Em noite de reencontros, Solomun apresenta set de mais de 5 horas, em São Paulo

Em ritmo de Copa do Mundo e para fechar 2022 com chave de ouro, o rei dos long sets Solomun retornou ao Brasil com tudo e trouxe o melhor do House em mais de cinco horas de apresentação.

A Wonderland In Rave teve a oportunidade de acompanhar de pertinho a segunda apresentação de Solomun na capital paulista neste ano e traz todos os detalhes da festa que aconteceu na última sexta-feira, dia 18.

DJ Solomun durante a apresentação no Complexo do Canindé. Créditos: Pedro Fatore.

DJ Solomun durante a apresentação no Complexo do Canindé. Créditos: Pedro Fatore.

Nesta segunda apresentação, Solomun desembarcou no Complexo do Canindé, ao lado do tradicional estádio de futebol Canindé, propriedade da Associação Portuguesa de Desportos, a famosa Lusa, mesmo local do Warung Tour.

O Complexo é uma área espaçosa e comportou bem o público do evento, com uma pista larga e comprida, além de um backstage grande e espaçoso. Este foi o meu primeiro evento no local e eu gostei muito deste ponto.

Pista e backstages contavam com pequenas lojinhas das marcas da Lorah Concept e da Tualma, com roupas, chapéus, acessórios e muito mais. Além disso, ambos espaços contavam com locais para as pessoas descansarem durante a festa.

O evento também contava com uma mini praça de alimentação com quatro food trucks, com opções de comida variadas. Como a festa foi longa, claro que não perderíamos a oportunidade e comemos um pouquinho. A experiência sonora foi positiva em todas as partes do evento, as caixas de som estavam bem distribuídas ao longo dos espaços, trazendo a experiência para todos os cantos, inclusive, nas mais afastadas, como foi o caso da parte de alimentação.

Além disso, o evento contou com um pequeno posto de atendimento, para casos de emergência ou mal estar de algum presente; com estacionamento, banheiros no final da pista ou nas laterais do backstage; bares nas laterais do backstage e pista; chapelaria; e, um ponto de ativação da marca Heineken, para vídeos 360º.

Um dos pontos negativos do evento foi o estacionamento, que não comportou todos os veículos da festa. A informação foi dada por uma funcionária da festa, que disse que por volta da meia noite, já estava completamente cheio, exigindo um esforço maior por parte da equipe para auxiliar o público a estacionar os veículos em outras áreas ao redor do Complexo.

Outro ponto que poderia ser melhor, é a questão do consumo de bebidas. Durante o ano, em outros eventos, vimos a distribuição de copos exclusivos, feitos para evitar sujeira no chão. Uma lata de cerveja estava a venda por R$ 16, uma lata de energético a R$ 20, drinks a partir de R$ 40, a organização poderia dar ou vender copos exclusivos para os presentes, isso evitaria a quantidade de lixo jogada no chão da pista e melhoraria a experiência do público.

Além disso, muitas mesas para combo foram montadas dentro da pista formando pequenos “camarotes”, causando alguns transtornos para o público que estava lá para dançar e curtir o som com maior liberdade.

O brasileiro Rapha Fernandes abriu as apresentações da noite, com um show warm up envolvente e bem animado. Na sequência, a alemã Melanie Ribbe tocou por duas horas misturando as batidas com algumas músicas brasileiras, como os remixes das músicas “O Que É O Que É”, de Gonzaguinha, um clássico nacional; do funk “Mega Na Contramão da Tua Sentada”, do Dj Rokkaz, Dj Magna e Marlon Mattos DJ e muito mais.

Ao chegar às pick ups, Solomun já foi ovacionado pelo público, que estava ansioso para ver o que o DJ preparou para a noite. Na primeira apresentação do DJ em São Paulo no ano, em Interlagos, eu também estava presente e pude acompanhar de perto a técnica do DJ na construção do long set e a forma como ele conduz o público durante as horas de festa.

Solomun trouxe um set bem variado, transitando nas vertentes House, Tech House e até mesmo Disco. A técnica do DJ, como de costume, foi impecável e o set contou com kicks fortes e animados.

Além de ser conhecido por sets incríveis, os fãs de Solomun sabem que o DJ se diverte enquanto toca, com as dancinhas irreverentes e animadas, Solomun fez uma apresentação fina e não decepcionou um segundo sequer, mantendo a pista cheia e atenta a cada detalhe.

Solomun tocando até o amanhecer no Complexo do Canindé. Crédito: Pedro Fatore.

Solomun tocando até o amanhecer no Complexo do Canindé. Crédito: Pedro Fatore.

É sempre um privilégio acompanhar um dos maiores DJs da cena de perto, Solomun conseguiu conduzir o público durante horas de apresentação com uma curadoria musical invejável, sem cansar, mantendo a vibe no alto o tempo inteiro.

Diferente de apresentações curtas, a apresentação de Solomun não é frenética. Ela varia em picos altos e intensos e desce para momentos mais lentos, de condução. Tudo pensado na experiência do público, que acompanhou o DJ por mais de 5 horas.

Podemos afirmar que o evento proporcionou uma experiência muito positiva em termos de sonoridade, como dito acima, ver o Solomun de perto é um privilégio, é provar um set longo, variado, intenso, mas não cansativo. Fica aqui o agradecimento da nossa equipe a Be On Entertainment, que nos proporcionou a oportunidade de acompanhar a festa de perto.

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Vitor Gianluca tem 26 anos e é formado em Comunicação Social - Jornalismo, pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), desde 2020. Curte um Techno Melódico e escreve para a WiR há mais de dois anos.