REVIEW: Green Valley, o retorno!

Durante os dias 09, 10 e 11 de dezembro, aconteceu o festival de retorno da Green Valley no festival:Together We Rise. O evento não só marcou a reabertura da casa, após dois anos fechada devido a pandemia de COVID-19, como também foi um marco da reestruturação do Club após o abalo do ciclone-bomba.

Lost Frequencies, Cat Dealers, Dubdogz, KVSH, Liu, Bhaskar, Santti, Bruno Be e Chemical Surf foram alguns dos principais nomes presentes na line-up dos três dias de festa.

Nossa equipe esteve presente e vamos contar tudo que aconteceu, com spoiler do futuro e depoimentos bem especiais.

A reestruturação

Para quem não sabe, a Green Valley fica a cerca de 5 km de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, surgindo em 2005 como uma tenda improvisada, para em 2007 conseguir realizar um plano de estruturação física, se consagrando já em 2008 como club revelação. Se formos aprofundar no quesito prêmios, precisamos de várias matérias para contar um pouco do que a GV já viveu!

Durante a passagem do ciclone-bomba, a maior parte da estrutura da Green Valley veio a baixo.

E aí surgiu a dúvida: será que teremos o club novamente um dia? Afinal, não é fácil reestruturar um club desse porte do zero, o que foi necessário.

A resposta veio com a flexibilização da pandemia, apesar do Green Valley ter realizado alguns projetos, ainda não tínhamos a garantia do retorno da casa.

Reprodução/Adriel Douglas

Com a flexibilização, conseguiram pensar em um novo projeto e através da ajuda e união da cena, o Club conseguiu anunciar o seu retorno com uma nova estrutura.

Os DJs presentes no evento doaram seus cachês para a casa. Além disso, um mural com o nome de todos que compraram ingresso para esse retorno ou colaborou de alguma maneira, foi exposto logo na entrada do evento, como uma singela homenagem.

Nova estrutura

Para quem já foi na Green Valley, sabe que o sentimento de entrar na casa é único. A Green Valley está localizada em uma área totalmente verde, e dentro do club não é diferente.

Logo na entrada um lago totalmente natural abrilhanta os olhos. Passando pela lojinha oficial e chegando a pista principal o sentimento é de estar entrando em um grande festival.

A decoração nessa nova fase está impecável. Vamos deixar algumas fotos que mostram isso mais que palavras.

O Stage foi pensado na temática Electric Florest, especialmente para levar o público a uma experiência única. Assinado por uma empresa da Holanda, a Twofiftyk, foi realizado um planejamento combinando leds, luzes e efeitos com o verde das plantas, tanto dentro como fora do evento.

Reprodução/Adriel Douglas

A charmosa GV Store fica logo na entrada do clube, seu interior é uma união de pedacinhos de todo o clube em um local só, onde você pode encontrar alguns itens que carregam consigo toda a história do Green Valley, com alguns produzidos da lona e dos destroços deixados após a passagem do ciclone.

Recentemente o clube assinou uma collab com a Beck’s e alguns artistas, resultando na coleção Together We Rise, que marca a volta tão esperada da casa. A loja é completa e sedutora, com uma variedade de itens exclusivos: óculos, camisetas, bonés, copos, chaveiros, adesivos, carteiras, mochilas e outros diversos artigos. Não é atoa que a loja fez sucesso em todos os três dias!

Reprodução/Adriel Douglas

Serviço

O glamour da casa não podia faltar, já fomos na Green Valley outros anos e comprovamos isso, mas dessa vez ficamos sem palavras para descrever. Todos que trabalharam esses dias estavam totalmente engajados com a causa e com o propósito de fazer um momento especial para todo mundo presente.

Os valores de alimentos e bebidas praticados na casa repetiam a média cobrada em festivais pelo país.

Da entrada ao atendimento nos bares, da limpeza ao produtor de palco, fomos extremamente bem tratados. Isso não foi uma experiência exclusiva nossa, basta abrir as postagens do instagram da casa, é unânime a quantidade de elogios.

E acrescentamos, a avaliação unânime positiva por parte do público é algo raro. Afinal, consumidores são pessoas exigentes. Mas a Green Valley conseguiu penetrar o coração de cada um presente ali e marcar positivamente a experiência vivida.

Line-Up

A reabertura do clube foi marcada por um line-up composto por diversos grandes nomes do cenário nacional, os quais se apresentaram, em sua maioria, como back2back. Já imaginou poder ouvir KVSH b2b Dubdogz, JØRD b2b Öwnboss, Bruno Be b2b Fancy Inc? Sim, momentos que só o Green Valley nos proporciona.

Reprodução/Adriel Douglas

A cada b2b tínhamos a certeza que estávamos vivendo algo único e mágico, a performance de cada um sozinho já surpreende a todos, imagina desenhando um set especialmente para a ocasião, colocando ali toda a bagagem de ambos os projetos? Só quem viveu sabe do que estamos falando.

O primeiro grande artista internacional a pisar no novo Green Valley e responsável por ser o maior headliner dessa temporada foi ninguém menos que Lost Frequencies que matou a saudade de ver e sentir de perto toda a energia que só um headliner deste nível proporciona.

E por falar em Lost Frequencies, batemos um papo com o DJ que nos contou que estava muito animado em fazer parte desse retorno, voltando pela segunda vez a casa. Além disso, Félix nos adiantou que tem planos para muito breve trazer uma experiência de live set para o Brasil. Já imaginou curtir um set igual o que rolou em Forest National Brussels?

Reprodução/Adriel Douglas

Papo com administradores da Green Valley

Batemos um papo bem legal com os representantes da Green Valley para entender o novo cenário e expectativas do futuro.

WiR: Como vocês enxergam a cena atual? Acreditam que grandes artistas aparecerão em solo Brasileiro em 2022 ou iremos exportar mais do nosso conteúdo produzido aqui?

GV: “O Brasil vem se posicionando de forma cada vez mais forte na cena eletrônica mundial, ditando tendências sonoras e exportando artistas como nunca. A tendência é que essa crescente continue, não temos dúvidas que novos artistas surgirão e se destacarão tanto com suas tracks quanto com seus shows.

WiR: Além dos artistas que farão parte da reabertura da casa, outros nomes se disponibilizaram para ajudar essa reconstrução?

GV: “Todos os artistas que se apresentam no evento TOGETHER WE RISE se uniram num movimento lindo de apoio ao clube e se prontificaram a nos ajudar doando seus cachês dos shows. Esse movimento foi essencial nesse processo de reconstrução e sem a ajuda dos artistas e do público, que comprou os ingressos, jamais teríamos conseguido juntar forças para reerguer o clube. Seremos eternamente gratos, e essa atitude jamais será esquecida.

WiR: A GV já foi eleita melhor club do mundo. Vocês acreditam poderem resgatar esse troféu com o retorno repaginado?

GV: “O Green Valley é um ambiente mágico com uma energia única, e grande parte dessa magia vem do público, que sempre nos prestigia. É por esse público fiel ao clube que trabalhamos de forma incessante para lhe trazer alegrias e momentos inesquecíveis. Ser eleito novamente como o melhor clube do mundo é sim um sonho nosso e será um grande reconhecimento de um trabalho árduo por algo que somos apaixonados: música e diversão. E nada disso acontece sem o apoio do nosso público. O clube já começa com o pé direito e além dos B2Bs incríveis jamais vistos antes, temos a ilustre presença de Lost Frequencies, além dele por todo o verão temos gringos por aqui, Bakermat, Armin, Claptone, Cassian e etc.

WiR: Que o GV é famoso pelas grandes atrações únicas e exclusivas a gente já sabe, mas vocês podem dar algum spoiler sobre o que vem por aí em 2022?

GV: “Voltamos com força total, e queremos surpreender o público com grandes eventos e grandes atrações. Com certeza ainda vem muita coisa boa pela frente e teremos um ano histórico no Green Valley. Dando um spoiler do que vem pela frente destacamos Armin van Buuren, Black Coffee, Meduza e Gorgon City, além dos brasileiros, que são peça essencial do sucesso do clube e que vêm se destacando não só no Brasil como na cena mundial.

Vale lembrar que, a programação seguinte da Green Valley já está recheada. No dia 27/12 teremos Dubdogz e Bakermat, no dia 28/12 teremos Alok e Liu, no dia 29/12 teremos Chemical Surf e Claptone, na noite de Réveillon, 31/12, teremos Bruno Be e Watermat, no dia 05/01 teremos Cat Dealers e Cassian, no dia 08/01 teremos Vintage Culture, no dia 15/01 teremos Sunnery James e Ryan Marciano, no dia 22/01 teremos MK e Bhaskar e no dia 29/01 teremos Armin Van Buuren.

Reprodução/Adriel Douglas

Concluindo esta experiência de reabertura, podemos destacar que o clube está preparado, novamente, para aquecer e motivar o mercado nacional da música eletrônica. O ‘Together We Rise‘ demonstra um total suporte não só do clube, mas dos fãs que querem curtir muita música daqui para frente. Desejamos sucesso total nesta retomada e que o clube possa realizar sonhos e reascender a chama da paixão pela música.