Entrevistamos Valentina Luz e Paulete Lindacelva: As residentes da Mamba Negra

Entrevistamos as residentes, Valentina Luz e Paulete Lindacelva, que tocaram no showcase da Mamba Negra junto com a Cashu.

A Mamba Negra completou 10 anos e é conhecida por ser uma das maiores festas independentes do Cenário Underground de São Paulo. Com a criação da Gravadora MAMBArecords o coletivo se tornou talvez o principal nome para DJ ‘s e cultura clubber na comunidade LGBTQIA+.

WIR: Boa noite, tudo bom ? Estamos aqui com Valentina Luz e Paulete Lindacelva. Gente, queria perguntar pra vocês primeiro como é que tá a ansiedade pra subir nesse palco que está lindo hoje, né? E se apresentar com uma formação tão especial.

Valentina Luz: É, muito especial. Eu sempre tive vontade de tocar com a Paulete, a ansiedade ta a mil, porque é realmente a primeira vez oficial, em um festival tão grande, uma estrutura tão bonita, o palco tá lindo, eu tô bem animada. Agora vai dando aquele quentinho, o suadouro do nervoso.

Paulete Lindacelva: Ai! Uma delícia! Acho que de fato a ansiedade já é quase uma coisa que integra o momento assim, é impossível não ter. Acho que o festival toma já em sua primeira edição um lugar muito especial como um dos maiores, como um dos mais importantes e também tocando com a cabeça da Mamba Negra e com a melhor DJ, né? Eleita pelo WME que é a Valentina Luz, então, óbvio, é uma responsabilidade, mas é uma delícia, tô feliz, muito contente, acho que é sobre isso.

WIR: E assim, a Paulete acabou de fazer uma turnê que passou pela Argentina, a Valentina acostumada com grandes festivais, mas hoje vocês representam a Mamba, né? Que tem um papel social muito grande na nossa cena. Então hoje tem um gostinho especial?

Paulete Lindacelva: Com certeza, acho que obviamente, né? É uma pluralidade muito grande, então a gente não fala por todo mundo, mas falando por esse movimento que é a Mamba Negra e pelas figuras que integram o coletivo, é óbvio, há uma responsabilidade, mas a alegria ela sobrepassa essa responsabilidade porque é um bem comum, é algo que é compartilhado, né? E de novo, né? Compartilhando o palco com a cabeça da manga negra e com uma outra figura que é emblemática, com um pequeno tempo de atuação como DJ já tem, o prêmio de melhor DJ que é a Valentina. Então, obviamente bate aquela alegria, aquela ansiedade, mas isso fica brando diante de tudo eh quanto é felicidade e as delícias que envolvem essa troca com o público, né? E com as pessoas que integram o coletivo.

Valentina Luz: Sim, eu sempre tive muito orgulho assim de fazer parte da mamba como residente e sempre quando rola essas oportunidades assim com o coletivo, a gente vê a importância dele, né? E eu acho que todos os artistas do coletivo acabam tendo a oportunidade e eu fiquei muito feliz que a gente conseguiu tá junta, trazer isso nós três sabe? Então, tipo, acho que a galera do coletivo todo, deve tá muito feliz até porque hoje a Mamba é uma festa tão grandiosa, sabe? E poder mostrar isso pro mundo é muito legal, porque isso também traz oportunidade para outras que estão iniciando agora.

WIR: E assim, eu estive aqui os outros dias também, né? Mas eu vou dizer pra vocês que esse backstage hoje é a coisa mais animada que eu já vi, porque parece que tá todo mundo em família, né? Badsista, Malka e vênus tocando agora parece que está todo mundo entre amigos aqui hoje, né?

Valentina Luz: Demais, é sempre bom estar com amigos, então tá realmente esse clima, eu já fiz Rock in Rio também, então tem uma galera do Rio da produção que já tava lá então acaba tendo aquela resenha, e acaba até tirando um pouco do nervosismo, sabia? Tá ali conversando, socializando, eu acho que isso isso é muito legal, hoje tá lindo mesmo, curadoria impecável

Paulete Lindacelva: Alegria é isso, tamo em casa, acho que é isso, ver Badsista concretizando sonhos, né? Ainda mais com Marina Lima, a gente tá quase dividindo camarim e ter trocado, tá trocando com essa galera, com certeza pra mim também é um só sonho né? Como uma jovem travesti que eu vi a Marina Lima em casa, junto com a minha mãe, junto com meu pai, consegui trocar, vê-la, né? E ver minhas amigas, meus amigos no palco, junto com a Marina, que é uma referência pra gente, né? Para além do pop, para além das questões de identidade, né? Enfim, enquanto comunidade LGBT, óbvio, é incrível, é marcante, é delicioso, é Inenarrável.

WIR: Meninas, muito obrigado pela oportunidade, até a próxima e vejo vocês na pista!

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