Só Track Boa São Paulo recebe 35 mil pessoas e faz história!

Após dois anos de espera, o festival Só Track Boa retornou a São Paulo em grande estilo. Além de muita música boa, o evento recebeu cerca de 35 mil pessoas e contou com diversas atrações, show de drones e fogos de artifício.

Hoje, falaremos sobre a experiência proporcionada pelo festival Só Track Boa São Paulo no último final de semana, realizado em colaboração com a empresa Entourage. Este review irá focar no festival em si, não falaremos das festas pré-party e after porque não tivemos acesso e por isso, não iremos nos aprofundar nas outras duas festas.

Organização e estrutura

Em termos de organização e estrutura, a organização mandou bem na escolha do local. O Autódromo de Interlagos já recebeu grandes eventos anteriormente e se mostrou uma escolha assertiva em termos de espaço, afinal, a expectativa inicial de público era de 35 mil pessoas e os ingressos esgotaram dias antes da data.

Mesmo com o grande espaço, a pista do palco Só Track Boa Stage estava completamente cheia, independente do artista que estava tocando era difícil se locomover de um lado para o outro.

Próximo a pista principal, estava a loja oficial do evento, com diversos produtos oficiais, como copos, roupas, itens e acessórios do festival. Além da chapelaria, que com a quantidade de público e falta de organização ficou sobrecarregada logo no início da noite, sem sacos para guardar novos itens e com diversos sacos já utilizados no chão. Pensando na quantidade de público, a organização poderia ter pensado em uma estrutura melhor para a chapelaria, com nichos e maior quantidade de funcionários ou uma chapelaria para cada palco, dividindo os itens em dois locais, facilitando o manuseio dos itens.

Além dos problemas enfrentados com a chapelaria, mesmo com banheiros divididos em quatro locais, o festival teve problema de organização e fiscalização dos mesmos, especialmente, do banheiro entre os palcos. Sem a fiscalização necessária, homens e mulheres estavam utilizando os banheiros químicos uns dos outros, para cortar fila e ir mais rápido. Como se não bastasse, alguns mal educados formavam filas e já urinavam no corredor dos banheiros.

Já sobre as áreas de descanso, haviam muitos assentos e redes espalhadas pelo local, mas com a quantidade de público, os espaços logo foram tomados e a grande parte da galera teve que sentar no morrinho ao lado da área de descanso durante o festival.

Bares e praça de alimentação

Neste quesito, o festival se comportou muito bem, com uma praça de alimentação repleta de opções, tinha literalmente de tudo, inclusive, comida japonesa. Já em termos de bares, bem espaçosos e com muitos atendentes no local, não tivemos nenhum problema em pegar comes e bebes nos locais.

Praça de alimentação da Só Track Boa São Paulo. Foto: Filipe Miranda.

Detalhes e decoração

É inegável que o festival estava muito bonito e bem decorado, havia diversos pontos legais para tirar uma foto e postar nas redes sociais. O mais bonito deles, com certeza, era a roda gigante com leds, que ficava ao lado da praça de alimentação, um dos pontos preferidos das galera para aquela foto especial. Entre os palcos Só Track Boa Stage e Garden 2.0, havia uma ativação de foto 3D, que mostramos nos stories do perfil da WiR no Instagram, um local muito legal e bem projetado para fotos sozinho ou em grupo; locais com fitas de leds coloridas, para aquela foto diferentona; além do painel com luzes vermelhas, com a frase “Love Is Back”.

Roda gigante da Só Trac Boa São Paulo 2022. Foto: Filipe Miranda.

Palcos Só Track Boa Stage e Garden 2.0

Passando para os palcos, o que dizer sobre os dois? O palco Só Track Boa Stage estava simplesmente inacreditável. Nós já havíamos visto ele durante outras edições do festival pelo Brasil, mas pessoalmente, ele é ainda mais bonito. Com diversos painéis de led, que mudavam as cores e as animações; show de fogos de artifício; show de drones; e, enormes chamas que saíam do topo do palco, o público ficou hipnotizado durante os sets de alguns artistas. Calma, já iremos trazer os sets destaques do festival, mas antes, precisamos mencionar a beleza do palco Garden 2.0.

Palco Só Track Boa Stage durante o Só Track Boa São Paulo. Foto: Thiago Xavier.

Com um ambiente cheio de painéis de led, com plantas no teto e ao redor dos artistas, esse palco também trouxe uma energia surreal durante o festival. Além de trazer outras sonoridades e a grande parte dos artistas internacionais, esta segunda pista estava mais tranquila, com espaço para transitar com tranquilidade.

Palco Garden 2.0 durante a apresentação da Korolova. Foto: Vitor Gianluca.

Destaques da noite

Korolova

Iniciando a nossa categoria de destaques do festival, é impossível não ressaltar a apresentação feita pela ucraniana Korolova. A artista estreou muito bem na capital paulista, com muito Melodic House no início e depois com diversas tracks de Melodic Techno. Korolova emocionou a galera com um remix de “Forever Young”, da banda Alphaville; e, no decorrer da apresentação, aumentou os bpm’s com músicas como “The Feeling”, de Massano; “Consciousness”, de Anyma e Chris Avantgarde. A artista foi abraçada pelo público que não parou de aplaudir o set em nenhum momento.

FractaLL x Rocksted

Após o set da Korolova, FractaLL e Rocksted assumiram as pick ups e trouxeram duas sonoridades diferentes para a pista. Como de costume, FractaLL esquentou a pista com muito House Music e Rocksted complementou com um estilo de Progressive House. Com muitas apresentações coletivas, o entrosamento entre os dois era nítido e as faixas tocadas casaram com um público animado e caloroso, que não parou de dançar por um segundo.

Kasablanca

Seguindo no Garden 2.0, o duo Kasablanca foi simplesmente incrível. Uma apresentação única e de tirar o fôlego, com efeitos visuais, muita presença de palco e sincronia, os DJs trouxeram o melhor do melódico e do progressivo, com vocais ao vivo. Dentre as músicas tocadas, alguns sucessos próprios, como “Run”, “Hold Me Close” e “Can You Hear Me Now?”. Sem sombra de dúvidas, uma apresentação memorável!

Eli Brown

Finalizando os destaques do Garden 2.0, Eli Brown veio com tudo e trouxe um tech house mais intenso, cheio de kicks e batidas que animavam o público. Seguindo as diversas apresentações do palco Garden 2.0, Brown manteve a pista animada e eufórica durante toda a apresentação, demonstrando que além de ótimo produtor, é um DJ muito talentoso.

Carola

Cotada como uma das maiores promessas da cena brasileira, Carola trouxe muita energia durante o set que tocou no Só Track Boa Stage. Carola conquistou o público com um set cheio de sonoridades de House Music. Vivendo uma grande ascensão, a gaúcha já fez duas apresentações pelo festival e está indo para a terceira, na Só Track Boa Belo Horizonte, no dia 4 de junho.

Vintage Culture

Agora, é a vez dele. Após tocar na pré-party e ter três sets diferentes no decorrer do festival, como não colocá-lo nesta lista? Muitos foram ao evento só para ver Vintage Culture, que vive um momento especial na carreira artística, com um set recente para o label francês Cercle, no Rio de Janeiro; com o convite para a turnê mundial do Swedish House Mafia; além claro, da confirmação dele na maior edição da Tomorrowland. Vintage com certeza era um dos nomes mais fortes de todo o evento e fez jus ao nome que carrega.

Primeiro, começou tocando ao lado de Meca, no Garden 2.0. Após esse início especial de evento, ele migrou para o palco Só Track Boa Stage, onde tocou pela primeira vez no final da noite e finalizou o evento com um morning set pra lá de especial. Vintage mandou muito bem em todas as apresentações, com muitos sucessos conhecidos pelo público que cantou cada música do artista. Além de muita música boa, o set de Vintage contou com um show especial de drones no céu e trouxe uma experiência inédita ao público que acompanhava a apresentação.

Conclusão

A Só Track Boa estava muito bonita e entregou uma experiência satisfatória no geral. Em termos de música, foi sim um grande evento e trouxe muitos artistas talentosos para a capital paulista, como vocês puderam acompanhar ao longo dos destaques do nosso review. Com um público total de 35 mil pessoas, as falhas em termos de estrutura se tornam aprendizados e ideias a serem pensadas para as próximas edições do festival.

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Vitor Gianluca tem 26 anos e é formado em Comunicação Social - Jornalismo, pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), desde 2020. Curte um Techno Melódico e escreve para a WiR há mais de dois anos.