lado.
No início da festa no primeiro dia pudemos presenciar grandes filas logo cedo, que duraram boa parte da noite, quem entrou cedo carregou seu cartão no sistema “CASHLESS” com bastante facilidade e pode usá-lo por toda a noite, os preços do evento estavam justos, com exceção da água de 300ml que custava 8$ (uma água de 500ml na Tomorrowland Brasil custava algo em torno de $6,25), havia também um bebedouro para encher as garrafas de água, mas muita gente não estava afim de encarar mais uma fila.
Sobre os palcos menores, o Resistance contou com uma belíssima estrutura, num lugar excelente, com boa estrutra de banheiro e bares ao seu redor, o UMF Radio deixou a desejar em estrutura e contava com um visual um pouco feio em seu entorno, mas nada que o som extremamente potente do Stage não pudesse compensar, aliás esse foi um ponto muito positivo do evento, em todos os stages o som era excelente, não deixando nem um pouco a desejar.
As atrações do primeiro dia foram destruidoras, pude acompanhar um pouco de Tomas Heredia no palco UMF Radio, o novato argentino mostrou que já é um nome consagrado no trance e agradou muito o público, FTampa no mainstage inovou o seu set, superando suas apresentações na Tomorrowland Brasil e na Laroc desse ano. O duo argentino Heatbeat (foto) fez um set destruidor e com certeza levou os fãs do trance a loucura, uma das melhores apresentações do primeiro dia, ao mesmo tempo Jauz se apresentava no mainstage, o DJ foi extremamente elogiado pelo público. Cosmic Gate emocionou no UMF Radio, no mainstage Krewella deixou muito a desejar no seu set live e não superou pelo menos as minhas expectativas. Carnage entrou arrasador e colocou o mainstage abaixo, abusou do hardstyle, do trap, dubstep e até do psytrance. O set de Above & Beyond serviu para acalmar todo mundo após Carnage, os DJs emocionaram demais o público com seu trance melódico e suas frases inspiradoras, realmente um dos shows mais lindos da noite. DJ Snake abusou do trap e surpreendeu a todos com um set muito bom. Garrix fechou a primeira noite com chave de ouro, deu uma aula no palco do Ultra Brasil, nada além do que já era esperado do garoto prodígio.
No segundo dia para quem chegou cedo a entrada foi extremamente tranquila, ao final da tarde a chegada já foi mais complexa devido ao maior número de pessoas que resolveu descansar um pouco mais para o segundo dia de festa. Acompanhamos o set do argentino Chris Schweizer no mainstage, apesar de tocar cedo, o argentino não perdoou no trance pesadíssimo e ajudou a lotar a pista do stage, seguido por Felguk que tocou um set de electro e agradou bastante a todos. Voltamos ao mainstage para a apresentação do brasileiros do Tropkillaz, o set foi muito bom, abusando do trap e dubstep, talvez no final exagerando um pouquinho no funk. Sunnery James & Ryan Marciano assumiram o mainstage e fizeram uma das melhores apresentações da noite, os holandeses rechearam seu set com muito groove e muito house, era impossível ficar parado. Dash Berlin surpreendeu a todos abrindo sua apresentação com o clássico de trance “Silence”, o DJ abusou das melodias e emocionou bastante o público. O americano Steve Aoki também foi responsável por uma ótima apresentação, como de costume interagiu bastante com o público e fez uma bela bagunça no mainstage, deixou a pista preparada para a principal atração da noite, o holândes Hardwell, o DJ fez um set bastante parecido com sua apresentação do Ultra Europa, tocou seus principais drops e fez a galera sair muito do show, fechou sua apresentação com a música “Michael Douglas” de João Brasil, não acho que errou em ter tocado, mas acredito que errou em fechar o set com ela.
O evento realmente superou as expectativas de todos e agora esperamos pelo próximo Ultra Brasil, no ano que vem. Algumas coisas precisam ser melhoradas, mas o evento também contou com muitos pontos positivos. Então até breve Ultra Brasil, te esperamos em 2017!