No último final de semana, ocorreu a 11ª edição do Lollapalooza Brasil, debaixo de muita chuva, com muitas estreias no país e retornos muito esperados.
Com a nova direção, agora sob o comando da Rock World, o Lollapalooza se aproveitou de diversas mudanças no Autódromo que aconteceram para a realização do The Town no ano passado. Os principais pontos foram os banheiros que agora deixaram de ser químicos e a grama sintética instalada pelo Palco Perry, o que foi um alívio para os amantes da eletrônica que não tiveram que sofrer com o barro que se instaurava pelos outros palcos do evento.
Outra grande mudança que agradou muito foi o novo design do palco Perry, com um visual moderno, com muitos quadrados recheados de LED. O palco conseguiu combinar um visual simples, porém deslumbrante, com um telão grande atrás do DJ (assim como nos outros palcos, o que melhorou demais a experiência do público).
Agora vamos nos aprofundar no palco Perry, principalmente em relação ao line-up, composto por diversos estilos, como é a proposta do Lollapalooza em geral. Tivemos desde house, tech-house, até o nosso querido e eterno EDM e até mesmo o funk, que dominou o domingo à tarde.
Agora, para falar um pouco mais sobre as apresentações, vamos dividi-las por dia.
Sexta-feira, dia 22
O palco Perry foi o primeiro a abrir no festival. A partir do meio-dia, Ella What deu início a um dia em que a house music predominou. Ella What, From House to Disco e Mary Mesk fizeram sets onde mantiveram seu som característico e serviram de introdução para uma boa parte do público do Lolla, que tentava chegar cedo na sexta-feira.
Já Ratier, com toda sua experiência e bagagem, é sempre difícil imaginar o que ele vai tocar, já que tem um alcance muito grande em diversos estilos, porém o “Boss” decidiu por um set muito dançante puxando para o house/tech-house, que combinou muito com o set que vinha em sequência, que seria o de Classmatic, um dos maiores nomes do tech-house nacional (destaque para o remix de P. Diddy – Last Night), que track insana.
Quando o relógio bateu 18h, era a hora de Kittin trazer seu famoso eletro para as pistas do Lolla, um som mais maduro e underground que talvez boa parte do público ali estivesse ouvindo pela primeira vez, porém, essa é também uma das propostas do Lollapalooza, não é mesmo?
Enquanto a chuva não dava trégua, tivemos MK e Dom Dolla para trazer mais house music ao palco Perry, e para finalizar, tivemos Diplo, que teve a difícil missão de disputar horário com a banda Blink-182, com um set bem diferente das outras apresentações na América do Sul. Diplo apostou muito no Funk e até mesmo teve a presença do artista MC Lan no palco.
Sábado, dia 23
Se na sexta tivemos um estilo predominante, o sábado foi uma salada mista típica do Lolla, começando com house clássico com Marina Dias, até o Tech house de Giu e o Afro House de Riascode. Quem surpreendeu foi Jessica Brankka, que não deixou de lado seu techno melódico, mas trouxe um set muito mais dançante, mostrando o poder da artista de se adaptar, com mashups utilizando vocais de grandes clássicos que fizeram o público cantar muito debaixo de uma chuva que continuava caindo pelo segundo dia seguido.
Sarah Stanzel b2b Curol continuou o Afrohouse característico da dupla. Esse b2b já vem ocorrendo há algum tempo, e é notável como a intimidade entre as duas vai crescendo a cada set. Já Gabe não fugiu de suas clássicas chineladas, e Groove Delight trouxe sua bass music que animou o público.
O EDM no sábado ficou por conta de Loud Luxury, que retorna ao Lolla depois de uma apresentação em 2018, e Timmy Trumpet, que mostrou muita energia e carisma com o público tocando de tudo, LITERALMENTE, desde hardstyle e big room até remixes com vocais dos Detonautas.
E para encerrar talvez o maior nome de todo o line-up eletrônico, o trio Above and Beyond deu uma aula de como emocionar o público com muito trance e um set perfeitamente produzido, intercalando os maiores sucessos da carreira do trio.
Domingo, dia 24
No domingo, tivemos a presença de alguns artistas de FUNK abrindo o dia, desde DJ Suburbia, MC Soffia e Vulgo FK + Dricka, TZ da Coronel + Oruam, até Livinho e Mc Davi, que fizeram um show em homenagem a Michael Jackson.
O eletrônico começou com J.Worra às 18h, que fez sua estreia no Brasil após se apresentar pelos principais festivais norte-americanos em 2023, e trouxe o tech-house e algumas ID’s ainda não lançadas.
Dombresky acompanhou o ritmo e continuou fazendo o público dançar com muita house music, com destaque para finalmente ouvir ao vivo o remix de “In My Room”, momento que incendiou a pista.
Zhu também foi mais um que já havia se apresentado no Lollapalooza, também em 2018. Porém, com uma memória não tão boa, já que na apresentação em questão o som falhou e o set foi interrompido diversas vezes, atrapalhando muito. Porém, desta vez o norte-americano não foi atrapalhado pelos problemas técnicos, e o que o público recebeu foi uma aula, com muita cantoria e uma mistura entre seus principais sucessos, que o público mostrou que conhece e cantou junto, e algumas músicas de seu novo álbum.
Para finalizar o domingo, e o Lollapalooza, Meduza fez um set recheado de hits que nos lembram o porquê são um dos maiores produtores dessa década quando o assunto é EDM, com visuais inspirados em Afterlife, grandes sucessos como Tell Me Why, Piece of Your Heart e Bad Memories. O italiano não deixou de expressar o seu amor pelo Brasil, fazendo um show completo para um grande número de pessoas.
O Lollapalooza já anunciou as datas para o próximo ano e abriu também a venda de ingressos early birds para 2025. Você já pode conferir clicando aqui.
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