Não é de hoje que muitos DJs estão incorporando outros segmentos musicais em suas apresentações. Axwell /\ Ingrosso na Tomorrowland Brasil, por exemplo, tocaram os hits “Balada“, de Federico Scavo, e “Tá Tranquio, Tá Favorável“, do MC Bin Laden, fato que também foi repetido por Romeo Blanco. Outros grandes DJs também já incorporaram músicas brasileiras em seus sets, como Hardwell (que recentemente lançou seu remix de Baile de Favela), David Guetta, Skrillex e Diplo (Lollapalooza Brasil que o diga) e o já “abrasileirado” Fatboy Slim.
Fato é que algumas destas músicas não são bem recebidas pelo público, principalmente quando músicas de funk são acrescentadas à apresentação. A atitude um tanto quanto “polêmica” divide opiniões na e-music, há quem diga que funk e música eletrônica não se misturam e há quem diga que a homenagem é válida. Um episódio recente foi a apresentação do DJ Repow no Garden Music Festival, no Rio Grande do Sul.
Repow tocou alguns remixes de funk em seu set, o que acabou não agradando o público presente no evento e gerando muita polêmica novamente sobre o assunto. A questão é que você pode agradar ou não um determinado público, e isso não faz deste público “ruim” ou preconceituoso a determinado estilo de música. Todos possuímos diversas opiniões e elas precisam ser respeitadas.
É legal que músicas brasileiras estejam cada vez mais aparecendo na cena eletrônica (eu particularmente sou favorável a esta mistura, como citei em outro artigo), mas é necessário moderar, afinal, em um festival de música eletrônica ou rave as pessoas vão para ouvir música eletrônica. É ótimo ver que a música está rompendo barreiras e preconceitos (nós, da música eletrônica, sabemos bem disso ao ver nosso estilo musical ser taxado de “música de drogados” ou “música de loucos”), mas não podemos abusar da mistura e ter em mente que não há como agradar todo mundo. Antes de tudo o respeito deve prevalecer em ambos os lados.
*Esta publicação corresponde à opinião do nosso colunista Isac Moura.
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