E na semana do lançamento do seu novo álbum, e logo após o sucesso do seu show Trilogy, entrevistamos Illenium, o DJ e Produtor americano que é referência atualmente na cena do future bass e dubstep, além de ser um dos destaques na cena da música eletrônica mundial no momento.
Na entrevista, perguntamos a Illenium como foi o processo e o que o fez pensar em fazer Trilogy, show que contou com 4 sets, os três primeiros representando álbuns mais antigos do DJ e o quarto deles sendo o set de apresentação do seu novo álbum ‘Fallen Embers’. O show aconteceu em Las Vegas e teve os ingressos quase esgotados, cerca de 30 mil pessoas, na volta do DJ aos palcos após as maiores restrições da pandemia.
Outro ponto tocado foi sobre a sua vinda ao Brasil, que estava marcada para o Lollapalooza Brasil 2021, cancelado pela pandemia, onde nos deu pistas de quando virá às terras tupiniquins.
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PROCESSO CRIATIVO:
WiR: A rotina de um artista e suas experiências de vida impactam diretamente em sua identidade musical, então como foi o processo de criação das novas músicas? Em relação às ideias para suas novas músicas, como você pegou novas influências, melhorando sua música e colaborando em um momento em que não estava em turnê?
Illenium: “Foi uma mudança de ritmo muito boa para mim. Às vezes, quando você está viajando pode ser difícil sentar e trabalhar nas músicas. Então nesse tempo eu senti que poderia levar mais tempo produzindo este álbum, realmente tive tempo para sentar e fazê-lo como eu realmente queria.“
WiR: Sobre o seu novo álbum ´Fallen Embers´, é um álbum muito intenso e com letras bem presentes e marcantes. Portanto, qual é o seu papel nas letras? Você ajuda a compor?
Illenium: “Eu ajudo às vezes. Algumas vezes eu recebo as demos e escolho as músicas que realmente se conectam comigo. Outras vezes eu mudo algumas coisas, mas muitas delas sinto que está perfeito como está e não mudo nada. Há também vezes que começo do zero junto com os vocalistas e escrevo tudo com eles.”
ÚLTIMOS LANÇAMENTOS:
WiR: Este é o seu 4º álbum de estúdio. Cada vez que vemos uma mudança no estilo e uma melhoria, desta vez qual é a maior diferença entre as Fallen Embers e Ascend?
Illenium: “Eu apenas tento escrever e produzir o que parece certo para mim, tento sempre me esforçar para fazer algo diferente e que pareça novo. Acho que este álbum tenta misturar meu estilo original de Ashes com uma pegada mais rock presente em Ascend.“
WiR: Ainda falando do seu novo álbum, as cinco músicas lançadas antes da data oficial de lançamento do álbum completo já contavam com cerca de 100 milhões de streams apenas no Spotify. Você esperava isso? Você pode falar um pouco mais sobre Fallen Embers?
Illenium: “Eu literalmente amo todas as músicas que faço, então é difícil para mim dizer se uma é melhor do que outra. Elas são um pouco diferentes, mas eu diria que as pessoas, se forem minhas fãs já há algum tempo, definitivamente vão adorar algumas das músicas inéditas. Estou muito feliz com o desempenho até agora do álbum, mas tento não me prender e perder muito tempo com preocupações sobre streams.”
TRILOGY:
WiR: Agora sobre o retorno de suas performances, como foi fazer ‘Trilogy’ ? Como surgiu a ideia? E você já tinha alguma vez sonhado em se apresentar em um estádio de futebol para mais de 30.000 pessoas?
Illenium: “Trilogy foi muito incrível! Parecia surreal tocar para uma multidão tão grande, especialmente depois de não me apresentar por tanto tempo. Foi um sonho que se tornou realidade. Com o ciclo do meu último álbum, parecia que Ascend realmente fechou tudo como uma trilogia. Eu queria fazer Trilogy apenas para olhar para trás e poder apreciar a minha música e ver o quão longe ela chegou. Foi muito legal poder tocar cada um dos três sets e poder refletir sobre minha jornada até agora.”
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PANDEMIA e SAÚDE MENTAL:
WiR: Com a pandemia que estamos passando, você não fez shows, então o que fazia no seu tempo livre? Você começou a fazer coisas novas, a adotar novos hábitos? Quais músicas você mais ouviu nesse período?
Illenium: “Com a pandemia, passei muito tempo em casa, o que não conseguia fazer desde que comecei a fazer turnês. Foi bom no começo fazer uma pausa, mas eu realmente comecei a sentir falta de ir fazer shows e interagir com todos os fãs. Comecei a jogar golfe, o que foi divertido e também andei em algumas motoneves, o que nunca havia passado muito tempo fazendo. Definitivamente, houve alguns aspectos positivos que resultaram disso, mas estou muito animado para voltar a viajar e ver os fãs.“
WiR: Ainda sobre a pandemia, você deve saber o quão difícil é a situação no Brasil e, junto com isso, sempre surgem dúvidas sobre saúde mental. Você já sofreu com algum desses problemas? Sobre isso, você tem alguma mensagem para seus fãs e para nossos leitores que estão tendo problemas com sua saúde mental?
Illenium: “É claro que a pandemia tem sido muito difícil para muitas pessoas, e pode ser ainda pior para as que lutam com algum problema relativo à de saúde mental. Já lutei contra a depressão no passado. Acho que minha principal mensagem para as pessoas que estão passando por momentos difíceis é dizer que sempre há esperança. Pode parecer assustador no começo, mas você pode superar isso e pode ter certeza que haverá uma vida melhor a seguir se você se esforçar para vencer essa luta.“
INSPIRAÇÕES:
WiR: Sobre suas inspirações, você tem 30 anos, então viveu sua adolescência quando a House Music era muito influente e logo depois surgiu o EDM / Big Room. Então, quais foram suas inspirações (DJs, produtores) para entrar na cena Future Bass e Dubstep?
Illenium: “Eu era muito fã do Skrillex, Adventure Club e Seven Lions!! Eu diria que essas foram as minhas primeiras inspirações quando comecei a produzir. A música deles realmente me fazia ter aquela sensação de fuga e eu realmente amava a maneira como a música deles me fez sentir. Eu queria um dia ser capaz de fazer o mesmo e dar essa sensação a outras pessoas.”
WiR: Você consegue citar 5 momentos inesquecíveis em sua carreira até o momento?
Illenium: “Há muitos momentos, é até difícil escolher 5! Mas eu diria sobre o meu primeiro show sendo a atração principal, a minha primeira turnê de verdade. Meu primeiro festival, a primeira vez que comecei a incluir a banda nos meus sets, a tour que fiz para “Awake”, minha apresentação no Madison Square Garden para “Ascend”. E agora show Trilogy entra na lista.”
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BRASIL:
WiR: Você deveria finalmente vir ao Brasil para o Lollapalooza 2021, que acabou sendo cancelado. Você tem noção do quão grande é a sua base de fãs aqui? E você tem alguma boa notícia para os fãs brasileiros sobre talvez vir em 2022 para o Lollapalooza?
Illenium: “Eu infelizmente ainda não fui à América do Sul. Eu tenho visto MUITOS comentários de fãs e sei que as pessoas são realmente fanáticas. Mal posso esperar para finalmente tocar no Brasil, e espero que seja logo!“
CONFIRA ABAIXO ‘FALLEN EMBERS’ :
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