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quarta-feira, julho 9, 2025

Em entrevista, Bob Moses anuncia novo álbum para este ano!

O duo canadense formado por Tom Howie e Jimmy Vallance, mais conhecidos como Bob Moses, esteve em uma mini tournê no Brasil no início do mês, para apresentações em São Paulo, na edição de 10 anos da Só Track Boa, e em Itajaí, para uma apresentação na jornada final da Warung Beach Club

Em entrevista exclusiva, Tom e Jimmy nos contaram um pouco sobre a expectativa em se apresentar pela primeira vez na Só Track Boa, sobre as suas influências atuais, planos para o futuro e muito mais, além de confirmarem o lançamento do seu novo álbum ainda para esse ano!

Bob Moses possui 3 álbuns já lançados, Days Gone By (2015), Battle Lines (2018) e The Silence in Between (2022), incluindo diversos hits de sucesso como Desire, Enough To Belive, Back Down, Listen To Me e Tearing Me Up, indicado ao Grammy em 2015, saindo vencedor na categoria Best Remixed Recording, Non-Classical.

Confira a entrevista completa a seguir:

Martini: Oi, pessoal, prazer em conhecê-los! Obrigado por receberem a gente da Wonderland In Rave, é um prazer estar com vocês aqui, obrigado! A primeira coisa que gostaria de perguntar é: essa é a primeira vez de vocês tocando no Só Track Boa. Quais são as expectativas… Vocês já tinham ouvido falar do festival?

Jimmy: Sim, claro! O Vintage Culture, que organiza o festival… a gente já conhece ele há um tempo, ele fez um remix nosso… o Lukas… e é realmente incrível estar aqui e fazer parte de algo que ele também faz parte… Fizemos a passagem de som mais cedo e o festival parece incrível, sabe? O espaço e tudo mais, então estamos animados.

Tom: O palco é muito legal!

Martini: Uma das coisas que queria perguntar é que, como o Vintage Culture é um dos criadores do festival, vocês já pensaram em fazer um festival próprio? Já fizeram isso antes? Ou pensam em fazer algo assim no futuro?

Tom: A gente já fez uma festa com a nossa marca, na verdade fizemos duas… como era o nome mesmo… eu esqueci… Inner City. Isso, fizemos duas, brincamos um pouco com isso… antes da COVID, estávamos fazendo algumas, e aí veio a pandemia e não fizemos mais. Mas sim, acho que é uma parte importante… seja um festival, como o Paradise do Jamie Jones, ou o All Day I Dream, ou outras festas com conceito próprio… Criar esse tipo de ambiente, que vai além de uma única apresentação, faz parte da cultura da música eletrônica. Então a gente sempre pensou nisso.

Jimmy: Nos sempre sonhamos em fazer algo na nossa cidade natal, Vancouver, porque lá não tem muitos festivais. E como somos de lá, seria muito legal fazer algo nessa escala por lá, seria um sonho, sabe? Gostamos da ideia, mas a vida é corrida…

Martini: Falando sobre ter um festival próprio… vocês também tocam como banda. Como está a banda? Vocês pensam em misturar os dois estilos, tipo o Bob Moses como banda junto com o set de clube? Curtiriam essa mistura?

Jimmy: A gente sempre alternou, sabe? Tivemos um show com a banda esse ano, vamos lançar um álbum em breve, então ano que vem teremos uma grande turnê. Temos um show em San Francisco num festival chamado Portola. Mas sempre fizemos esse equilíbrio entre set de clube e show com banda, e é muito importante pra gente manter um pé na cultura da música eletrônica, porque é de onde viemos. Mas também é ótimo poder produzir um show com mais performance com a banda, com mais estrutura.

Tom: A gente tem muita sorte de poder fazer os dois. Acho que isso é uma parte fundamental do projeto Bob Moses. Então, se um dia fizermos um festival, faria todo sentido incluir isso no line-up.

Martini: Falando da banda e do som de vocês… hoje vocês acham que têm mais influência do formato banda ou da música eletrônica? Como vocês veem isso hoje?

Jimmy: A gente escuta de tudo, mesmo. Acho que essa é a principal questão, ouvir novas músicas. Somos inspirados por tudo, desde as coisas mais tranquilas até as mais agitadas e eletrônicas. A gente realmente escuta de tudo. E você acaba sendo naturalmente influenciado por tudo que ouve, por onde passa. Escrever música tem muito a ver com o subconsciente, às vezes nem sabemos de onde vêm as ideias. Então, quanto mais você absorve, mais referências você tem pra criar. Então, é um pouco de tudo.

Martini: Isso é ótimo, porque a gente queria saber justamente isso… vocês estão ouvindo e fazendo muitas coisas, mas agora contem pra gente: tem um álbum vindo aí? O que vocês podem nos dizer sobre isso?

Tom: Sim! Acabamos de lançar um single essa semana. Vai ter um álbum novo este ano e vamos lançar várias músicas ao longo do próximo ano e um pouco além. Tem muita coisa vindo aí.

Martini: Então esse ano a gente pode esperar um álbum novo?

Jimmy: Ah sim, com certeza! A gente tem trabalhado duro nos últimos anos, e ainda estamos nesse ritmo criativo muito bom, então queremos continuar nesse fluxo, sabe?

Martini: Vocês podem contar algo sobre o estilo, as influências do álbum?

Jimmy: Tem tudo aquilo que a gente falou, um pouco de indie, rock, dance… cobrimos vários estilos, mas continua soando muito Bob Moses.

Martini: E sobre o single que saiu ontem, certo? Foram duas músicas, na verdade… Vocês podem contar sobre a criação das primeiras duas músicas?

Tom: Lançamos duas músicas até agora. A que saiu ontem se chama Waiting on the World. A gente escreveu em Los Angeles com nosso amigo Carlo, o nome artístico dele é IllAngelo. Estávamos tentando trabalhar com ele há um tempo, e finalmente marcamos uma sessão em um estúdio que gostamos muito em LA… Pois eu moro lá e o Jimmy em Nova Iorque. É um estúdio pequeno, tem uma sala de controle é do tamanhos desta sala e outra que é tipo uma sala ao vivo com piano, bateria… Trabalhamos lá por um dia, ele nos mostrou uns softwares novos de música que estava testando e a ideia simplesmente surgiu. Depois cada um trabalhou um pouco separado, e depois voltamos juntos alguns meses depois pra finalizar. Foi uma daquelas músicas que simplesmente fluem, sabe?

Martini: Que legal! No Brasil, vocês já tocaram em lugares incríveis… praias maravilhosas, grandes festivais, clubs incríveis. Tem algum show especial que foi marcante pra vocês? Um que tenha sido especial?

Jimmy: O primeiro que vem à cabeça foi bem no início da carreira, quando ainda estávamos começando. Tocamos no Warung, que inclusive vamos tocar de novo… Tocamos no segundo palco, o ao ar livre, o antigo, não o novo. Tínhamos acabado de lançar nosso primeiro álbum, alguns EPs… e todo mundo estava cantando nossas músicas. Foi aquele momento de “uau, isso está realmente acontecendo”, sabe? Foi muito especial ver que pessoas do outro lado do mundo, no Brasil, entendiam nossa música. Foi muito acolhedor, gratificante. Desde então temos uma relação longa e boa com o Brasil. Agora já começa a parecer uma segunda casa toda vez que voltamos. É incrível, e esperamos continuar vindo pelos próximos dez anos, sabe?

Martini: Pra encerrar, queria saber se vocês querem mandar uma mensagem para os fãs brasileiros. Alguma coisa especial?

Tom: A gente ama estar aqui. Sempre nos sentimos muito bem recebidos pelos fãs. Estamos empolgados por estar de volta, Só Track Boa vai ser demais!

Jimmy: Sempre recebemos aquelas mensagens “vem pro Brasil, vem pro Brasil!”… pois é, estamos aqui! Se você não veio, a culpa é sua que perdeu!

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